quinta-feira, julho 19, 2007

Quando eu era criança...

Uma organização calcula mensalmente um indicador. Mês após mês, vai preenchendo uma tabela com os valores mensais.Essa tabela é usada para comparar os resultados e tomar decisões.
Que conclusões tirar da leitura desta tabela?
Que uns meses são melhores e outros são piores!

E se usarmos um gráfico que nos mostre a evolução ao longo do tempo?O gráfico mostra a evolução ao longo dos últimos 29 meses.

Que conclusões tirar da leitura deste gráfico?
Que uns meses são melhores que outros!

Já houve um tempo em que eu, criança, (como dizia S. Paulo):Ao passar do mês com o resultado A, para o mês com o resultado B, saudaria os meus colegas de reunião mensal como bestiais;
Ao passar do mês com o resultado C, para o mês com o resultado D, saudaria os meus colegas de reunião mensal como bestas.

E não satisfeito com isso, azucrinaria as suas cabeças, para que investigassem tudo e mais alguma coisa para explicar tão grave deterioração de desempenho.

Como referi neste postalAgora, um pouco mais adulto, já analiso os dados com muito mais método… com uma carta de controlo da amplitude móvel…… concluímos que temos, ao longo dos últimos 29 meses um sistema com uma variabilidade estável, em torno da amplitude móvel média.

Com uma carta de valores individuais…… concluímos que temos, ao longo dos últimos 29 meses um sistema com uma média estável e sob controlo. Ao passar de A para B nada aconteceu que não possa ser explicado pela variabilidade natural, tal como ao lançar um dado, o resultado tanto pode dar 1, como 6. Também ao passar de C para D, nada aconteceu…

Assim, ao usar uma carta de controlo abstraímo-nos do valor pontual do mês e olhamos para a voz do processo subjacente, está em controlo estatístico ou não?
Se não, o que é que anda a actuar sobre o processo? Vale a pena procurar, há algo a agir e a influenciar os resultados.
Se sim, só há uma forma de melhorar… mudar o processo, porque o que existe já está a dar o seu melhor.


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