Quando lerem este artigo "
Falta de qualidade do atum impede-a de vender mais" não esquecer que se trata de uma loja com 5 funcionárias, além dos proprietários:
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""Eram duas funcionárias que não sabiam falar outras línguas, mas de conservas percebiam elas. Aliás, ensinaram-me muitas coisas", diz a responsável, lembrando que a média de idades na loja já foi de 78 anos, enquanto
actualmente as cinco funcionárias são todas muito mais novas e preparadas para atender os turistas."
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Crise, crise, crise:
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"De 2009 para 2010 o volume de vendas da empresa duplicou, e este ano Regina Ferreira prevê que já tenham alcançado 15% de aumento face aos resultados totais do ano passado."
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O que é que eu escrevo aqui?
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Concentração, especialização, fugir do negócio do preço, fugir da quantidade, fugir da escala.
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Conservas? Não!!! "Boutique" de conservas.
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"Sobre as diferenças entre as conservas que vendem e as que estão nas prateleiras dos supermercados, Regina Ferreira é peremptória: "Não há sequer comparação entre um produto e outro. O atum que é normalmente comercializado em lata nas grandes superfícies parece palha, comparado com o nosso.""
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Ainda ontem escrevemos sobre a "
Autenticidade" que as pessoas procuram:
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"A Conserveira de Lisboa foi fundada em 1930, mas a conquista de clientes de outros pontos do globo é uma página recente dos seus 80 anos de história. Ao contrário de outros negócios, esta conserveira não vende mais porque não tem produto suficiente. Porque clientes é coisa que não lhe falta.
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Mas desengane-se quem pensa que são só os consumidores comuns a procurar esta típica casa lisboeta. Neste momento, a Conserveira de Lisboa fornece grandes restaurantes franceses e exporta para mercados tão fortes como o Brasil e até Singapura. "O mais engraçado é que nós nunca contactámos ninguém a oferecer o nosso produto; acontece sempre serem os estrangeiros a pedirem parcerias para poderem ter as nossas conservas", avança a responsável,"
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Acham que um macroeconomista era capaz de prever o sucesso, até mesmo a sobrevivência de uma pequena conserveira nos tempos de hoje? E os custos? E a falta de escala? Acham que um
macroeconomista tem
paixão por conservas?
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Mongo é esta diversidade, é esta paixão.
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