quarta-feira, dezembro 13, 2017

Portugal competitivo (parte IV)

Parte I, parte II e parte III.

Mais um dia e mais uma PME anónima com dois problemas:

  • excesso de procura - recusar encomendas, impor quantidades máximas por cliente;
  • dificuldade em encontrar pessoas disponíveis para trabalhar.
Interessante perceber o quanto existe pensamento estratégico por trás das acções, ainda que não escrito, ainda que não racionalizado e relatado. Imaginem só o que lhes poderia acontecer se fizessem batota, que é quando a gestão de topo de uma empresa pára e reflecte no porquê do sucesso e, resolve abusar, carregando a fundo nas vantagens competitivas específicas.

2 comentários:

D. Pedro IV disse...

Pensamento curioso. Percebo o que quer dizer, mas não concordo...
Não fará parte das atribuições da organizações, estruturarem-se para que essas duas coisas não aconteçam?
Sincermanete não as consideraria medalhas de gestão, ainda menos como pontos positivos. A um nível abstrato, o "ultimate goal" das empresas é ganhar dinheiro. Usa certos recursos (mão de obra, por exemplo) e troca alguma coisa por dinheiro (encomendas). Ao não conseguir obter recursos e não ter capacidade para a sua actividade está, na minha perspectiva, claramente a falhar.

CCz disse...

Percebo o seu ponto, caro Dom Pedro.

No entanto, as pessoas não são todas iguais. As empresas são o resultado do que as suas pessoas são. Se um empresário não está habituado a delegar autoridade, se não tem uma equipa que o apoie, porque se calhar não é capaz de a criar tão rapidamente, se quer sair às 17h da empresa e ter a sua vida extra-fábrica... faz as suas opções. Não são boas nem más, são as suas, dele. Se calhar, se obtivesse os recursos (dinheiro não é problema) não seria capaz de os gerir.

Por exemplo, estaria disponível para abrir uma fábrica na Roménia, a pedido de um seu cliente actual? Teria de estar lá algum tempo, teria de gerir o projecto de construção lá, depois contratar pessoal e chefias, enquanto a fábrica cá continua a crescer. Não é fácil.