sexta-feira, janeiro 04, 2013

Não empurrem, há lugar para todos


7 comentários:

Carlos Albuquerque disse...

Entretanto os donos do Tejo de Vila Franca ao Atlântico vão ficar donos de todos os aeroportos do país:
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2973435&opiniao=Daniel+Deusdado

João Pinto disse...

Carlos Arbuquerque,

Ainda bem, que é para ver se eles deixam de fazer tantas greves injustificadas.

Carlos Albuquerque disse...

João Pinto,

Quem vai pagar as taxas caras (a preço de monopolista de todo o transporte aéreo nacional) durante muitas décadas não são só os que fazem greves.

Quem se preocupou com uns meses de greves nos portos não se preocupa com umas décadas de monopólio privado nos aeroportos?

João Pinto disse...

Finalmente, vão ser os seus utilizadores a pagar os serviços usufruídos. Eu, se não viajar, não tenho nada que pagar as viagens dos outros.

Relativamente às greves, veja que os que reclamam são exatamente os que mais ganham e os que mais direitos adquiridos têm.

Eu não ganho o que eles ganham, e não tenhos as mordomias que eles têm, e nunca fiz greve.

Carlos Albuquerque disse...

João Pinto, dado que a ANA dá lucro, os utilizadores já pagam os serviços usufruídos.

O que vai acontecer é que além dos serviços vão também pagar aos privados os lucros por terem um monopólio do transporte aéreo no país. Já reparou que em vez de separar os aeroportos e pô-los em concorrência vai ser tudo entregue aos mesmos?

Sugiro que leia o artigo que linkei no primeiro comentário e vai perceber que em vez de alimentar a arraia miúda dos grevistas vai alimentar tubarões muito maiores.

E os direitos desses tubarões nem precisam de Constituição para serem garantidos. Basta ver os privilégios da Lusoponte.

CCz disse...

Quando não há dinheiro...
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Pode-se discutir e criticar e... mas se não há dinheiro.
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Os governantes deste país, de todos os partidos, colocaram este país numa situação inconstitucional (artigo 9ª alínea a?) - colocaram o país dependente da ajuda externa. Agora, têm de se sujeitar ao que nos é imposto por quem decidiu dar uma ajuda.
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Cada vez mais convenço-me que se calhar o melhor era isto ter ido mesmo para a bancarrota. Era um reset completo.
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Assim, andamos aqui com perhaps e mais perhaps.

Carlos Albuquerque disse...

O que é imposto por quem decidiu dar uma ajuda é a privatização das empresas para tornar a economia mais competitiva e saudável. Podemos discutir se a privatização é o melhor caminho mas isso é outro assunto. A questão aqui é se os aeroportos devem ser entregues em monopólio ou se devem ser privatizados separadamente.

Que se passa nos portos? A concorrência não só é considerada saudável como é vigiada:

http://economico.sapo.pt/noticias/energia-telecomunicacoes-e-portos-na-mira-da-concorrencia-este-ano_159543.html

O que se está a fazer com a privatização da ANA em bloco não é a cumprir as exigências de quem empresta, mas sim a comprometer ainda mais toda a economia do país, subordinando-a a interesses privados. Exactamente como Sócrates.