domingo, julho 07, 2013

Outro exemplo da espiral recessiva

"Consumo de combustíveis aumenta pela primeira vez em dois anos"

3 comentários:

Carlos Albuquerque disse...

O que sucederá se no próximo ano o estado avançar com os cortes de 4000 milhões de euros? Será que a inversão da tendência continuará? É que o défice está muito acima das metas e o que caracteriza a espiral é precisamente o aumento sucessivo da austeridade que impede que a economia recupere e a afunda.

E quanto tempo será possível continuar antes de termos uma "supply-side war, generated by the presence of large number of young men with no jobs, no money, no access to women, and no future"?

CCz disse...

"O efeito global de tudo isto é que este governo tem sido muito frouxo na aplicação da austeridade. Aplica aos poucos, sempre em doses inferiores ao necessário.

Precisava de aplicar doses mais fortes mas para isso tinha que ter uma capacidade de liderança e de união dos portugueses incompatível com todos os pequenos programas que vai pondo em prática (ataque aos funcionários, proteção dos bancos e grandes grupos ligados às PPPs, redução de salários e de direitos laborais, privatização de monopólios, etc.)

O pior é que austeridade a conta gotas é como um antibiótico em doses insuficientes: só serve para fortalecer o mal em vez de o erradicar. Por isso os portugueses vivem cada vez pior e a dívida ultrapassa os 120% do PIB."

Carlos Albuquerque disse...

Que o governo era um desastre já eu sabia há quase dois anos. Mas como havia quem tivesse dúvidas, o espectáculo da semana passada deve ter sido esclarecedor.

A pergunta, contudo, permanece: estamos ou não numa espiral recessiva? Será que agora vai ser possível fazer mais cortes e ter inversão da tendência?