"é a dívida bruta que interessa porque é ela que nos dá a dimensão do que temos de pagar"
O que dá a dimensão do que temos que pagar é a dívida líquida. A dívida bruta interessa para sabermos o que podem custar os juros. Mas dívida de curto prazo a juros negativos aumenta a dívida bruta e alivia os juros.
"Parece óbvio que com um crescimento inferior a 4%, em termos nominais, é impossível aguentar o peso dos juros e suportar o sucessivo crescimento da dívida pública que isso dita."
Parece óbvio se não se fizerem contas. O que decide do aumento ou redução da dívida pública em percentagem do PIB (que é o rácio que interessa aos credores) é a diferença entre a taxa de crescimento do PIB e o défice em percentagem do PIB. Um défice de 1,5% e um crescimento de 1,6% já levam a uma redução da dívida em percentagem do PIB.
O problema são as despesas extraordinárias com a banca e a situação frágil da banca, referida actualmente em qualquer relatório sobre Portugal. Como é que a Helena Garrido é capaz de se "esquecer" de referir isso só se percebe porque no fundo o que ela quer é "a combinação entre austeridade no Estado e incentivos ao sector privado" e seria difícil explicar aos funcionários públicos e aos pensionistas que têm que ser eles a pagar com os salários e as pensões os desmandos do sector privado na banca.
Se o sector privado absorver a parte da dívida, dos juros e do risco associado à banca privada, no dia seguinte as contas do estado estão óptimas.
"é a dívida bruta que interessa porque é ela que nos dá a dimensão do que temos de pagar"
ResponderEliminarO que dá a dimensão do que temos que pagar é a dívida líquida. A dívida bruta interessa para sabermos o que podem custar os juros. Mas dívida de curto prazo a juros negativos aumenta a dívida bruta e alivia os juros.
"Parece óbvio que com um crescimento inferior a 4%, em termos nominais, é impossível aguentar o peso dos juros e suportar o sucessivo crescimento da dívida pública que isso dita."
Parece óbvio se não se fizerem contas. O que decide do aumento ou redução da dívida pública em percentagem do PIB (que é o rácio que interessa aos credores) é a diferença entre a taxa de crescimento do PIB e o défice em percentagem do PIB. Um défice de 1,5% e um crescimento de 1,6% já levam a uma redução da dívida em percentagem do PIB.
O problema são as despesas extraordinárias com a banca e a situação frágil da banca, referida actualmente em qualquer relatório sobre Portugal. Como é que a Helena Garrido é capaz de se "esquecer" de referir isso só se percebe porque no fundo o que ela quer é "a combinação entre austeridade no Estado e incentivos ao sector privado" e seria difícil explicar aos funcionários públicos e aos pensionistas que têm que ser eles a pagar com os salários e as pensões os desmandos do sector privado na banca.
Se o sector privado absorver a parte da dívida, dos juros e do risco associado à banca privada, no dia seguinte as contas do estado estão óptimas.
"no dia seguinte as contas do estado estão óptimas"
ResponderEliminarLOL
"banca privada"
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