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quinta-feira, dezembro 20, 2018

#schadenfreude


Considerar a evolução de que os media não falam "Acerca das exportações YTD - mês 10 (2018)", uma crescente dependência do crescimento das exportações nos automóveis.

Considerar a evolução da procura externa de automóveis "Indústria automóvel próxima da primeira recessão desde 2009".

Considerar a previsão da evolução da economia, "Banco de Portugal revê em baixa PIB de 2018 e passa a ser dos mais pessimistas".

E relacionar com os direitos adquiridos e o crescimento do número de funcionários públicos com a incorporação dos precários e o aumento de quase 2 mil milhões de euros no crescimento da massa salarial, "Centeno: Despesa com funcionários públicos aumentará 1,95 mil milhões em quatro anos".

Quando o ciclo inverter, ou se calhar quando o ciclo travar, como prevê o BdP, como vai ser financiada esta opção política legítima? Mais impostagem sobre os contribuintes líquidos? Mais saque normando sobre os saxões do costume?

Preocupados com a treta de amanhã dos coletes amarelos oportunistas?

Recordam-se dos últimos dias de Sócrates e da manifestação dos deolindeiros?

Já sentem as bandarilhas da austeridade no lombo de muitos apoiantes das legítimas opções dos últimos anos, e no dos outros que estavam contra elas?

Preparem-se para os coletes amarelos genuínos do futuro.

Só espero que o próximo governo PS tenha maioria absoluta. Sem ironia! #schadenfreude


quarta-feira, maio 18, 2011

Passion Rules!!!

Há dias li este artigo "Forget passion, focus on process" e coloquei-o logo nos favoritos para o criticar.
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Não concordo com a mensagem, embora perceba a opinião do autor. O livro Rework, que já aqui comentei, e que foi escrito pelo mesmo autor, descreve uma empresa que define uma ideia e a segue até ao fim. O seu lema é a simplicidade e o "lean". O livro ilustra uma cultura em que o cliente compra o que lhe é oferecido e ponto.
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Eu sou um apaixonado defensor da paixão nos negócios, gosto de trabalhar com gente apaixonada pelo seu negócio.
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Claro que a paixão tem um lado perigoso, é um pau de dois bicos.
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Por que comento agora este artigo? Porque li e apreciei, li e saboreei  este delicioso texto de Steve Blank "Philadelphia University Commencement Speech – May 15th 2011".
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Os nossos deolindeiros deviam ler e reflectir...
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Quem é que hoje segue a sua paixão? Quem é que hoje aparece e oferece-se para ajudar?

terça-feira, abril 26, 2011

Algumas verdades

Esta linguagem assim, crua, directa, sem paninhos quentes falta na nossa sociedade de coitadinhos e deolindeiros:
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"RULES FOR BUSINESS MODELS

* Tradition is not a business model. The past is no longer a reliable guide to future success.

* “Should” is not a business model. You can say that people “should” pay for your product but they will only if they find value in it.

* “I want to” is not a business model. My entrepreneurial students often start with what they want to do. I tell them, no one — except possibly their mothers — gives a damn what they *want* to do.

* Virtue is not a business model. Just because you do good does not mean you deserve to be paid for it.

* Business models are not made of entitlements and emotions. They are made of hard economics. Money has no heart. (Moi ici: Aqui não concordo, um modelo de negócio é emoção, é coração, é relações amorosas. Como diz a frase ali na coluna das citações "Value it's a feeling not a calculation")

* Begging is not a business model. It’s lazy to think that foundations and contributions can solve news’ problems. There isn’t enough money there. (Foundation friend to provide figures here.)

* There is no free lunch. Government money comes with strings. (Moi ici: Uma relação pedo-mafiosa que cobra juros muito altos)

* No one cares what you spent. Arguing that news costs a lot is irrelevant to the market.

* The only thing that matters to the market is value. What is your service worth to the public?

* Value is determined by need. What problem do you solve?

* Some readers are not worth saving. One newspaper killed its stock tables, saved $1 million, and lost 12 subs. That means it had been paying $83k/year to maintain those readers. In creating business plans, the net future value of readers should be calculated and maximized. (Moi ici: Quem são os clientes-alvo? O que procuram o que valorizam? Foco, foco, foco)

* Disruption is the law of the jungle and the internet. If someone can do what you do cheaper, better, faster, they will. (Moi ici: Mais uma razão para focar, focar, focar)

* Disrupt thyself. So find your weak underbelly before someone else discovers it. Or find someone else’s.
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* The bottom line matters more than the top line. Plan for profitability over revenue, sustainability over size."

segunda-feira, abril 25, 2011

Go Mongo: "We will find a place (To settle) Where there's so much space"

E Seth Godin volta à pregação com "The opportunity is here":
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"The mass market is being replaced by multiple micro markets and the long tail of choice.
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The exchange of information creates ever more value, while commodity products are ever cheaper. It takes fewer employees to generate more value, make more noise and impact more people.
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Right before your eyes, a fundamentally different economy, with different players and different ways to add value is being built. What used to be an essential asset (for a person or for a company) is worth far less, while new attributes are both scarce and valuable.
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Are there dislocations? There's no doubt about it. Pain and uncertainty and risk, for sure.
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The opportunity, though, is the biggest of our generation (or the last one, for that matter).
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¡Note! Like all revolutions, this is an opportunity, not a solution, not a guarantee. (Moi ici: Linguagem capaz de incomodar a deolindeiros em busca de facilidades) It's an opportunity to poke and experiment and fail and discover dead ends on the way to making a difference. The old economy offered a guarantee--time plus education plus obedience = stability. The new one, not so much. The new one offers a chance for you to take a chance and make an impact.
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¡Note! If you're looking for 'how', if you're looking for a map, for a way to industrialize the new era, you've totally missed the point and you will end up disappointed. The nature of the last era was that repetition and management of results increased profits. The nature of this one is the opposite: if someone can tell you precisely what to do, it's too late. Art and novelty and innovation cannot be reliably and successfully industrialized.
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It's not 1924, and this isn't Hollywood, but it is a revolution, and there's a spot for you (and your boss if you push) if you realize you're capable of making a difference. Or you could be frustrated. Up to you."
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Seth Godin na sua linguagem colorida e poética traduz o que destilei ontem deste delicioso artigo "Positioning on a Multi-Attribute Landscape" de Ron Adner, Felipe A. Csaszar e Peter B. Zemsky, publicado em Mrço de 2010.
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Seth Godin prega sobre um mundo novo: "Right before your eyes, a fundamentally different economy, with different players and different ways to add value is being built. What used to be an essential asset (for a person or for a company) is worth far less, while new attributes are both scarce and valuable." Um mundo com cada vez mais atributos criados, reconhecidos e desejados, como num jogo de ping-pong, quanto mais a oferta cria novos atributos, mais a procura deseja e valoriza outros ainda por criar... e isso cria um mundo realmente novo, pleno de oportunidades para quem souber aprender a criá-las. Eis a minha súmula do artigo:

  1. Alguns atributos são correlacionados positivamente, ou seja, produzir um atributo ajuda a produzir um outro (no limite ró = 1). Alguns atributos são independentes entre si, ou seja, produzir um atributo é independente de produzir um outro (ró = 0). Alguns atributos são correlacionados negativamente, ou seja, produzir um atributo dificulta produzir um outro (no limite ró = -1).
  2. Quanto mais atributos puderem ser usados para criar valor para os clientes, mais hipóteses distintas de competir existem, porque...
  3. As empresas não podem satisfazer em simultâneo todos os atributos, têm de fazer escolhas. E...
  4. As escolhas que se fazem hoje não são livres, dependem das escolhas anteriores (Minkowski puro e duro... faz lembrar #Arroja e as suas reflexões e especulações sobre Salazar e a mentalidade cath vs prot)
  5. Por causa dos rós correlacionados negativamente, os trade-offs de Porter obrigam as empresas a fazer escolhas. Os trade-offs são essenciais para a estratégia, criam a necessidade de escolher e limitam a oferta. 
  6. Em paralelo a tudo isto, os clientes são diferentes e exibem uma distribuição de padrões de preferência pelos atributos que é heterogénea e cada vez mais heterogénea com a evolução do tempo.
  7. Por outro lado, a treta do Homo oeconomicus não existe, é um modelo inútil para explicar o comportamento do consumidor moderno.
  8. Assim, quando aumenta o número de atributos correlacionados negativamente, aumenta o nº de posições viáveis de oferta e a decisão das escolhas a produzir para oferta torna-se cada vez mais elaborada. Strategy rules!!!
  9. Por isso, são possíveis cada vez mais alternativas de competição sustentada.
De salientar os gráficos em função de ró:
Quanto mais trade-offs, mais negativa a correlação de rós, mais hipóteses de posições competitivas viáveis.
Quanto mais trade-offs, mais negativa a correlação de rós, menor a concentração do mercado (pós-pico da globalização rings a bell?)
A quota de mercado capturada pelos extremos em função de ró, para ró = -1 cada interveniente tem uma fatia igual de mercado, para ró = 1 um interveniente tem o mercado.
O lucro total em função de ró. Com o aumento de ró, o valor criado é constante mas o número de agentes diminui com a concentração do mercado).
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Nós, à beira da fronteira de Mongo e a opinião dominante continua cega... ou se calhar prefere as mordomias do mundo actual... prefere a paz imposta pela uniformidade de Sauron que garantiu algo no passado mas que já não pode suportar quase nada no presente. 
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O ró vai continuar a baixar... é bom que se habituem... and enjoy the party!

domingo, abril 10, 2011

O caminho está escrito nas estrelas...

O futuro chama por nós, mas nós já não estamos habituados às provas de iniciação que marcam a transição da idade-criança para a idade-adulto... não largamos a mão ao Estado pedófilo a quem chamamos papá e que nos oferece a protecção do mafioso.
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O futuro está ao nosso alcance...
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Sempre que o futuro nos desafia a sermos adultos e rejeitamos essa chamada:
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"Insolvências crescem mais de 21% no sector da construção":
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"Os níveis de insolvência, no sector da construção, apresentaram um aumento de 21,6%, no último trimestre do ano passado. As previsões apontam para que esta tendência se mantenha ao longo do ano em curso, de acordo com a Crédito y Caución.
A produção decresceu 6,5%, em 2010, verificou-se uma quebra de 1,8% no número de empresas a operar e houve um aumento de 4% no número de desempregados, com a agravante que os prazos médios de pagamento são superiores a quatro meses."
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Recuamos, temos medo e pedimos mais protecção, mais um pacote de protecção... sem perceber que por causa desse pacote vamos levar outra vez no pacote e continuar a ser crianças.
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No entanto, há famílias com as suas tendas tão longe da tenda do chefe e dos seus conselheiros que não têm alternativa... os seus filhos não podem pedir protecção, têm de se fazer à vida, têm de passar pelo ritual que transforma crianças em adultos e... o resultado:
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"Indústria tradicional aumenta exportações no primeiro trimestre":
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"Os primeiros três meses deste ano terão sido positivos para a indústria portuguesa, pelo menos no que concerne aos níveis de exportações e número de encomendas. Têxteis, vestuário e calçado mostram aumento significativo de actividade para com o exterior, enquanto o sector metalúrgico cresceu ligeiramente. Em ciclo contrário está a fileira da construção. Empresários mostram-se "apreensivos" com a actual situação política do país.

"Se compararmos este trimestre com o homólogo, parece ser unânime que há um aumento de actividade", afirma Paulo Vaz, director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). Apesar de, nos diferentes subsectores desta indústria se registarem "carteiras de encomendas com ritmos de crescimento diferenciados", esclarece, "o sentimento é positivo".
No que diz respeito às vendas para o exterior, o mesmo responsável assegura que "estão a aumentar continuadamente desde 2010". O ano transacto, refere, "ofereceu uma taxa de crescimento de 6,4% nas exportações têxteis e de vestuário e no primeiro mês do corrente ano as vendas já se cifram em 9,7%".
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Exportação de calçado aumentou 14%
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O ano terá arrancado de forma positiva também para a fileira do calçado. De acordo com Fortunato Frederico, presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Sucedâneos (APICCAPS), os números disponíveis "apontam para um acréscimo das encomendas no início de 2011", uma tendência que surge em linha com o verificado no ano anterior.
Esta indústria lusa exportou, em 2010, "mais de 95% da sua produção para 132 países distintos", expõe o líder associativo, o que se traduziu "num crescimento das vendas para o exterior de 5,2% para 1300 milhões de euros".
Relativamente aos primeiros dados de 2011, diz Fortunato Frederico, "apontam para um reforço desse crescimento". Prova disso é o facto de os dados do Instituto Nacional de Estatística apontarem para um "crescimento de 14%", sublinha.
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No que ao sector metalúrgico diz respeito, "no mês de Janeiro houve uma ligeira subida relativamente ao mesmo mês do ano anterior", diz Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). Sobre o volume de encomendas em geral, o mesmo esclarece que, "por enquanto, não há registo de diminuição".
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Quanto aos negócios, há grandes variações: os que trabalham essencialmente para a exportação estão mais optimistas, enquanto os que dependem apenas do mercado doméstico estão altamente apreensivos"."
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O futuro chama por nós... teremos coragem para largar a mão do pedófilo e abraçar a incerteza que a idade adulta acarreta, ou seremos sempre cucos e deolindeiros?
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Infelizmente receio que Arroja tenha razão e que já estejamos tão contaminados que seja quase impossível mudar (fantástico vídeo)... talvez o FMI e a falência do pedófilo nos obrigue a fazer à vida.

sexta-feira, abril 08, 2011

Novamente: By-pass ao país

Espero que desta vez isto não seja demasiado complicado de entender para os estagiários deolindeiros que nas redacções semeiam desgraças onde elas não existem, já bastam as que realmente existem:
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"No período de Dezembro de 2010 a Fevereiro de 2011, as saídas de bens registaram face ao período homólogo (Dezembro de 2009 a Fevereiro de 2010) um aumento de 21,7% e as entradas de 13,4%, (Moi ici: sobretudo de combustíveis e lubrificantes e atenção à nota "Em termos dos Combustíveis e  lubrificantes, o aumento verificado na entrada de produtos transformados ficou a dever-se, em parte, ao encerramento temporário da refinaria de Leixões, que originou uma descida na refinação dos produtos primários e a consequente necessidade de importação de produtos transformados." ) determinando um desagravamento do défice da balança comercial em 31,0 milhões de euros."
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Fonte aqui.

domingo, março 20, 2011

À atenção dos deolindeiros e dos seus amigos

Em Agosto escrevi "Optimismo (não documentado)"
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Em Setembro escrevi "Se eu conseguisse influenciar uma escola".
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No primeiro dia de 2011 escrevi "O momento Janus (parte II)"
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Assim que comecei a ler Linchpin de Seth Godin formou-se no meu espírito a ideia "Os meus filhos têm de ler isto!!! Têm de perceber esta realidade nesta linguagem."
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Hoje na Bertrand do Dolce Vita Dragão encontrei à venda a tradução portuguesa de Linchpin: "Como se tornar indispensável".
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Comprei um exemplar para cada um e escrevi a seguinte dedicatória:
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"A escola homogeneiza-nos, mas quando somos todos iguais...
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Somos mais um, dispensável, trocável.
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Descubram o que gostam de fazer, e concentrem-se, com paixão, em serem diferentes, melhores, únicos e, por isso, indispensáveis."

sábado, março 19, 2011

Conselhos para deolindeiros

Em todos eles a mesma mensagem de fundo:
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""a questão importantissima de definirmos bem o que queremos, tal como devemos definir um cliente alvo, na nossa carreira também devemos definir o que queremos ser e onde queremos trabalhar" (palavras de um ex-aluno num e-mail trocado) esse ponto que sublinhou é, na minha opinião, a mensagem mais importante do artigo. Temos de nos diferenciar, temos de criar um monopólio, quando somos diferentes de todos os outros... somos um monopólio.

A escola quer homogeneizar-nos a todos, nós o que temos de fazer é contrariar isso ao máximo."

quinta-feira, março 17, 2011

Viver num mundo sem vantagens competitivas

Mais um artigo que os deolindeiros e não só, deveriam ler para contextualizarem o que se vive na micro-economia mundial. "The Age of Temporary Advantage" de Richard D'Aveni, Giovanni Battista Dagnino e Ken Smith, e publicado pelo Strategic Management Advantage (Strat. Mgmt. J., 31: 1371–1385 (2010))
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"how organizations can successfully compete, evolve, and survive when firm-specific advantages are not sustainable or enduring, but more temporary in nature.
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Almost since the onset of strategic management scholarship, the field has assumed that sustainable competitive advantage exists.
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However, recent studies have begun to suggest that sustainable competitive advantage is rare and declining in duration. Other studies have found anecdotal and more rigorous empirical evidence of the concatenation of temporary advantages. And there is growing empirical evidence that the volatility of financial returns is increasing, suggesting that the relative importance of the temporary (volatile) component of competitive advantage is rising when compared to the long run component of sustainable competitive advantage.
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The increasing temporary nature of advantages has been attributed to numerous causes, including
technological change, globalization, industry convergence, aggressive competitive behavior, deregulation, the privatization movement stimulated by governments or hedge funds, government subsidies, the rise of China, India, and other emerging countries, the increase in availability of patient venture capital money, terrorism, global political instability, the pressure of short-term incentives for senior executives to produce results, etc. (Moi ici: falta aqui o papel dos clientes e consumidores, quanto mais opções de escolha têm à sua disposição e quanto mais se contrai o mercado de massas numa rede de segmentos de procura distintos, mais volátil a vantagem competitiva, por que mais se habituam a essa diferenciação)
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What would the field of strategy be like if we conclude that the key instruments of strategy design no longer have value? Both Porter’s five forces model and the resource-based view are rooted in a conception of the world that is essentially stable. (Moi ici: Esta concepção sempre me deu a volta ao estômago... não acredito nela) And much of economic thinking is based on assumptions of equilibrium. What if equilibrium is impossible or fleeting? What if industry structure is too temporary to be called structure and oligopolistic bargains, barriers to entry, and market power over buyers are quite limited or fleeting? What do economic models tell us about advantage when industry structure and cooperative solutions are not sustainable? And what do we have when markets, resources, and firms are continuously moving but never reaching equilibrium?
Some have suggested that more fine-grained theories from Austrian economics—that emphasize entrepreneurs, action, and disequilibrium—offer hope for competing in rapidly changing conditions. Indeed, the competitive dynamics stream of research has been built upon this assumption. The principle argument in this stream of research is that the firm strategy/performance relationship is very much dependent on the behavior of both a focal firm and its competitors or the level of rivalry."
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Quais as consequências disto, como é que isto influencia as decisões tomadas por quem tem de pensar no futuro das empresas?
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Há os que, cumprida a comissão de serviço, recebem o seu e vão para uma praia beber piñacoladas e gozar o day-after. E há os que, ano após ano, distribuem a bosta e prestam contas das suas decisões.

domingo, março 13, 2011

Algo não me soa bem

"Sonae recruta líderes empreendedores"
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"Todos eles procuram uma oportunidade de emprego no universo Sonae. Mas só 20 serão escolhidos."
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Quais são os critérios de pré-selecção?
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E será que líderes verdadeiramente empreendedores procuram oportunidades de emprego? Não será antes: líderes verdadeiramente empreendedores criam os seus próprios empregos!!!
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Talvez fizesse falta ao universo Sonae esta leitura "Yes, A Business CAN Disrupt Itself".
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"“Good management” isn’t a solution

In the 13 years since then, we have learned that “good management” isn’t a cure: in fact, as Alan Murray has pointed out in the Wall Street Journal, it’s actually “good management” that accelerates death."
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O que procuram?
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A sério, o que procuram? Líderes empreendedores ou gestores?
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Os textos que se seguem servem para mim, servem para os deolindeiros, servem para as PMEs:

E aí para vocês so-called "líderes empreendedores que procuram emprego": "newsflash #2: you can’t game your career development while following someone else’s rules.

Ever.

You will lose, because in this game, the people who determine your success are the incumbents who get displaced when you win. This isn’t conspiracy theory stuff. It’s human nature."
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"When we go along with prefabbed career paths, we lose—entirely—this test-your-mettle half of the development equation. Courage only gets tested in the face of doubt, but when everything is organized as it is with a career path, there is no doubt. Career paths may present tests and choices, but these are bounded, controlled. They are not the tests that can teach us to stick to our guns in the face of grave doubts—the guard rails of these programs prevent us from ever failing spectacularly.
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Our leaders—those with power—cannot help us with these lessons of courage any more than my dad could help me that night of our fight. It’s not because they’re not rooting for us; they often are our biggest cheerleaders. It’s because they are the incumbents who we must displace.

Their role changes from protector to tester.

They become dangerous adversaries with advantages in both knowledge and experience. And once they switch roles, they cannot take it easy on us. Which is OK: we need to know where we stand when the only thing holding us up are our own two legs. Greatness is not a club that lets us in. We have to earn our way in, and those inviting us to apply are often the very same ones guarding the gates."
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"But I do know this: humans are not meant to follow career paths. We are not built to follow guide wires. Birds are. Fish are. Ants are.

Humans. Are. Not.

We are meant to live our stories. It’s when you let go of trying to control the path and simply live the story ahead of you that—win, lose, or draw—you ensure your own success."
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Também não se perde nada a ler "The Disadvantages of an Elite Education" com este teaser:
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"But if you’re afraid to fail, you’re afraid to take risks, which begins to explain the final and most damning disadvantage of an elite education: that it is profoundly anti-intellectual. This will seem counterintuitive. Aren’t kids at elite schools the smartest ones around, at least in the narrow academic sense? Don’t they work harder than anyone else—indeed, harder than any previous generation? They are. They do. But being an intellectual is not the same as being smart. Being an intellectual means more than doing your homework.
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If so few kids come to college understanding this, it is no wonder. They are products of a system that rarely asked them to think about something bigger than the next assignment. The system forgot to teach them, along the way to the prestige admissions and the lucrative jobs, that the most important achievements can’t be measured by a letter or a number or a name. It forgot that the true purpose of education is to make minds, not careers."

quarta-feira, março 02, 2011

E que tal agarrar o destino com ambas as mãos?

Na manhã de 28 de Fevereiro ouvi, durante a manhã, na Rádio Renascença uma pequena peça sobre os saldos. A reportagem começava com uma surpresa: uma lojista, de produtos topo de gama, regozijava-se com as vendas conseguidas. Depois, outros lojistas entrevistados vieram com o choradinho do costume "Não se vendeu nada! É a desgraça!"
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Ontem de manhã, na TSF, ouvi mais uma reportagem sobre o tema dos saldos. Depois, do cortejo de deolindeiros chorosos maldizendo a sua situação, a peça terminava com o responsável associativo do Porto a clamar por mais regulação por parte do governo.
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Com frequência abordo aqui no blogue os temas: locus de controlo e fixed mindset.
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Há diferentes maneiras de ver, de encarar o mundo...
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As vendas caem, os stocks amontoam-se, os saldos são um descalabro... o que fazer?
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Recorrer ao governo!!!!
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Que saudades de um tempo em que os Homens não se acoitadinhavam e iam à luta. Por que não olham o touro olhos nos olhos?
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Aqui, sublinhei este trecho de David Birnbaum:
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"Factory Direct; Private Label; Brand Name Importer. (Moi ici: Para cada um dos modelos constrói uma folha de custos que abrange as três fases: pré-produção; produção; e pós-produção).
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"Note that the three models differ only in the intermediary costs - the retailer's import office add-on, the private label importer markup, and the brans name importer markup."
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"One point is abundantly clear: CM (custos de produção) is 3% - 6% of full retail price. This is truly a trivial item and certainly not worth the effort we have all been making for the past half century or so to reduce it. In truth, even FOB with its 12% - 18% of full retail price is not that important." (Moi ici: Please go back and re-read this phrase two times or more)."What is now abundantly clear is that the two most important components of the full retail price are the intermediary costs and the markdowns... But by far the largest component of full retail price is markdowns.
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We live in a world where the markdown is greater than the total FOB and usually greater than the DDP (Delivery Duty Paid). Reducing markdowns must be at the center of any future buying or supplying strategy.
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If intermediary costs and markdowns are so important, why isn't anyone in the industry making an effort to reduce them?"."
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Como se reduz a necessidade de recorrer aos markdowns (saldos)?
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Reduzindo o espaço de tempo entre a produção e a oferta!!!
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Há anos ouvi no CITEVE, numa conferência que não consigo recordar, alguém dizer que o sector têxtil devia aspirar a 52 épocas por ano em vez das tradicionais duas. Com 52 épocas por ano não haveria hipótese de recurso à Ásia.
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Hoje, reconhecemos facilmente no modelo de negócio da Zara não 52 épocas mas uma outra abordagem:
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"Large choice of styles
Zara produces around 12,000 styles per year (compared to the retail average of 3,000), which means that fresh fashion trends reach the stores quickly. A typical Zara’s customer visits the store 17 times a year compared to the average of 3 times per year. This high number of styles also means that the commercial teams have more chances to find a winning style.

Scarcity
By reducing the manufactured quantity of each style, Zara creates artificial scarcity and lowers the risk of having stock it cannot sell.

Scarcity in fashion increases desirability, which means shoppers need to buy quickly as the item may not be available next week.
Lower quantities also mean there are not much to be disposed when the season ends; Zara only discounts 18% of its stock in sales, which is half the industry average."
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OK, convenhamos que saltar de 2 épocas para o modelo Zara não é possível para uma loja-tipo.
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E se, em vez de clamar pela intervenção do Padrinho, se experimentasse 4 épocas?
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E se, em vez de colocar o volante nas mãos do Padrinho, as pessoas experimentassem algo de diferente?

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Transmutação

"Primeira fábrica nano inaugurada hoje na Caparica"
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Leio e este título e penso logo em tantas coisas... mas adiante.
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Uma fábrica não é um brinquedo, uma fábrica é para produzir, para servir clientes, não é para aconchegar egos...
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"Até ouro poderia sair do laboratório de nanofabricação." (Moi ici: Estes estagiários deolindeiros... LOL, saiu de lá a acreditar que o laboratório de nanofabricação pode produzir ouro... LOL.)
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"Não está definida uma parceria concreta com outros centros de investigação. Elvira Fortunato adianta que o laboratório vai estar à disposição de quem trabalha nesta área e todos os pedidos são bem-vindos, até para rentabilizar o investimento."  (Moi ici: Isto é o que separa a iniciativa privada da pública. Na privada há um grito para as tropas antes da inauguração das instalações "Get out of the building!!!" Vão para a rua, arranjem clientes!!! 
Na pública, se vierem clientes até rentabilizam o investimento... é um afterthought
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Na mesma conversa nervosa, antes de um exame na faculdade, onde se comentou o escândalo da nomeação do adolescente Gorbatchov para o topo da hieraquia na URSS, o meu colega que inventou a técnica do pulmão saiu-se com esta "A vida na faculdade era o paraíso se não houvesse exames!")

Arroja tem razão: A cultura deolindeira

A cultura deolindeira.
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A cultura da queixa.
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A cultura do locus de controlo no exterior.
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A cultura do "fixed mindset".
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É a cultura típica da associação política, universitária, patronal e sindical portuguesa.
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Mais um exemplo "Comerciantes queixam-se de quebras de vendas entre 30 a 40%":
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"«As grandes distribuidoras praticam baixas de preços todo o ano, obrigando as micro e as pequenas empresas a uma guerra de preços insustentável. Não há regras nesta país», lamentou." (Moi ici: Não sabem o que é estratégia? Não sabem onde podem fazer a diferença? Não sabem aproveitar o que têm? Acham que o preço é a única variável? Ao menos leiam Sun Tzu: máximas simples de apanhar e trazer no bolso, como por exemplo "Não combater no terreno que dá vantagem ao exército inimigo!)
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"No Porto, houve uma quebra de 40 mil postos de trabalho entre o último trimestre de 2009 e o mesmo período de 2010, disse."  (Moi ici: Gente que enfrenta o touro olhos nos olhos, primeiro reconhece que a economia portuguesa não pode sustentar a economia de bens não-transaccionáveis ao nível a que ela chegou. Depois, começa a preparar a sua própria mudança, porque sabe que os que melhor cativarem os clientes vão sobreviver e prosperar. Os deolindeiros clamam pelo papá-Estado, essa entidade mafiosa, para os proteger e, como jogadores amadores de bilhar, nem percebem qual a consequência dessa protecção. Nem sonham que a situação actual é, também, fruto de décadas de favores de protecção prestados a muitos "chefes de famílias")

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Deolindeiros nos jornais, ou mais um frete ao poder?

Ontem, critiquei este artigo "Malparado das famílias cai pela primeira vez ao fim de um ano" no twitter porque o achei superficial, porque ficou pela espuma, porque não foi à procura de uma explicação. Parece artigo encomendado...
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Hoje, primeiro, encontro este artigo de Paulo Querido "O que devem os jornais fazer":
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De onde sublinho "Instead of chronicling every routine meeting, press conference and police call, papers should stop sweating the small stuff so they can zero in on stories that:"
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Segundo, no DE de hoje "Mais de 28 mil famílias deixaram de pagar crédito à banca".
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Gostava que os jornais, em vez de estagiários deolindeiros, tivessem gente que olha para as notícias e se interroga sobre elas e sobre o que está por trás delas.
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Gostava que o i explicasse a sua notícia de ontem, e a ligasse à notícia do DE de hoje, explicando que não há contradição.
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Se quiserem eu faço-lhes um desenho para lhes dar uma pista