sábado, fevereiro 18, 2017

"the annihilation of the mid-market"

O Armando recomendou-me a leitura de "Interview: Jim Graham, former COO of The Gym Group, gives his thoughts on the industry" e não pude deixar de recordar os salami slicers e Bruce Jenner ao ler:
"The establishment of a scaled-up low-cost segment, as well as the after-shock of the 2008 recession, has forced people to think differently. Burning platforms and in-flows of new money always brings about change. Adapt or die, I guess.
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The major change has been the annihilation of the mid-market. It’s all but complete now, and that has to be a good thing since many of the assets were poor, the product tired and lacking relevance to the mass market it once owned.
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We’re also seeing material new investment in technology to deliver a digital component to the physical experience. In the long-run this is a good thing for the consumer, but the digital ecosystem is ostensibly chaotic and in the short-term there’s questionable value to the customer from a lot of the early offerings. There are some interesting new niche products in play, but I’m not sure many will scale effectively."
Como não recuar a 2006 e a "Porque não podemos ser uma Arca de Noé! (II)" ou a "Quando se acorda atolado num pântano de indefinição..." e a "The vanishing middle market".

Foram estes textos, conjugados com o livro de Berger e com os primeiros casos de sucesso que acompanhava, de quem procurava alternativas ao modelo que tinha tido tanto sucesso antes da chegada da China à OMC, que me orientaram para a visão optimista que alimento desde então.

Continua.

Everybody Lies

Depois de ler este tweet:

Como não recordar a Spirit Airlines e "don't put their money where their mouth is"


sexta-feira, fevereiro 17, 2017

Curiosidade do dia

Uma reflexão interessante "Decentralize government to resolve country's divisions".
"America is increasingly a nation haunted by fears of looming dictatorship. Whether under President Barack Obama’s “pen and phone” rule by decree, or its counterpoint, the madcap Twitter rule of our current chief executive, one part of the country, and society, always feels mortally threatened by whoever occupies the Oval Office.
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Given this worsening divide, perhaps the only reasonable solution is to move away from elected kings and toward early concepts of the republic, granting far more leeway to states, local areas and families to rule themselves. Democrats, as liberal thinker Ross Baker suggests, may “own” the D.C. “swamp,” but they are beginning to change their tune in the age of Trump. Even dutiful cheerleaders for Barack Obama’s imperial presidency, such as the New Yorker, are now embracing states’ rights."
O meu comentário inicial foi:

Quem vê

Esta manhã ao chegar a um entroncamento parei para dar prioridade a uma carrinha que seguia na estrada e se apresentava pela direita. Ao passar por mim via que ostentava o símbolo Rubis Gas.

Rubis? Isso é o gás que era da BP. 
Por que é que a BP terá mudado de nome?
Os produtos produzido pela BP tinham o nome da empresa, BP. 
Será que com produtos comoditizados o nome do produto é irrelevante e pode ser o nome da empresa que o produz?

Entretanto, como cheguei cedo a um compromisso liguei o Endomndo e fiz mais uma caminhada enquanto lia. E foi nessa caminhada que dei de caras com "Steve Jobs And The Profound Question That Will Transform Your Career" e com este trecho divinal que recomendarei às PME:
""What is the secret to success?" I asked.
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"That's impossible to answer. There are so many paths to success," Adria responded.
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Adria looked away and I assumed our conversation was over. But he quickly turned back.
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"There is one thing that successful entrepreneurs have in common," he added.
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"Tell me about that glass of wine. What do you see?" Adria asked as he pointed to a glass on the table in front of us.
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"I see a drink," I answered.
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"Exactly. You see a beverage. I see a vineyard. I smell the grapes. I can picture a family meal. I see them smile. I hear them laugh. Carmine, where you see a drink, I see something that makes my heart sing with joy.""
Como não recordar "Porque não somos plankton"

Se o cliente da sua PME diz que procura vinho... procura uma commodity. Fuja dessa relação assim que puder. Fuja do negócio do preço. Faz todo o sentido que quem trabalha o azeite como commodity o escoe (palavra escolhida com intenção) através do Lidl (produto barato e honesto, boa relação qualidade-preço para o consumidor). Talvez o esforço de marketing e a diferenciação do produto estejam a ser bem sucedidos e a tornar o Lidl pouco atraente para a venda da pêra-rocha:
"Em dois anos, o Lidl exportou 16 mil toneladas de pera rocha para 6 países. Alemanha é o principal mercado. “Temos pedidos de 30 camiões semanais de pera rocha para a Alemanha e só conseguimos entregar 18 camiões”"
Quem ao olhar para o vinho vê a vinha e a paisagem, quem ao olhar para a manteiga de amêndoa e vê a encosta em Barca d'Alva... está disposto a pagar mais do que manteiga de amêndoa, procura autenticidade, procura tradição, procura recordações, ...

Armadilhas da estratégia

"There is no perfect strategy—no algorithm that can guarantee sustainable competitive advantage in a given industry or business. But there are signals that a company has a particularly worrisome strategy.
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Here are six of the most common strategy traps:
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The do-it-all strategy: failing to make choices, and making everything a priority. Remember, strategy is choice.
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The Don Quixote strategy: attacking competitive “walled cities” or taking on the strongest competitor first, head-to-head. Remember, where to play is your choice. Pick somewhere you can have a chance to win.
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The Waterloo strategy: starting wars on multiple fronts with multiple competitors at the same time. No company can do everything well. If you try to do so, you will do everything weakly.
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The something-for-everyone strategy: attempting to capture all consumer or channel or geographic or category segments at once. Remember, to create real value, you have to choose to serve some constituents really well and not worry about the others.
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The dreams-that-never-come-true strategy: developing high-level aspirations and mission statements that never get translated into concrete where-to-play and how-to-win choices, core capabilities, and management systems. Remember that aspirations are not strategy. Strategy is the answer to all five questions in the choice cascade.
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The program-of-the-month strategy: settling for generic industry strategies, in which all competitors are chasing the same customers, geographies, and segments in the same way. The choice cascade and activity system that supports these choices should be distinctive. The more your choices look like those of your competitors, the less likely you will ever win.
These are strategic traps to be aware of as you craft a strategy."

Trecho retirado de "6 of the most common strategy traps"

Os indicadores também ficam obsoletos quando o mundo muda

A propósito de "Sem rede..." e de:
"And business is really just one type of climate. It’s also a climate that’s out of our control. And the climate is going through a tectonic shift for the ages where the conditions will never be the same again, at least not in our lifetime"
Já por várias vezes reflecti aqui sobre os indicadores criados para descrever uma realidade. Depois, a realidade muda e os indicadores continuam a ser usados para a descrever. No entanto, deixam de ser representativos e na interpretação da sua evolução cometem-se erros.

A propósito dos recordes referidos em "O que os números das exportações me sugerem", como os compatibilizar com esta linguagem?
"Portugal recuou 13 posições no Índice de Liberdade Económica de 2017 e está agora no 77º lugar, de acordo com o relatório anual da Fundação Heritage. A diminuição da liberdade económica medida pelo índice é justificada por desafios que exigem um ajuste urgente da política económica e reformas que perderam impulso.
“Portugal continua a enfrentar desafios que exigem um ajuste urgente da política económica. As reformas anteriores, que ajudaram a modificar e diversificar a base produtiva da economia, perderam impulso”, refere o relatório que analisou este ano 186 economias do mundo. Os dados foram divulgados na quarta-feira pela fundação sediada em Washington, nos Estados Unidos, e citados pela agência “Lusa”.
...
“Apesar dos sólidos contextos institucionais, como um quadro empresarial eficiente e um sistema judicial independente, o setor público endividado e ineficiente desgastou o dinamismo do setor privado e reduziu a competitividade global da economia”, explica o relatório sobre Portugal."
Apesar de lamentar a reversão das "reformas anteriores" acho que actualmente a situação é esta:

Os políticos podem pensar que não há trade-offs: recordar "Acham isto normal? Ou a inconsistência estratégica! Ou jogar bilhador como um amador!"

Se as acções dos políticos na primeira década do século XXI se conjugavam com o contexto e contribuíam para dizimar as PME do sector transaccionável. Agora, com o reshoring em força em curso, alteração do contexto... os muros que os políticos levantam não são nada em frente à onda gigantesca do regresso dos clientes ao Ocidente por causa da emergência da importância da proximidade (recordar os descontos) e do aumento dos custos na Ásia.

Recordar os indicadores também ficam obsoletos.

Sem rede...

"Survival is about evolution.
For any species to survive it has to evolve. It has to adapt to its environment as it changes or it can be left behind, or even worse not survive the transition as the landscape changes. There comes a time in every species’ existence where it has to climb down from the trees — or its corporate ivory tower — get down to ground level and make its way into unchartered ground. The time to do this is when there’s no longer enough nutrition (revenue) in the place that has been feeding us up until now. People have been particularly good at this for millennia. We followed the herd and we even fashioned small craft to cross oceans to find warmer, more hospitable, fertile ground as our climate changed. In real terms, the climate has always been the ultimate arbiter of where we need to move to, and as  much as we think we can manage the climate, or work around it, it’s always in control.
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And business is really just one type of climate. It’s also a climate that’s out of our control. And the climate is going through a tectonic shift for the ages where the conditions will never be the same again, at least not in our lifetime. So the decision for the more mature species in the business environment is quite simply to make way for new ground. Leave the old baskets, structures and huts behind (our infrastructure). They’ll be far too heavy to carry on the long trip into the future where the world is more fertile. The new ground will provide for those who have the faith to make the trip. [Moi ici: Sem rede...] And it’s not as if the trip is into unknown territory. The startups that now shape a business technology world have already taken the trip. They’ve made it to the new ground, and it’s good ground. It’s fertile and they’ve even provided the old-timers with some charts and some rough ideas on how to get there. Sure, the ground is still changing, but many have crossed the chasm and it is doable. All they need is some courage to get there."
Trecho retirado de "The Great Fragmentation : why the future of business is small" de Steve Sammartino

quinta-feira, fevereiro 16, 2017

Curiosidade do dia



Este tweet deu origem a:
E também acrescentaram:
Recordar isto, quando ouvirem os servidores dos novos DDT a falarem do Montijo e do TGV

Plataformas com um outro mindset

Este texto "Digital trade unions will empower tomorrow's sharing economy employees" mereceu-me este comentário no Twitter:


Olhar para as plataformas que existem hoje e olhá-las com o mindset do século XX... é muito pobre.

Assim como assistiremos cada vez mais à democratização da produção, porque não pensar numa nova geração de plataformas, plataformas cooperativas:
Se acreditarmos no "não é winner-take-all" é possível pensarmos em plataformas geridas pelos próprios.

Small is the new

Como este artigo "Small is the New Big" entra em sintonia comigo.

Há anos que os media e académicos olham para as estatísticas económicas e chegam a certas conclusões. Eu, procuro ir mais fundo e chego sempre a conclusões mais optimistas. Ainda recentemente esta visão gerou "Exportações: Olhando para os números à minha maneira".

Recordo também: E sem pópós?

Ainda ontem vi no oráculo de uma TV antes das 7 da manhã que as exportações de automóveis em Janeiro de 2017 cresceram mais de 50% em relação a Janeiro de 2016. É mau para o país? Claro que não. E longe de mim demonizar esse progresso. No entanto, acredito que são as empresas anónimas, as PME, as que criam emprego e as que fazem com que o dinheiro circule em cascata e de forma densamente ramificada pela sociedade das pessoas comuns.

Por isso, sublinho bem:
"Nearly all of what happens in business is too small and ordinary for Wall Street to care much about. [Moi ici: Como não recordar os meus desabafos "Reflexões sobre a imprensa económica" (2008) e "Retrato da economia portuguesa e dos jornais portugueses"] Same goes for investors and business reporters. Even economists don’t pay much attention. What they see are the waves and weather on the surface of the world’s economic ocean, when most of what matters happens the mass of water below.
...
The other characters are people you don’t know: Pat, Fay, Julie, Rebecca, the mason, roofer and landscaper. All those are people with small businesses. None of them want to grow their businesses any larger than they need to be. None thought about an exit when they started up. None call themselves “entrepreneurs,” or go to expensive conferences. Instead they socialize at bars, clubs, gyms, restaurants, churches, city parks, beaches, ball games and on the street. They tend to have roles rather than jobs. When you need one, you look for a mechanic, a painter, a lawyer or a driver. All of them also help each other out, side by side, face to face, in the physical world.
...
By whatever definition (they vary), SMEs: Small and Medium sized Enterprises comprise a sum that rounds to nearly everything:
  • 99% in the EU (Eurostat)
  • 97% in Australia (Xero),
  • 99.7% in the US (Small Business Administration.)
... small business accounted for about 43% of all private sector employment in Australia. The Small Business Administration (at their link) says 48% of all US employees (56.8 million people) work in small businesses, and that 97.7% of US exporters are small businesses — and generate 33.6% of known export value. [Moi ici: Um número que me impressionou e que de certa forma está em sintonia com o que penso acerca da economia gringa e da sua falta de paciência estratégica. Quanto maiores as empresas mais ainda mantêm o mindset do século XX e a concentração numa competição baseada no preço. As PME têm muito mais paciência estratégica e para competirem internamente com os gigantes tiveram de fazer o que as PME portuguesas aprenderam a fazer depois do choque chinês, tiveram de subir na escala de valor] They add, “firms with fewer than 100 employees have the largest share of small business employment.”

Pois
"But stats are boring. [Moi ici: Dá trabalho, implica estudo e aprendizagem, consome recursos. Coisas que os media comoditizados e os académicos-Saruman não gostam. Recordo um João Ferreira do Amaral e a sua missionação contra o euro sem, no entanto, olhar para os números mesmo. Meu Deus que série!!!] That’s why it’s so easy to look at business through the prism of what the big brands are doing. No shortage of great stories there, especially when you can cover fights between giants using sports metaphors." 
Como não estar optimista quando se olha para a economia transaccionável... pena é o monstro que continua a crescer.  Quando penso na dimensão do sector administrativo-financeiro numa empresa com 100 trabalhadores em 1987 e a comparo com a de hoje... pergunto: por que é que o Estado não pôde fazer o mesmo, por que é que o Estado continua a crescer. E a informática não permitiu reduzir pessoal?

"lab or a factory"

O quanto eu gostaria de fazer chegar esta mensagem a tantas e tantas PME que ainda não aprenderam o truque e continuam a querer copiar o modelo gasto da "factory" que vêem descrito nos livros anglo-saxónicos, que vêem publicitado e louvado nos jornais económicos e nas revistas de gestão que só têm olhos para as empresas grandes, que vêem defendido pelos académicos de esquerda e pelos fósseis de direita ambos com o pensamento ainda no século XX:
"Businesses need to decide whether they want to be a lab or a factory.
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There are some clues into which one may work best in the new business environment when we review what each one is. The factory believes it already makes something that people want. It can’t handle dramatic changes to the product or the formula because it was built to make specific, predetermined things. The factory’s core focus is on scale, cost reduction and efficiency. It wants what it wanted yesterday, but cheaper and faster. The factory is the biggest investment the company makes. The people who work in and around it serve the factory, not the other way around. There’s very little room for movement, change or creativity. It’s more about the boxes of stuff to sell that come out the other end. The factory took a lot of money to invest in, so we need to churn out lots of stuff from it for a long time to get a payback. We’re in it for the long haul, and it will work out better for the factory if things don’t change too much.
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The lab knows the answer’s in there somewhere; it just doesn’t know what it is yet. Many experiments will be undertaken in order to find something that solves a certain problem, and while there are some ideas around solutions, there’s no answer just yet. The ingredients are flexible and easily changed, as are the methods being undertaken. The thing that really matters isn’t so much the ingredients, but the people mixing them up, the imagination they have and their interpretations of the possibilities. Each experiment they do leads to another idea and provides some real-world feedback as to how things interact. The focus is on human capital as opposed to financial capital, so we can have lots of labs working on different things at the same time and finding answers. If the lab fails it’s okay. It’s part of the learning process. And failures are very low cost. Every failure becomes an idea that can be crossed off the list and gets us closer to the answers we seek.
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In times of change it’s pretty clear that a lab mentality is what’s needed. The lab is an approach that doesn’t pretend to know the answers or believe that the world is stable. It’s an approach where the playbook is in fact to not pretend to know what’s next, but to understand that speed is the asset, creativity is greater than finance and collaboration is more powerful than control. The marketing model of the technology age is a model that must remain in a constant state of flux. What organisations need is a culture and structure that can cope with flux, one that revises how it goes to market based on what it learned today."
É que é mesmo isto. Lançar o equilíbrio para as malvas e abraçar o fluxo permanente. Recordo "A estabilidade é uma ilusão" (2010) e "A estabilidade é mesmo uma ilusão (parte III)".

Trecho retirado de "The Great Fragmentation : why the future of business is small" de Steve Sammartino

Espero que resulte

A propósito de "Bordado Madeira promovido em feira mundial na Alemanha" e de:
"O Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM) está a promover, pela primeira vez, o bordado Madeira na feira internacional “Ambiente”, que decorre em Frankfurt, na Alemanha, até amanhã."
Como não recordar "Uma perspectiva interessante" de Fevereiro de 2013 com base num desabafo do Facebook em Agosto de 2011.

Em Maio de 2015 com "O que me fascina é a mudança" fiz um apanhado das reflexões deste tipo.

Ainda bem que alguém teve uma ideia parecida e está a fazer o seu teste. Espero que resulte

quarta-feira, fevereiro 15, 2017

Curiosidade do dia

"Seguindo as orientações que amavelmente me tinham sido transmitidas, solicitei ao juiz do processo uma certidão para efeitos fiscais com o propósito de recuperar o IVA. O papel engalanado com selo branco demorou cinco meses a ser produzido. Lá acabei por receber nota postal da sua feitura. Informava-me o tribunal que a certidão estava pronta para ser levantada no Campus da Justiça em Lisboa, mediante o pagamento de €20,40. Questionei porquê Lisboa? – eu moro no Grande Porto! Questionei também o porquê do pagamento e do levantamento presenciais – não há uma referência multibanco que eu possa pagar? Não há, em pleno século XXI, um documento digitalizado que me possa ser enviado por email? Não, não e não. O documento timbrado teria de ser presencialmente levantado em Lisboa e custava xis.
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A plataforma da AT pedia agora uma terceira certificação, a de um revisor oficial de contas. Uma terceira certificação? De um ROC?! Fiquei vermelho de raiva. Mas como era possível? Três certificações?! Para quê? Não bastavam a do administrador de insolvência e a do juiz? Do juiz, senhores! Para quê um ROC metido ao barulho? Para me dar mais despesa?! Infame – pensei. Fui ler o código do IVA, artigo 78º, capítulo “regularizações”, e, sim, a lei exigia mesmo a chancela corporativa do ROC. Um absurdo – concluí. Mas não me restou senão solicitá-la. Tenho agora três certificações. Só falta ir ao Papa.
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O que temos hoje é o Estado a sacanear o contribuinte. É a realidade. Um Estado que, justamente, mereceria desobediência civil. Talvez então o Estado se tornasse pessoa de bem."
Trechos retirados de "Como scanear o contribuinte"

"If you want to be big, act small."

"Big used to matter . . . There was a good reason for this. Value was added in ways that suited big organizations. Value was added with effi cient manufacturing, widespread distribution, and very large R&D staffs. Value came from hundreds of operators standing by and from nine-fi gure TV ad budgets. Value came from a huge sales force . . . Recent changes in the way things are made and talked about mean that big is no longer an advantage. In fact, it’s the opposite. If you want to be big, act small."
Seth Godin em "Small is the new big" em Junho de 2005.

Acerca da batota

Caro J, espero que esta missiva te vá encontrar chei@ de ganas e de ilusion:
"One of those questions comes up every time I talk with startups: How do you protect yourself from giants who might copy your idea?
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For those of you who are up against incumbents, which is most everyone, here’s my answer:
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Don’t compete, Out-think
Play the game you know you can win.
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How?
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Create a space for yourself that only you can own by doing what everyone else is unwilling to do. This is how all innovators win.
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challenges a giants assumptions and beliefs. You want to do things that they find uninteresting, challenging and outside their experience. The added benefit is this gives your audience a surprise, you reset their expectations.
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Giants are not disruptive by nature, rather they wait until it’s evident something is happening and react. So, if an idea has disruptive potential, it should make your competition uncomfortable; and that’s your space of opportunity.
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Giants rarely put resources into ideas that challenge their assumptions and core business model because they don’t want to mess around with something that already works for them. Stability is too important for them, so their resources are focused on maintaining the status quo rather than exploring alternatives.
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It’s very simple: Big companies have resources, what they don’t have is courage. By optimizing for their current business model, they set themselves up and ignore anything that is outside their model.
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 If the game is designed for you to lose, don’t play that game. Play a different one. As a leader and entrepreneur, remember to always challenge assumptions, because it isn’t simply about being faster and cheaper, it’s about being different."
Trechos retirados de "How Startups Slay Giants"

Deixar de pensar que basta vomitar uma commodity (parte II)

Por favor ler primeiro a Parte I, só assim se perceberá a importância da parte II.

Impressionante! Depois do relatado na parte I encontrar "Rising Demand for Organic and Non-GMO Grains Outpaces US Production" onde se pode ler:
"Increasing consumer demand for organic and non-GMO foods led to a sharp rise in organic grain imports in 2016—prompting food manufacturers to explore new incentives for U.S. growers transitioning to organic production, according to a new report from CoBank. While U.S. production of non-GMO crops has risen, domestic production of organic corn and soybeans remains well short of demand."
Depois de ler a parte I ler:
"“Domestic supplies of non-GMO corn and soybeans increased steadily in 2016, as growers converted acreage and captured moderate market premiums,” says Dan Kowalski, director of the Knowledge Exchange Division at CoBank. “Transitioning to organic production, however, is a multi-year, risk-reward calculation that’s likely holding some U.S. growers back from taking advantage of the market opportunity.”
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Imports of organic grains, particularly corn, from countries such as India, Ukraine, Romania, and Turkey surged in 2016 to meet the burgeoning U.S. demand for organic food products. Organic corn imports more than doubled from 2015 to 2016 and accounted for nearly one-half of the U.S. organic corn supply. The domestic shortfall for organic soybeans was even greater, with roughly 80 percent of soybeans supplying the U.S. organic market imported in 2016."
É de loucos!

Imaginem seguir o conselho do canadiano referido na parte I... Imaginem pensar primeiro nas necessidades dos clientes em vez de pensar primeiro no que a inércia dita, do que é a tradição.

Como não pensar nas importações de leite em Portugal a preços muito acima daqueles a que se fazem as exportações:
"Em "Leite e Lacticínios" é possível verificar que as exportações em 2015 foram feitas a um preço médio de 41 cêntimos e as importações a um preço médio de ... 60 cêntimos!!!"
Se calhar estamos perante o mesmo tipo de desafio.

"It’s a move to a more equalised and humane society"

Ainda voltarei a "The Great Fragmentation : why the future of business is small" de Steve Sammartino. No entanto, não resisto a citar aqui o último sublinhado que fiz no livro:
"While at various points in this book it may seem like I’m dancing on the grave of the industrial revolution, and singing a happy song about the end of powerful industries or even corporations, I’m not. What I’m doing is trying to help everyone realise that what made companies big yesterday is likely to be their unravelling tomorrow. The tools of life and business are now in the hands of everyone.
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Mass is quickly fragmenting into a world of niche, smaller and more distributed things. And big businesses that need a new survival manifesto need to embrace the fragmented nature if they want to stay ‘big’.
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We are entering the age of post-scarcity abundance. The great fragmentation isn’t just great because it’s huge or amazing — although, in fact, it really is. It’s much more than that. It’s a move to a more equalised and humane society where the power to know and the power to participate are being handed back to everyone.[Moi ici: Por isso, rio-me com os que antevêem um mundo fabril  dominado pela automatização. Vejo sim o fim das empresas grandes que vomitam produções comoditizadas e a ascensão dos pré-industriais artesãos apoiados pelas máquinas com a democratização da produção] Both economically and socially, just about everything is being democratised for good. I think it’s better than good … I think it’s great."
É, sem dúvida, um bom resumo do que acredito ser o que Mongo nos vai trazer e que é possível intuir ao ler este blogue ao longo dos anos.

Dúvida

Esta notícia "Efacec exporta transformadores recorde para os Estados Unidos" de ontem fez-me recuar a Junho de 2015 e a "Duas dúvidas de um anónimo da província".

Será que a evolução económica de Angola terá obrigado a gestão da Efacec a não abandonar o mercado norte-americano?

terça-feira, fevereiro 14, 2017

Curiosidade do dia

Este título "PS garante que imposto de selo nos cartões será pago pela banca", tão facilmente engolido sem contraditório pelos jornais-geringonços (sim eu sei, é uma repetição) fez-me lembrar uma estória lida há muito no livro do Dilbert.

Funcionário da empresa viaja para fora. Durante a viagem o seu guarda-chuva estraga-se com o temporal. Então, compra outro guarda-chuva e quando chega à empresa inclui o seu custo nas despesas da deslocação.

O funcionário da área financeira ao olhar para os comprovativos de despesa telefona ao funcionário que tinha viajado e informa-o taxativamente, qual PS, que a despesa com o guarda-chuva não é aceite. O funcionário ainda argumenta que o estrago foi ao serviço da empresa. O PS, perdão, o funcionário da área financeira  desliga-lhe o telefone.

Passado um mês, o funcionário volta a fazer uma viagem. No regresso, entrega os comprovativos de despesa, todos bonitinhos e de acordo com as regras.

Post Scriptum: Também entrega uma mensagem para o funcionário das finanças, do PS:
"Tente encontrar aí o custo do guarda-chuva!"

Tão Mongo!!!

"“The continued fragmentation and proliferation of media touch points and content alternatives makes reaching masses of audiences difficult and aggregating them even more difficult . . . the only mass that is present these days is mass confusion, distraction, and clutter.”
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But as Chris Anderson observed a year later in The Long Tail, the shift away from mass isn’t just a matter of channels and choices, mass confusion and media clutter. It’s a matter of culture. In Anderson’s view:
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[The] Long Tail forces and technologies that are leading to an explosion of variety and abundant choice in the content we consume are also tending to lead us into tribal eddies.
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When mass culture breaks apart, it doesn’t re-form into a different mass. Instead, it turns into millions of microcultures, which coexist and interact in a baffling array of ways . . . In short, we’re seeing a shift from mass culture to massively parallel culture . . . we’re leaving the watercooler era, when most of us listened, watched, and read from the same, relatively small pool of mostly hit content. And we’re entering the microculture era, when we’re all into different things.
And when we’re all into different things, it’s only natural that a wholly new, massively parallel universe of content creators should emerge to satisfy the hyperniche interests of our millions of microcultures."



Trechos retirados de "MicroMarketing: Get Big Results by Thinking and Acting Small"