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No entanto, ao ler "Governo pediu autorização a Bruxelas para rotulagem de produtos lácteos" comecei a pensar que a coisa funciona para os dois lados. Tanto os portugueses ficam a saber a origem dos produtos lácteos que vão consumir, como os estrangeiros. Em 2015, só no caso do leite e natas exportamos mais 100 mil toneladas do que as que importamos. Depois, ao ler:
"O ministro adiantou ter "expectativas" de que no Conselho Europeu de junho "se possa avançar um pouco mais, em particular no setor do leite", aquele que, juntamente com a suinicultura, identificou como os que mais sofreram alterações estruturais, registando quedas de preços "acentuadas", da ordem dos 10% e 15%, desde o início de 2015."Então, lembrei-me de ir pesquisar os últimos números do INE acerca da produção de leite. No Boletim Mensal de Estatística de Abril de 2016 obtive este número:
- Em Janeiro e Fevereiro de 2016 produziram-se 1558 toneladas de leite para consumo.
O mais extraordinário é fazer a comparação homóloga:
- Em Janeiro e Fevereiro de 2015 produziram-se 1087 toneladas de leite para consumo.
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Como é que querem segurar preços quando a produção de uma commodity tem um crescimento deste calibre?
E porque tenho de ser eu contribuinte a pagar decisões irracionais dos produtores e/ou dos processadores?
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Enquanto os especialistas diziam que precisávamos de subir na escala de valor e lançar novos produtos, parece que em Portugal se optou por fazer exactamente o contrário... talvez para pressionar um governo fraco perante a rua a arranjar apoios e borlas.
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