sexta-feira, dezembro 12, 2008
O negócio do luxo
Houve um tempo em que a única "estratégia" para um negócio era produzir. Produzir muito e barato, para isso, era preciso ser eficiente, muito eficiente.
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Eficiência leva quase de imediato, de forma instintiva, a pensar em poupanças conseguidas à custa de economias de escala, grandes séries de produção e mercado de massas.
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Desde então muita água correu debaixo das pontes, o excesso de oferta face à procura engendrou, nos últimos anos, uma crescente diversidade de estratégias de diferenciação destinadas a distintos nichos de clientes-alvo.
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A forma como os outsiders (políticos, jornalistas e comentadores, por exemplo) vêem os negócios foi formatada nos quase 100 anos que se seguiram à Revolução Industrial, época em que a procura foi superior à oferta, pensamentos, "leis", rules of thumb, foram definidas e moldaram as mentes dessa gente.
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O mundo em que vivemos já não é explicado e gerido com, e por essas ideias e modelos.
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Daí que para muito boa gente continue a ser motivo de admiração coisas como esta no Público de hoje:
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"Negócio do luxo é dos que menos sofre com a crise em Portugal"
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O subtítulo "Apesar da contenção generalizada, os consumidores nacionais continuam a comprar artigos mais caros, desde que signifiquem um bom investimento" é ilustrativo do que escrevi.
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"Os consumidores nacionais"... não estamos a falar da massa, aquilo que se passa com a massa não é o que se pasa com os nichos!
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Os nichos não são alvo para a produção em massa.
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"O negócio do luxo parece estar imune à conjuntura económica e o mercado nacional não é excepção."
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""o aumento da facturação é praticamente o mesmo desde 2002", não se notando "uma oscilação negativa por causa da situação económica do país"."
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""Quando há uma crise, o luxo é o último a ser atingido." Primeiro, porque "quem geralmente compra este tipo de artigos mantém o poder de compra". Segundo, porque "muitos destes bens, especialmente as jóias e os relógios, são interpretados como um investimento para o futuro"."
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Um dos senão que me lembro, para este ramo de negócio, nesta altura do campeonato, não é mencionado no texto: a segurança.
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Procurei, mas não consegui encontrar, um artigo que li na semana passada no Telegraph sobre a segurança e os artigos de luxo. Não me refiro à segurança em caso de roubo.
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Em tempos de crise grave, com milhares de pessoas nas ruas a passarem dificuldades, a simples observação de um templo do luxo reservado só a alguns (uma loja de artigos de luxo), pode desencadear uma acção directa da multidão-matilha... assim, segundo o Telegraph, em Inglaterra, este tipo de artigos é, cada vez mais, exposto e vendido em mansões de particulares, longe do alcance e sobretudo do escrutínio de quem passa na rua, do outro lado da montra e que pode dar azo à sensação de inveja.
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Trechos retirados de "Negócio do luxo é dos que menos sofre com a crise em Portugal", artigo no Público de hoje assinado por Raquel Almeida Correia.
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Eficiência leva quase de imediato, de forma instintiva, a pensar em poupanças conseguidas à custa de economias de escala, grandes séries de produção e mercado de massas.
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Desde então muita água correu debaixo das pontes, o excesso de oferta face à procura engendrou, nos últimos anos, uma crescente diversidade de estratégias de diferenciação destinadas a distintos nichos de clientes-alvo.
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A forma como os outsiders (políticos, jornalistas e comentadores, por exemplo) vêem os negócios foi formatada nos quase 100 anos que se seguiram à Revolução Industrial, época em que a procura foi superior à oferta, pensamentos, "leis", rules of thumb, foram definidas e moldaram as mentes dessa gente.
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O mundo em que vivemos já não é explicado e gerido com, e por essas ideias e modelos.
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Daí que para muito boa gente continue a ser motivo de admiração coisas como esta no Público de hoje:
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"Negócio do luxo é dos que menos sofre com a crise em Portugal"
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O subtítulo "Apesar da contenção generalizada, os consumidores nacionais continuam a comprar artigos mais caros, desde que signifiquem um bom investimento" é ilustrativo do que escrevi.
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"Os consumidores nacionais"... não estamos a falar da massa, aquilo que se passa com a massa não é o que se pasa com os nichos!
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Os nichos não são alvo para a produção em massa.
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"O negócio do luxo parece estar imune à conjuntura económica e o mercado nacional não é excepção."
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""o aumento da facturação é praticamente o mesmo desde 2002", não se notando "uma oscilação negativa por causa da situação económica do país"."
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""Quando há uma crise, o luxo é o último a ser atingido." Primeiro, porque "quem geralmente compra este tipo de artigos mantém o poder de compra". Segundo, porque "muitos destes bens, especialmente as jóias e os relógios, são interpretados como um investimento para o futuro"."
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Um dos senão que me lembro, para este ramo de negócio, nesta altura do campeonato, não é mencionado no texto: a segurança.
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Procurei, mas não consegui encontrar, um artigo que li na semana passada no Telegraph sobre a segurança e os artigos de luxo. Não me refiro à segurança em caso de roubo.
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Em tempos de crise grave, com milhares de pessoas nas ruas a passarem dificuldades, a simples observação de um templo do luxo reservado só a alguns (uma loja de artigos de luxo), pode desencadear uma acção directa da multidão-matilha... assim, segundo o Telegraph, em Inglaterra, este tipo de artigos é, cada vez mais, exposto e vendido em mansões de particulares, longe do alcance e sobretudo do escrutínio de quem passa na rua, do outro lado da montra e que pode dar azo à sensação de inveja.
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Trechos retirados de "Negócio do luxo é dos que menos sofre com a crise em Portugal", artigo no Público de hoje assinado por Raquel Almeida Correia.
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1 comentário:
Para quem percorria estes trilhos de mochila às costas, dormia em tendas, comia pão, melão e conservas, e viajava de camionete, comboio e botas, isto é o paraíso:
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Romaneira, Douro Valley: Overview
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http://www.telegraph.co.uk/travel/hotels/europehotels/hotelsinportugal/3550311/Romaneira-Douro-Valley-city-guide.html
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