"Dou um dado concreto no livro, quando perguntamos às pessoas sobre o peso específico do Estado na economia. Qual é o eleitorado mais liberal? Espantosamente, é o do Bloco de Esquerda. Comparativamente, claro, em Portugal não temos eleitorado pró-mercado, é uma categoria completamente residual. (Moi ici: A nossa triste realidade... um dos motivos que nos trouxe até aqui. ) Mas o eleitorado do BE é mais liberal, no sentido económico do termo, que o eleitorado do CDS. É uma coisa muito curiosa porque mostra que, quando Louçã fala de economia, pura e simplesmente nem estão a ouvir o que ele diz. Votam no Bloco de Esquerda por outras razões. Por serem tendencialmente mais instruídos e mais urbanos, não têm medo do mercado. (Moi ici: Será por causa disso?)"
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Trecho retirado daqui.
Infelizmente não existe em Portugal nunhum partido liberal, em termos económico. Discordo do Pedro Magalhães quando diz que o BE é liberal em termos económicos. Então porque defendem as nacionalizações. Eles próprios se definem como socialistas, os verdadeiros.
ResponderEliminarO único que parece, para já, vamos ver, ser um pouco mais liberal em termos económicos, mais virado para o mercado, parece ser o Passos Coelho...ele defende maior inicitiva privada.
Em Portugal (coitados, como nós estamos) a palavra liberal ao ser apenas pronunciada já está a ser criticada. Estes senhores ainda não perceberam que se querem adoptar um modelo económico aberto, livre, então têm de lberalizar a economia.
Não é possível competir numa economia de mercado com um modelo assente en nacionalização e intervenção económica do Estado.
Depois dos macro-economistas da treta, eu proponho de continuar essa bela linhagem com os sociólogos holistas da treta.
ResponderEliminarÉ normal que haja o sentimento que o eleitorado é mais de esquerda, porque quem mais vota são os velhos (que mais sofreram com o fascismo), ao contrário os jovens são hoje muito mais de direita (liberias a todos os nívéis álias) que antigamente, só que são menos numerosos e votam menos.
Agora a quem diga que nunca poderá haver um partido totalemente liberal, é normal porque nunca vi nenhum "liberal a sério" interessado a construir isso (para ter sucesso basta se focalizar nos eleitores-alvos, os jovens). E ainda bem ao fundo: ja temos dógmaticos à esquerda não os precisamos à direita.
"Discordo do Pedro Magalhães quando diz que o BE é liberal em termos económicos"
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John leia outra vez o Pedro Magalhães, não é o bloco que é liberal em termos económicos, o que ele diz é que são os seus eleitores.
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Quanto ao resto John, acredito que a bancarrota (mais 1 a 2 anos) fará maravilhas pela liberalização da nossa economia e pelo fim da desertificação do interior.
Boa André,
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Como o Rui Albuquerque costuma escrever no Blasfémias:
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"Na avaliação do sentido de voto numas eleições que escolham um governo, um liberal não deve esperar encontrar programas «liberais» nos partidos políticos. O liberalismo não é uma filosofia de governo e do estado, mas uma filosofia sobre o governo e o estado. Não explica como se deve governar, mas o que os governantes não devem fazer no governo. A soberania e o seu exercício, mesmo em democracia, são sempre limitadores da liberdade individual e, por isso, não servem para criar um mundo ideal onde a coacção pública não exista. O liberalismo é, assim, uma filosofia política que nos explica por que razão a sociedade deve conter o poder do governo e a actuação dos governantes. Esses limites são impostos por uma ordem jurídica constitucional que garanta, ao máximo, os direitos, liberdades e garantias individuais, que crie «checks and balances» que auto-limitem os órgãos de soberania, e, no dia a dia, por uma sociedade constituída por indivíduos (mais do que por «cidadãos») conscientes dos seus direitos face ao estado e ao governo. Deste modo, como várias vezes já o escrevi, na política partidária e de governo e do estado o máximo a que podem ascender as pretensões liberais é a de se casarem harmoniosamente com o conservadorismo político, esse sim uma doutrina de governo e do estado. Em Portugal, as ideias liberais têm vindo a fazer o seu caminho. Hoje encontramo-las, em doses maiores ou menores e sempre limitadas por quantidades consideráveis de estatismo conservador, nos programas do CDS e do PSD. Há meia dúzia de anos isto seria impensável. Se elas, ou algumas delas, num país há muito subjugado por um estatismo asfixiante, forem tidas em conta num futuro governo, já não é mau."
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http://blasfemias.net/2011/05/17/ja-nao-e-mau/
Tem razão Carlos, fui eu que li mal.
ResponderEliminarNão percebo como é que eles, os políticos em geral que nos governam, optam por se integrar numa economia de mercado e não querem adoptar uma postura de uma economia de mercado.
Se olharmos para a nossa história recente (EFTA, entrada na CEE, euro, etc.), todas acções políticas tomadas vão ao encontro de uma economia cada vez mais aberta. No entanto, recusam-se a adoptar medidas que mais resultados teriam na dita economia de mercado.
Fazendo o paralelismo com uma empresa, é o mesmo que uma empresa dizer e focalizar-se em produtos inovadores, mas recusar-se a investir em investigação e desenvolvimento. As acções não combinam com as intenções...