sábado, setembro 06, 2025
Curiosidade do dia
Há quatro anos, nas eleições autárquicas para a Junta da minha freguesia da Madalena, em Vila Nova de Gaia, votei num candidato independente: o comandante Eduardo Barros Loureiro.
Passados estes anos, mantenho a mesma confiança. Nas eleições de 2025, o meu candidato continua a ser o comandante Eduardo Barros Loureiro — agora com o apoio de uma coligação entre PSD, CDS e IL.
Ontem à noite desloquei-me à sede do Orfeão da Madalena para, com a minha presença, sinalizar esse apoio. A sala estava cheia.
E, de repente, algo surpreendente aconteceu. Assim que a sessão começou, senti-me assaltado, senti-me raptado, senti-me
elevado. A sério. Não estava à espera. Entrei naquela sala preparado para uma cerimónia formal, com discursos da praxe, bandeiras agitadas e slogans repetidos (o candidato à câmara municipal de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, estava presente). Em vez disso, fui surpreendido com a grandeza da cultura: a sessão abriu com música lírica, uma Ave Maria que encheu a sala de solenidade, e logo depois a ópera, elevando-nos a todos a uma atmosfera rara, de beleza e transcendência.
Por instantes, não estávamos apenas numa sessão política — estávamos num momento de celebração da arte que dá dignidade e elevação ao espírito humano.
Curiosamente, na quarta-feira passada tinha estado a ouvir a mesma ária (até partilhei no Twitter). E foi precisamente com esta peça que a intervenção inicial terminou.
Foi uma experiência bela, inesperada, que transporta o comum dos mortais para um estado superior. Que boa ideia! E que sorte a nossa: o tenor é da Madalena.
Obrigado aos organizadores, obrigado, comandante.
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