@AllanMoura Caro Allan, há muito q de longe acompanho o namoro tóxico do Brasil com o proteccionismo http://t.co/VhFGdwU9ss.— Carlos P da Cruz (@ccz1) September 13, 2015
Previ aqui a inversão do desemprego, enquanto os media ainda andavam a fazer capas afundados na variação homóloga. Previ aqui o sucesso do calçado e o regresso do têxtil quando tais previsões geravam sorrisos trocistas.
Acho um exercício saudável e instrutivo fazer previsões e, depois, confrontar o real com o previsto. Eventuais diferenças alertam-nos para o que descuramos. E, durante a viagem para o futuro, mantemos-nos alertas para novas informações que possam reforçar ou enfraquecer a nossa previsão.
Escrevo isto a propósito de "5 perguntas para entender o acordo “histórico” entre UE e Mercosul" e "Oito perguntas para entender melhor acordo entre Mercosul e União Europeia".
@pauloperes 2º Como pode o Brasil virar exportador a sério se é proteccionista em casa? 3/3— Carlos P da Cruz (@ccz1) August 11, 2015
O que conheço da economia brasileira é o que resulta das tentativas das PMEs exportarem para esse país e encontrarem barreiras alfandegárias tremendas como existiam em Portugal em 1986.
Ainda teremos de saber em termos práticos qual o nível de abertura. É difícil acreditar numa abertura agrícola francesa ou numa abertura industrial brasileira. No entanto, será interessante que as PMEs portuguesas avaliem o nível de abertura proporcionado e as oportunidades potenciais.
Admitindo uma abertura real, as PMEs brasileiras que se cuidem. Sabem o que aconteceu em Portugal?
Com a adesão à então CEE primeiro perdemos muitas empresas que competiam pela nata do mercado interno, porque foram incapazes de fazer frente a marcas mais caras, mas com mais poder afectivo/emocional. Depois, com a China perdemos as PMEs do preço baixo.
Portanto, não serão assim tão duras as cabeças:
Ainda andam nisto? Que cabeças duras. https://t.co/ANv4gO5cTx— jcd (@jcaetanodias) June 30, 2019
É claro que há vida depois do acordo.
Só que não acontecerá de um dia para o outro, nem acontecerá com a maioria das empresas que existem hoje. Como costumo repetir aqui (Maliranta e Nassim Taleb) a maioria das empresas está tão presa ao passado que não consegue ver as oportunidades. Por isso, morrem. Um futuro melhor será construído por empresas novas, por gente sem modelos mentais castradores que as prendem ao passado. No entretanto, muita gente vai sofrer durante a transição.
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