sexta-feira, outubro 05, 2012

Desenhar experiências

A ler "Outside In: The Power of Putting Customers at the Center of Your Business" encontro uma figura que ajuda a equacionar o desenho da experiência dos clientes:
Na base:

  • preciso de quem me pinte as peças para a máquina que estou a construir
No meio:
  • foi fácil trabalhar com eles. Cumpriram o prazo, fizeram um bom trabalho à primeira, protegeram os pontos de contacto como pedido
Por fim, no topo:
  • e ainda por cima deram-nos um conselho sobre as tintas a usar para fazer face ao ambiente de uso da máquina. Ah! E, para cúmulo, posso dizer aos meus clientes que a tinta usada é amiga do ambiente.
Esta postura corre o risco de resvalar para a arrogância se não for temperada com muita humildade, os clientes são humanos, são diferentes, nenhuma experiência pode ser verdadeiramente desenhada como algo fechado, é sempre uma tentativa, é sempre um work-in-progress... até porque a experiência continua a desenvolver-se para lá do ponto da interacção e avança para o uso, às vezes durante anos.
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Recentemente ando envolvido num projecto em que aquilo que a empresa faz para os seus clientes está na fatia do meio. Na base está a segurança, que os clientes-alvo levam muito, muito, muito a peito mesmo. No topo está a expertise técnica que faz a cereja no topo do bolo.
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Por exemplo, quem procura um curso universitário, onde coloca a empregabilidade do curso, na base ou no topo?
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Há os que a colocam na base e há os que a colocam no topo.
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Como é que isso influencia a comunicação da escola?

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