Não deixa de ser inspirador ver como a Associação Nacional de Jovens Empresários dá o exemplo... de tudo o que um jovem empresário não deve fazer.
Vender a sede por 4,3 milhões para pagar salários e fornecedores pode resolver o problema imediato mas levanta a pergunta inevitável: quando este dinheiro se esgotar, que venderão a seguir? Os computadores? A máquina de café? Os manuais de auto-ajuda da estante?
E depois há o saboroso toque de ironia no discurso: garantir liquidez para continuar a cumprir a missão de fomentar o empreendedorismo em Portugal... Ora, uma associação que não conseguiu ser sustentável serve de modelo a quem, exactamente? Talvez a missão tenha mudado discretamente para "ensinar pelo exemplo negativo".
Porque, se o objectivo é mostrar aos jovens empresários o que acontece quando se ignora a sustentabilidade do modelo de negócio, a ANJE está a ser exemplar. Falta apenas abrir um curso: "Como vender activos para adiar o inevitável — gestão de crise 101".

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