"O excesso de produção do mirtilo em Portugal, que coloca alguns jovens produtores em apuros, está relacionada com o facto de Portugal ter cada vez menos capacidade de escoar o fruto para mercados externos..
A empresa que concentra a comercialização e exportação de mirtilos em Portugal vai vender este fruto por cerca de metade do preço habitual entre segunda-feira e sábado, por causa do excesso de produção em relação à procura.
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«Para consumirmos tanto mirtilo e tanta plantação que está a ser feita, as pessoas têm de abdicar de todo o género alimentar e comer só mirtilos. Acho que é uma loucura incentivar tanta gente a fazer plantações», acrescentou."
A ser verdade, trata-se de algo que era expectável, os financiamentos que facilitam, ou valorizam, sobretudo determinados investimentos, mais tarde ou mais cedo, geram estas bolhas (recordar a bolha azeiteira).
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Na fase inicial, em que dizem aos potenciais investidores que o escoamento está garantido, receio que muitos deles se concentrem na exploração, na produção, sem qualquer preocupação sobre o mercado.
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Como produtor, ou como membro de uma cooperativa responsável pelo escoamento, não entraria em pânico. Trabalharia para o futuro, procuraria o exemplo de mercados mais maduros, para aprender que outras formas de trabalhar o mirtilho poderão ser experimentadas. E, introduziria pensamento estratégico no desafio. Já não basta produzir, há que pensar no mercado, em clientes-alvo, em vários tipos de prateleiras, em novas formas de oferta, em subir na escala de valor, em diferenciação.
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Trecho retirado daqui.
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