sexta-feira, março 06, 2009

Só o tempo pode curar

"Só tempo pode curar" é o título de uma crónica de Pedro Arroja na Vida Económica de hoje:
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"Em primeiro lugar, um crash dos preços, isto é, uma deflação generalizada.. Este crash já se produziu de forma mais visível nos preços dos activos cotados em bolsa e no imobiliário, mas está agora a atingir os preços de todos os outros bens e serviços, incluindo os salários.
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Em segundo lugar - e este é o aspecto mais dramático da crise - a crise vai provocar falências e desemprego em massa.
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Em terceiro lugar, as políticas económicas convencionais - como as políticas monetária, fiscal e cambial - não são eficazes para lidar com esta crise, que é uma crise da verdade. Tome-se o caso da política monetária, a qual visa encorajar as pessoas a comprar, tornando o preço do dinheiro mais barato. Mas quem, no seu perfeito juizo, vai comprar túlipas, mesmo se o seu preço já desceu para 250 euros a peça? Esta é uma crise que só o tempo pode curar."
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Ontem, ás 21h41 na SIC-N Ferraz da Costa (cujas ideias sobre produtividade estão a milhas do que defendemos aqui) veio acrescentar-se ao crescente grupo de pessoas que concordam com a minha proposta inicial para esta crise (Como eu olho para a crise de 15 de Dezembro de 2008) ("Since this is going to get ugly, perhaps the government shouldn’t be wasting so many billions on stimulus. Maybe they should save those money for mass social welfare instead.")
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Por que só há duas formas de resolver este problema:

  • o tempo (como explica Pedro Arroja); ou
  • o proteccionismo (aqui e aqui)
O que falta, é quem peça, a quem faz afirmações deste tipo "«É preciso acelerar o investimento público na construção»", que faça um desenho muito simples sobre como é que esse so-called investimento será reprodutivo? Por que é que temos de continuar a sustentar empresas sobre-dimensionadas?

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