sexta-feira, maio 09, 2008

Complicadex, demoradex, sei lá quandex

Até ao final do primeiro semestre de 2006 fui gerente de uma empresa unipessoal, era o único sócio e o único trabalhador.
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No final desse primeiro semestre de 2006 encerrei a actividade da empresa, tudo feito de acordo com a lei.
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Hoje, passados quase dois anos, recebi pelo correio a devolução dos pagamentos especiais por conta, de 2005 (!!!) e de 2006.
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Os cheques vêm à atenção da empresa!!!!!!!!!!!!!!!
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Como a empresa já não existe, e a Direcção Geral dos Impostos (DGI) teve o cuidado de cruzar a expressão " à ordem de" e substituí-la por "não à ordem"... já estou a imaginar o filme... devolver os cheques, acompanhados de n documentos a explicar e a demonstrar o que já devia ser do conhecimento da DGI, e esperar que se lembrem e compreendam este súbdito impostado (assim se percebe bem a qualificação que Arroja nos atribui - os súbditos, os pobres e desgraçados súbditos).
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Assim, com sorte, lá para 2011/2012 devo ser finalmente ressarccido... ou não.

3 comentários:

Anónimo disse...

Só o título do poste vale por um tratado! O resto, é Portugal. O Portugal que nós fazemos. Abraço, V.A.

Anónimo disse...

Também me fartei de rir com o título.
Burocracias há por todo o lado, até num país como a Alemanha.

Sabe que Wittgenstein e Popper foram grandes rivais?
Diga-me em ingles o título do seu livro preferido do Popper.

Desejo-lhe bom fim-de-semana. Aqui está muito calor, a única coisa a fazer é ir nadar.

CCz disse...

Olá Teresa,

Tenho aqui à mão um livro chamado "O atiçador de Wittgenstein" e que tenta contar a história da rivalidade.
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Na escola tive Filosofia, disciplina que adorei, sobretudo no 11ºano, dada por um Filósofo, um homem que punha os alunos a pensar, as aulas dele não eram sobre história ad Filosofia, eram muito mais do que isso (o professor Guedes Miranda). No entanto, nunca na escola me falaram de Popper.
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Num curso de engenharia discute-se muita coisa, mas infelizmente Filosofia não é uma delas.
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Então, a 28 de Março de 1987, na página 46 da Revista do semanário Expresso descobri uma entrevista a Karl Popper... paragem seguinte, livraria Leitura na cidade do Porto.
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O livro que mais gostei de ler, durante anos foi a prenda favorita que oferecia aos meus amigos, foi "Em busca de um mundo melhor" em inglês não sei qual será o nome, em alemão é "Auf der Suche Nach Einer Besseren Welt", é o de leitura mais fácil, mais solta.
Também gostei muito de "Conjecturas e Refutações" (Conjectures and Refutations) onde aprendi que o cardeal Belarmino, inquisidor responsável pelo julgamento de Galileu, estava mais perto da Verdade do que Galileu.
Os primeiros que li, e que também acho que são de leitura fácil foram: "Sociedade Aberta Universo Aberto" (Offene Gesellschaft - offenes Universum" e "O Universo Aberto" (The Open Universe).
"O Futuro está Aberto" (Die Zukunft ist offen) tescrito com Konrad Lorenz e "Mundo de propensões" também se lêem bem.
Já os clássicos "O Realismo e o Objectivo da Ciência" (Realism and the Aim of Science) e "A Sociedade Aberta e os seus inimigos" (The Open Society and its Enemies" considerei de muito mais difícil leitura.
Ainda tenho por cá "O mito do Contexto" e "A Miséria do Historicismo", seulement pour le plaisir de lire des idées.
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Bom fim-de-semana.
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Por aqui chove e está um pouco de frio.
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Sayonara Telesa-san