terça-feira, julho 03, 2007
Vai no Batalha
Costumo abordar com alguma regularidade neste blog o tema da proposta de valor.
Basicamente, podemos considerar três propostas de valor puras: baixo-preço; intimidade com o cliente e inovação.
Uma proposta de valor assente no preço-baixo é uma opção perfeitamente respeitável. Contudo, muitas empresas, eu diria até, demasiadas empresas caiem nesta proposta de valor, mais por instinto do que por decisão racional.
Assim, muitas empresas apostam no baixo-preço sem estarem preparadas para essa guerra, por isso, roubam, enganam e exploram, trabalhadores, fornecedores e mesmo clientes (vendendo gato por lebre).
Uma empresa que opta pela proposta de valor preço-baixo de forma consciente, é uma empresa que funciona como uma equipa do pit-stop da Fórmula 1:Organização, planeamento, regras, um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar. Da próxima vez que assistirem a uma transmissão televisiva, reparem na organização, nos sinais, nas posições, da equipa durante uma mudança de pneus e abastecimento de combustível.
Quando uma organização aposta no mercado do preço-baixo, sem este planeamento, sem estas regras, sem esta disciplina... começa a dar a volta, a fazer o by-pass a boas-práticas, para conseguir reduzir os custos, a todo o custo!
Esta foto foi tirada ontem, numa agência da Caixa Geral de Depósitos. Segunda-feira, 13h45... 13h45 e ainda não houve tempo para remover o lixo gerado durante o fim-de-semana.
Sim, o que vêem na foto é o recipiente para o lixo, repleto de talões de multibanco amarrotados, tão repleto que já começaram a cair para o chão.
O que é que esta imagem me diz... serviço de limpeza - vai no Batalha!!!
O que é que esta imagem me diz... alguém na agência que repare no sucedido e faça algo - vai no Batalha!!!
O que é que esta imagem me diz... preocupação com o cliente - vai no Batalha!!!
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1 comentário:
Caro Carlos, parece que ontem não tivemos muita sorte com as "empresas"... Olhe, eu fui comprar um determinado aparelho à Worten e quando quis pagar encontrei a menina da caixa a tratar de assuntos que não eram da sua função (culpa da cliente que a estava a ocupar e que ela não soube, com delicadeza, enviar a quem tem por função tirar dúvidas ao cliente). Não foi nada delicada quando lhe pedi que me atendesse, apesar de a própria cliente lhe ter dito que o fizesse, depois de eu lhe ter pedido para tal. Bem, mas antes, fiz determinadas perguntas ao funcionário, que me respondeu de forma incompleta e errada, como vim a descobrir em casa. Quando telefonei para saber como havia de resolver o problema, "mandaram-me" lá voltar. Você imagina o que eu lhes disse? Não, não imagina, mas entre outras coisas, perguntei-lhes se eles estavam dispostos a pagaram-me um mínimo de 80 euros como custo de uma hora do meu precioso tempo! O funcionário disse que nunca lhe tinha sido posto assim o problema e eu respondi-lhe que nem sequer era caro. De facto, não há dinheiro nenhum que pague "o meu tempo"! Repare, é uma hora da minha vida! Quanto vale, quando a gente tem 65 anos, uma hora da nossa vida? Tudo porque aquele pessoal não tem formação! Não sabe atender os clientes, não está informado sobre aquilo que vende, não tem brio profissional. Se calhar ganham pouco, mas serei eu, cliente da Worten, que terei a obrigação de suprir essa falha?
Leio-o diariamente e sinceramente admiro a sua preserverança: continui a pregar no deserto deste país desleixado. Talvez alguém o ouça. Bem haja. Voluntária Moçambicana também... E nunca se deixe "ir para o batalha"!
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