quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Três perguntas

A propósito de "Exportações para os EUA atingiram o valor mais alto dos últimos dez anos" três questões relacionadas: quanto deste crescimento resulta da desvalorização do euro face ao dólar? Quanto deste crescimento resulta da erosão da China como fábrica do mundo? Quanto deste crescimento resulta intrinsecamente das ofertas das empresas portuguesas e da sua proactividade?
"As exportações para os Estados Unidos atingiram, em 2015, o valor mais elevado dos últimos dez anos. Não só ultrapassaram os 2500 milhões de euros (68% de aumento entre 2000 e 2015), como destronaram Angola, até agora o principal destino dos bens nacionais para fora da União Europeia. Em comparação com 2014, as vendas portuguesas para aquele país subiram 22%.
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Os combustíveis continuam a ser o produto mais vendido para os Estados Unidos – que é o maior importador mundial – e registaram um crescimento de 25%
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Entre os três produtos mais exportados estão os químicos, com destaque para os medicamentos: 245 milhões de euros, mais 20% face a 2014.
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Houve três categorias que alcançaram aumentos na ordem dos 50%: plásticos e borracha, calçado e produtos agrícolas.
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a valorização do dólar ajudou a “tornar os produtos portugueses mais apelativos”, chegando aos Estados Unidos “com preços mais apetecíveis”. Contudo, este não é o único factor que ajuda a explicar o crescimento verificado em 2015. A situação de Angola ou do Brasil, a braços com crises económicas, fez com que as empresas olhassem para os EUA, “onde o risco é menor”.
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“Há também uma mudança de atitude das empresas portuguesas, que associa a tradição à inovação, o que permite a abordagem ao mercado americano, onde o design e a inovação são muito importantes. A nossa indústria têxtil, ou o sector da joalharia, fez essa mudança, chegando ao mercado com outro posicionamento. Não estão a apostar em preço pois não conseguiriam bater produtos chineses, mas apostam na qualidade e na inovação”, sublinha."
Sem direitos adquiridos nem queijo garantido. há que estar sempre a preparar o dia de amanhã. Parar é andar para trás, até porque os Estados Unidos podem vir a entrar numa recessão e um novo crash não está fora dos pensamentos das pessoas com quem falo.

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