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quarta-feira, julho 16, 2008

Não faz coceira mental a ninguém?

Não faz confusão mental que num momento de pico dos preços dos produtos agricolas, os agricultores passem a vida a fazer o seu choradinho?
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Se num momento extremamente favorável não têm poder negocial... então, é porque nunca o vão ter.
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Sendo assim, porque não nacionalizar as terras e oficializar o que querem ser, ou já são: funcionários públicos. Com rendimento garantido e sem necessidade de queimarem as pestanas a pesquisar alternativas de produção onde possam ser competitivos e ter rendimento?

2 comentários:

  1. Não defendendo o comportamentos do sector, a explicação será provavelmente, o encarecimento dos adubos (derivado do petroleo), sementes e combustível.

    Soube por exemplo, que os produtores de leite de Famalicão estão a abandonar o negócio porque a Lactogal está a diminuir o preço de compra aos produtores, apesar do incremento do preço nos consumidores.

    Isto implicaria uma análise de custos e às forças de cada operador nestes sectores.

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  2. Presumo que a Lactogal estará a ser espremida pela concorrência das marcas francesas e alemãs.
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    O leite é o produto branco por definição:
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    ("O leite é a commodity por excelência no sector alimentar" (Algo que aprendi no livro "Retailization - Brand Survival in the Age of Retailer Power":."Milk is the ultimate low-involvement category, and it shows. Only 10% of the international sample (in Denmark, Germany and Spain the number is less than 5%) would expect the private label version to be of a lesser quality.")
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    Imagino que em condições deste tipo, se fosse um sector industrial, estaríamos a assistir a uma concentração. Os mais pequenos, incapazes de competir num negócio de preço/escala teriam de sair.
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    A questão devia ser, que alternativas podem testar, em que negócios se podem meter, para serem competitivos?
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    Os subsídios são como a ingenuidade (no significado inglês do termo) e a inovação dentro de um sistema condenado (como no exemplo dos vikings da Gronelândia)... só se consegue adiar o inevitável.
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    A família Manuel Gonçalves em Famalicão, ainda está no negócio do leite? Ou seja, os grandes não estão a ficar maiores? E os pequenos com mais dificuldades?

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