sábado, janeiro 12, 2008
"Expresso da meia-noite" de 11 de Janeiro de 2008
1984.
Gerês, Dezembro de 1984.
7 pessoas reuniram-se. Naquela que foi a primeira acção de uma associação ambiental, na altura ainda sem nome, e que muitos meses depois viria a ser registada, no mesmo edifício onde era a sede do Sport Comércio e Salgueiros no Porto, com o nome de Quercus.
Era um grupo de amadores, amantes da natureza.
Do grupo inicial julgo que já nem um resta, para amostra, dentro da Quercus.
Os amadores - contabilistas, professores, estudantes de engenharia - aqueles que viviam uma parte da sua vida, para o ambiente, e pagavam do seu bolso para isso, foram substituídos pelos que fazem do ambiente a sua vida profissional e ganham com isso.
Ontem à noite, o programa "Expresso da meia-noite" na SIC Notícias foi lapidar!!!
O que se disse sobre os grupos ambientalistas em Portugal foi... sem palavras.
Desde o "payback" de Guterres até ao almoços do ministro Lino... impressionante. Por que é que a imprensa nunca revela estes conluios, estas cumplicidades?
Depois, o jornalista Ricardo Costa armou-se em ingénuo e lançou para a mesa a questão "Continuo sem perceber, por que é que nunca se chegou a saber a lista completa dos financiadores do estudo da CIP sobre Alcochete?!"
Resposta na hora (com a entoação de quem pensa, mas não diz "É parvo ou faz-se?") com a apresentação de 2 casos concretos de retaliação do ministério das obras públicas. TAU!!!
Por isso, quando eu, que fui birdwatcher... que ainda guardo o meu guia de aves da Collins no carro, que sabia o nome das aves em latim, que desviei parte do meu primeiro salário de um trabalho de férias - no ano em que mataram Anwar Sadat no Egipto - para comprar uns binóculos, leio no Público de hoje "Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves preocupada com aeroporto em Alcochete " lembro-me logo do descalabro, do Armagedão ambiental que ia ser a Ponte Vasco da Gama... está aí.
Estudos de impacte ambiental... soa a coisa científica, rigorosa.
São como os pareceres de juristas, há para todos os gostos.
Gerês, Dezembro de 1984.
7 pessoas reuniram-se. Naquela que foi a primeira acção de uma associação ambiental, na altura ainda sem nome, e que muitos meses depois viria a ser registada, no mesmo edifício onde era a sede do Sport Comércio e Salgueiros no Porto, com o nome de Quercus.
Era um grupo de amadores, amantes da natureza.
Do grupo inicial julgo que já nem um resta, para amostra, dentro da Quercus.
Os amadores - contabilistas, professores, estudantes de engenharia - aqueles que viviam uma parte da sua vida, para o ambiente, e pagavam do seu bolso para isso, foram substituídos pelos que fazem do ambiente a sua vida profissional e ganham com isso.
Ontem à noite, o programa "Expresso da meia-noite" na SIC Notícias foi lapidar!!!
O que se disse sobre os grupos ambientalistas em Portugal foi... sem palavras.
Desde o "payback" de Guterres até ao almoços do ministro Lino... impressionante. Por que é que a imprensa nunca revela estes conluios, estas cumplicidades?
Depois, o jornalista Ricardo Costa armou-se em ingénuo e lançou para a mesa a questão "Continuo sem perceber, por que é que nunca se chegou a saber a lista completa dos financiadores do estudo da CIP sobre Alcochete?!"
Resposta na hora (com a entoação de quem pensa, mas não diz "É parvo ou faz-se?") com a apresentação de 2 casos concretos de retaliação do ministério das obras públicas. TAU!!!
Por isso, quando eu, que fui birdwatcher... que ainda guardo o meu guia de aves da Collins no carro, que sabia o nome das aves em latim, que desviei parte do meu primeiro salário de um trabalho de férias - no ano em que mataram Anwar Sadat no Egipto - para comprar uns binóculos, leio no Público de hoje "Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves preocupada com aeroporto em Alcochete " lembro-me logo do descalabro, do Armagedão ambiental que ia ser a Ponte Vasco da Gama... está aí.
Estudos de impacte ambiental... soa a coisa científica, rigorosa.
São como os pareceres de juristas, há para todos os gostos.
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1 comentário:
À partida esse estudo ambiental será tão inútil quanto desnecessário, pelo simples facto de que o novo aeroporto nada tem a ver com Alcochete. É uma questão de geografia. O novo aeroporto será construído nos concelhos de Benavente e Montijo.
Obs.: Dá sempre jeito ter à mão uma ferramenta de gestão geográfica.
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