sexta-feira, outubro 19, 2007
Mantra em vez de missão
Já fiz uma breve alusão ao tema, neste espaço. No entanto, uma conversa telefónica fez-me voltar ao assunto.
Do outro lado da linha telefónica, noutro continente, alguém leu-me uma primeira versão da declaração de missão de uma organização. Como é comum, a missão era longa, cheia de conceitos e mais conceitos, parecia um discurso de político. Uma vez terminada a leitura da missão, é necessário pedir, para voltar a ler o texto, porque entretanto já nos esquecemos da parte inicial.
O que é, para que serve a declaração de missão de uma organização?
O Semanário Económico, na sua edição da semana passada, trazia um artigo assinado por Gavin Eccles sobre a redacção das missões, onde o autor defende a redacção de missões curtas, missões ao estilo de um mote.
Quando penso em missão, em declaração de missão, penso em algo que diga de forma clara, sucinta, rápida, enxuta qual é o negócio. Qual é verdadeiramente o sumo do negócio! O negócio nunca é o que fazemos, o negócio está nas necessidades dos clientes ou partes interessadas que servimos.
Quando penso em missão, em declaração de missão, penso em alguém, um colaborador de uma organização, que num momento atribulado, num momento de aflição, num momento em que tenha de tomar uma decisão rapidamente e sózinho, perante uma situação com um qualquer dilema associado, encontre na missão uma bússola, uma linha de orientação, para o ajudar a decidir.
Ora, não consigo imaginar, num tal momento de aflição alguém lembrar-se de uma declaração de missão com 20 ou 30 linhas, como um apoio a considerar.
Assim, quando penso na redacção de uma missão lembro-me sempre destas palavras de Guy Kawasaki, mantra em vez de missão. Aqui, Guy torna tudo muito claro e directo:
"you should also create a mantra for your organization. A mantra is three or four words long. Tops. Its purpose is to help employees truly understand why the organization exists."
Quem vende declarações de missão ao metro pode, como Guy recorda, recorrer a um programa informático do Dilbert para criar essas declarações faraónicas, pomposas, compridas e geradoras de cinismo e indiferença.
Do outro lado da linha telefónica, noutro continente, alguém leu-me uma primeira versão da declaração de missão de uma organização. Como é comum, a missão era longa, cheia de conceitos e mais conceitos, parecia um discurso de político. Uma vez terminada a leitura da missão, é necessário pedir, para voltar a ler o texto, porque entretanto já nos esquecemos da parte inicial.
O que é, para que serve a declaração de missão de uma organização?
O Semanário Económico, na sua edição da semana passada, trazia um artigo assinado por Gavin Eccles sobre a redacção das missões, onde o autor defende a redacção de missões curtas, missões ao estilo de um mote.
Quando penso em missão, em declaração de missão, penso em algo que diga de forma clara, sucinta, rápida, enxuta qual é o negócio. Qual é verdadeiramente o sumo do negócio! O negócio nunca é o que fazemos, o negócio está nas necessidades dos clientes ou partes interessadas que servimos.
Quando penso em missão, em declaração de missão, penso em alguém, um colaborador de uma organização, que num momento atribulado, num momento de aflição, num momento em que tenha de tomar uma decisão rapidamente e sózinho, perante uma situação com um qualquer dilema associado, encontre na missão uma bússola, uma linha de orientação, para o ajudar a decidir.
Ora, não consigo imaginar, num tal momento de aflição alguém lembrar-se de uma declaração de missão com 20 ou 30 linhas, como um apoio a considerar.
Assim, quando penso na redacção de uma missão lembro-me sempre destas palavras de Guy Kawasaki, mantra em vez de missão. Aqui, Guy torna tudo muito claro e directo:
"you should also create a mantra for your organization. A mantra is three or four words long. Tops. Its purpose is to help employees truly understand why the organization exists."
Quem vende declarações de missão ao metro pode, como Guy recorda, recorrer a um programa informático do Dilbert para criar essas declarações faraónicas, pomposas, compridas e geradoras de cinismo e indiferença.
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1 comentário:
Associação de ideias, entre missão e política da qualidade: Numa empresa que ajudei a implementar (e certificar) um SGQ ISO 9001:2000, foi definida uma versão da politica da qualidade para publicação interna que rezava o seguinte:
4 Preocupações Estratégicas da (empresa):
1- Controlar o que fazemos
2- Prevenir os problemas
3- Não desperdiçar
4- Ter fornecedores de confiança
Havia depois uma frase-lema que era "Fazer bem para que o cliente fique satisfeito", que era ciclicamente comunicada aos funcionários.
Facto: em qualquer altura, qualquer funcionário recita estas orientações de forma sentida (e comprovável na prática)*, porque de facto entendeu qual era a espinha-dorsal ideológica da empresa.
* Exemplo: houve funcionários que se organizaram espontaneamente para tentar identificar desperdícios. Espanto nosso, meu e do gestor, quando nos aparecem com um plano de recuperação de materiais (residuos de alguns produtos que em vez de serem destruidos passariam a ser convertidos noutros produtos).
Nota: estamos a falar de pessoas que ali trabalham em 2ª ocupação, sendo que a 1ª é a agricultura...
Quando teve lugar a auditoria de concessão, foi bonito de ver a reacção da Equipa Auditora:
1º) "Hmmm, não é lá muito ortodoxo..." e outros argumentos tendentes a criticar a ideia;
2º) Não estivesse o auditado a dominar o Sistema e teria sido persuadido a mudar/abandonar esta abordagem tão estranha aos olhos do auditor.
Lembrei-me disto ao ler a parte do post "Quem vende declarações de missão ao metro pode, como Guy recorda, recorrer a um programa informático do Dilbert para criar essas declarações faraónicas, pomposas, compridas e geradoras de cinismo e indiferença." Só que neste caso, não era a declaração de missão mas especificamente a Política da Qualidade, e era quem devia aprovar a ideia que se apresentava "com tudo" para complicar...
P.S.: Não conhecia as "missões" do Dilbert... HAHAHAHAHA
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