A propósito de "Uma em cada três empresas alemãs prevê cortar postos de trabalho em 2026", o modelo económico da imagem vai ter muita dificuldade em manter-se.
O motor industrial europeu está gripado. Sem a capacidade exportadora da Alemanha, o conjunto da UE perde força no comércio mundial e na capacidade de financiar políticas comuns.
A política energética e industrial europeia será reavaliada. É provável que vejamos incentivos massivos à reindustrialização verde e digital - mas agora com menos capital disponível.
Os "países do sul" terão de apresentar resultados. A Alemanha pode usar a sua crise como argumento para exigir maior rigor e um retorno visível dos fundos destinados ao sul.
O que se avizinha é uma Europa sem motor nem travão. Sem motor, porque a Alemanha perde vigor industrial. Sem travão, porque essa mesma Alemanha perderá autoridade moral para impor disciplina orçamental.
Para Portugal, isto é simultaneamente risco e oportunidade:
- Risco, porque a torneira alemã dos fundos pode fechar.
- Oportunidade, pois a fragilidade industrial do centro europeu pode abrir espaço para novos polos produtivos e logísticos no sul, desde que haja visão estratégica e execução.

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