quarta-feira, novembro 24, 2010
O futuro do euro
A propósito do postal de ontem "Cenários para o futuro" acerca do futuro do euro, tive acesso à Informação Cambial da Manhã de hoje da IMF... powerfull stuff.
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Só malta do Norte é que escreve assim sem papas na língua.
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Espero que a IMF não se aborreça com a divulgação mas não resisto a transcrever alguns trechos do comentário:
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"Desde 1999 que somos confrontados com todo o tipo de comentários e publicações que advogam a insustentabilidade económica do euro e que, por esse motivo, defendem a inevitabilidade de a união monetária terminar. Mas ontem foi a primeira vez que clientes, amigos e jornalistas nos começaram a colocar a questão como se de um acontecimento quase provável se tratasse. O sentimento em torno do euro é, obviamente, péssimo. A reacção da ajuda à Irlanda não poderia ter sido pior, com as bolsas, euros e obrigações periféricas a registarem quedas acentuadas. O mercado leu, e bem, que a ajuda à Irlanda por si só não resolve o problema estrutural e penalizou a dívida espanhola, quase que assumindo que Portugal é um caso já com história definida.
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Os comentários de alguns governantes europeus também não ajudam à confiança. Primeiro, porque teimam no “mantra” de Portugal ser diferente da Irlanda, como se em ambos os casos o problema não fosse a existência de um stock de dívida exagerado e que impede que a dívida, pelo menos, estabilize.
...
Nota-se, há meses, uma grande inabilidade por parte dos responsáveis europeus no tratamento destas matérias, exceptuando, talvez, Trichet que tem permanecido sensato nos comentários. Mesmo assim, acreditamos que o cenário mais provável não passa pelo fim do euro. Em primeiro lugar porque seria uma “solução” extraordinariamente difícil de implementar no terreno, levaria à insolvência imediata dos países periféricos e comportaria riscos elevadíssimos para o sistema financeiro global."
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Só malta do Norte é que escreve assim sem papas na língua.
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Espero que a IMF não se aborreça com a divulgação mas não resisto a transcrever alguns trechos do comentário:
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"Desde 1999 que somos confrontados com todo o tipo de comentários e publicações que advogam a insustentabilidade económica do euro e que, por esse motivo, defendem a inevitabilidade de a união monetária terminar. Mas ontem foi a primeira vez que clientes, amigos e jornalistas nos começaram a colocar a questão como se de um acontecimento quase provável se tratasse. O sentimento em torno do euro é, obviamente, péssimo. A reacção da ajuda à Irlanda não poderia ter sido pior, com as bolsas, euros e obrigações periféricas a registarem quedas acentuadas. O mercado leu, e bem, que a ajuda à Irlanda por si só não resolve o problema estrutural e penalizou a dívida espanhola, quase que assumindo que Portugal é um caso já com história definida.
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Os comentários de alguns governantes europeus também não ajudam à confiança. Primeiro, porque teimam no “mantra” de Portugal ser diferente da Irlanda, como se em ambos os casos o problema não fosse a existência de um stock de dívida exagerado e que impede que a dívida, pelo menos, estabilize.
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Nota-se, há meses, uma grande inabilidade por parte dos responsáveis europeus no tratamento destas matérias, exceptuando, talvez, Trichet que tem permanecido sensato nos comentários. Mesmo assim, acreditamos que o cenário mais provável não passa pelo fim do euro. Em primeiro lugar porque seria uma “solução” extraordinariamente difícil de implementar no terreno, levaria à insolvência imediata dos países periféricos e comportaria riscos elevadíssimos para o sistema financeiro global."
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