segunda-feira, setembro 17, 2007

Hoje em dia a única coisa estável é a instabilidade.

“Vivemos um tempo em que a estabilidade da economia só é possível à custa da instabilidade dos trabalhadores,”

Boaventura Sousa Santos, Visão (2 de Agosto de 2007).

Uma empresa que vive à custa da instabilidade dos trabalhadores é uma empresa condenada ao fracasso e à pobreza. Porque as pessoas fazem, ou podem realmente fazer a diferença! E a exploração dos trabalhadores não é uma vantagem competitiva.

Em economia devíamos promover a eutanásia, empresas fracassadas deviam ter um final rápido, e não uma vida estatalmente assistida, que nos empobrece a todos.

Assim, as mensagens do mercado circulariam muito mais rapidamente e, melhores decisões de investimento e desinvestimento seriam tomadas.

Mas será que vivemos um tempo de estabilidade da economia? Mas será que vivemos um tempo de estabilidade das empresas?

Desde o fim do condicionamento industrial, desde o fim das barreiras alfandegárias, desde o fim da desvalorização contínua do escudo, desde a queda do Muro de Berlim, desde a adesão da China à Organização Mundial do Comércio, desde a adesão dos países da Europa de Leste à EU, desde… nunca mais vivemos tempos de estabilidade. E tudo leva a crer que a instabilidade é cada vez mais a rotina.

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