sábado, outubro 21, 2006
Um exemplo
Numa economia não-socialista quem manda é o mercado.
Em períodos de escassez o poder passa para os produtores, em períodos de abundância o poder passa para os clientes, ou consumidores.
É comum, em Portugal, ouvir ou ler, os gritos de socorro dos industriais, a pedir uma intervenção "Deus Ex Machina", sempre que as coisas não correm como o esperado, sempre que os consumidores resolvem privilegiar quem melhor os serve, em detrimento de quem não evolui suficientemente rápido, ou pior, quem se enquistou em práticas que a realidade tornou obsoletas.
Há um outro mundo, o mundo em que os gestores assumem posturas racionais adultas, "se não estamos a ter sucesso, a culpa não é dos clientes, mas nossa". Esta entrevista de Michael Dell dá uma ideia desse mundo, muito mais saudável mentalmente. Um mundo em que os intervenientes se vêem, e procuram agir, como adultos, e não esperam por um papá que venha resolver as asneiras que fizeram:
1. The company's stock, already down 25% for the year, fell further.
2. The company's recent run of bad news appears to be a lagging indicator, much of it the result of past moves that Michael Dell himself variously describes as "stupid," "nonsense," and "just plain wrong" - and many of which, he says, have been corrected. (nós é que borramos a pintura, não foram os consumidores, nem a concorrência)
3. "If you ask, 'Okay, is Dell in the penalty box?' Yeah, Dell's in the penalty box," is how Michael Dell puts it. "Then we'll use this opportunity to fix everything."
4. In 15 years of conversations with Michael Dell, I've never heard him more contrite. He recognizes that his company has to operate differently, especially in how it relates to its customers both before and after they buy a computer. ´(nós é que temos de mudar)
5. But he also sounds excited by the challenge of getting it back on track: "This cathartic experience has caused us to say, 'Okay, what could we be doing dramatically better, dramatically different, in dramatically new ways?'" Big changes started about nine months ago, and their pace is picking up. (não, não se tratam de pedidos de subsídios, nem pedidos de protecção contra a produção por estranhos (talvez nem pertencentes ao género Homo sapiens sapiens) fora da UE).
6. "We had this historical structural advantage which manifested itself in lower price and better value for customers," Michael Dell says, "and I think we overemphasized the price element and did not emphasize relationship and customization and experience." The company also certainly didn't emphasize design (nós, não os outros. Os erros fomos nós que os cometemos)
Quanto mais gente nos negócios adoptar esta mentalidade, menos espaço haverá para intervenções dos governos, que são quase sempre desgarradas, infundadas, desequilibradoras, geradoras de reacções com consequências não previstas (estilo introdução das raposas na Austrália, para caçarem os coelhos - uma praga introduzida pelos colonos europeus, só que as raposas encontraram outras presas mais fáceis de caçar e mais desequilibrio ecológico foi introduzido)
Em períodos de escassez o poder passa para os produtores, em períodos de abundância o poder passa para os clientes, ou consumidores.
É comum, em Portugal, ouvir ou ler, os gritos de socorro dos industriais, a pedir uma intervenção "Deus Ex Machina", sempre que as coisas não correm como o esperado, sempre que os consumidores resolvem privilegiar quem melhor os serve, em detrimento de quem não evolui suficientemente rápido, ou pior, quem se enquistou em práticas que a realidade tornou obsoletas.
Há um outro mundo, o mundo em que os gestores assumem posturas racionais adultas, "se não estamos a ter sucesso, a culpa não é dos clientes, mas nossa". Esta entrevista de Michael Dell dá uma ideia desse mundo, muito mais saudável mentalmente. Um mundo em que os intervenientes se vêem, e procuram agir, como adultos, e não esperam por um papá que venha resolver as asneiras que fizeram:
1. The company's stock, already down 25% for the year, fell further.
2. The company's recent run of bad news appears to be a lagging indicator, much of it the result of past moves that Michael Dell himself variously describes as "stupid," "nonsense," and "just plain wrong" - and many of which, he says, have been corrected. (nós é que borramos a pintura, não foram os consumidores, nem a concorrência)
3. "If you ask, 'Okay, is Dell in the penalty box?' Yeah, Dell's in the penalty box," is how Michael Dell puts it. "Then we'll use this opportunity to fix everything."
4. In 15 years of conversations with Michael Dell, I've never heard him more contrite. He recognizes that his company has to operate differently, especially in how it relates to its customers both before and after they buy a computer. ´(nós é que temos de mudar)
5. But he also sounds excited by the challenge of getting it back on track: "This cathartic experience has caused us to say, 'Okay, what could we be doing dramatically better, dramatically different, in dramatically new ways?'" Big changes started about nine months ago, and their pace is picking up. (não, não se tratam de pedidos de subsídios, nem pedidos de protecção contra a produção por estranhos (talvez nem pertencentes ao género Homo sapiens sapiens) fora da UE).
6. "We had this historical structural advantage which manifested itself in lower price and better value for customers," Michael Dell says, "and I think we overemphasized the price element and did not emphasize relationship and customization and experience." The company also certainly didn't emphasize design (nós, não os outros. Os erros fomos nós que os cometemos)
Quanto mais gente nos negócios adoptar esta mentalidade, menos espaço haverá para intervenções dos governos, que são quase sempre desgarradas, infundadas, desequilibradoras, geradoras de reacções com consequências não previstas (estilo introdução das raposas na Austrália, para caçarem os coelhos - uma praga introduzida pelos colonos europeus, só que as raposas encontraram outras presas mais fáceis de caçar e mais desequilibrio ecológico foi introduzido)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário