quarta-feira, novembro 24, 2010

Outra bolha?

Há dias um familiar quis vender-me uma rifa, de uma associação respeitável, para apoiar a construção de um lar para idosos.
.
-Mas quem vai pagar aos funcionários do lar?
-Uma parte pagam os residentes, a outra é o Estado que vai pagar!
-E o Estado vai ter dinheiro?
-Então, as pessoas precisam de ser acompanhadas...
.
Daqui a uns anos, vamos ter estes funcionários de instituições privadas que prestam serviços públicos suportados parcialmente pelo Estado a seguir as pisadas destes professores "Professores dos colégios preocupados com desemprego".
.
Eu sei que cada vez há mais gente idosa a precisar de ajuda... mas, no meio da minha ignorância sobre o tema, não consigo deixar de suspeitar que está aqui a desenvolver-se mais uma bolha a contar com um modelo de Estado que está à beira do colapso.

Plano de Negócio vs Modelo de Negócio

"trata-se de um guia pormenorizado, mas conciso, sobre como preparar e redigir um Plano de Negócios. Tipicamente, o Plano de Negócios é visto como uma ferramenta essencial para conseguir financiamento externo no lançamento de um negócio ou para fazê-lo crescer. Essa é também a orientação geral deste manual, mas ao longo do livro percebe-se como o Plano de Negócios pode ser utilizado de outras formas. Ele é útil, desde logo, para filtrar, desenvolver, depurar e validar a própria ideia do negócio - a oportunidade, a proposta de valor, a solução, o ambiente competitivo - verificando a sua viabilidade. Ora isto é tão verdade para o início de uma empresa como para a própria evolução e sobrevivência de projectos já implementados, o que alavanca a pertinência do livro."
.
Trecho retirado de ""Creating a Business Plan (Pocket Mentor)""
.
Lamento mas não posso concordar. As startups não são todas iguais!
.
Steve Blank na sua bíblia "The Four Steps to Epiphany" escreve:
.
"A fundamental truth about startups that is completely ignored in the Product Development model is that they are not all alike. On of the radical insightsthat guides this book is that startups fall into one of four basic categories:

  • Bringing a new product into an existing market;
  • Bringing a new product into a new market;
  • Bringing a new product into an existing market and trying to resegment that market as a low-cost entrant;
  • Bringing a new product into an existing market and trying to resegment that market as a niche entrant;
...
Modeling customer adoption rates using traditional quantitative models like Bass Curve are impossible at first customer ship for category 2 and 3 companies. There aren't sufficient initial sales data to make valid sales predictions.)
...
As a result, the Product Development model is not onlyuseless, it is dangerous. It tells the finance, marketing and sales teams nothing about how to uniquely describe each type of startup, nor how to predict the resources needed for success."
.
Por isso, é que para as startups das categorias 2 e 3 faz sentido usar um modelo de negócio e não um plano de negócio.

Revistas para tribos

Parece-me um artigo demasiado superficial "Revistas sérias para pessoas que querem cultivar-se: é esse o futuro dos media", prefiro a abordagem de Greg Satell aqui "Why Magazine Publishers Are Set To Make A Comeback" e aqui "5 Reasons Why Traditional Media is Making a Comeback"
.
Num mundo de tribos, as revistas que falem, que estejam alinhadas com uma tribo têm uma hipótese de futuro.
.
Como é que costumo dizer aqui no blogue?
.
Como competir com o grátis? Como competir com o mais barato?
.
Sendo diferente! Promovendo distinção.
.
Todos os meses uma vizinha teima em deixar-me a revista do Circulo de Leitores na minha caixa de correio... eu olho para aquilo e não consigo encontrar nada que apele à minha tribo. Os livros não são diferentes, os livros são mais caros... talvez, espero que sim, atraiam outras tribos.

Volume is vanity, Profit is sanity

Ontem, enquanto conversava com alguém que me contava os problemas da sua empresa, a minha mente não resistiu a recordar esta reflexão de Scott McKain no seu livro "Collapse of Distinction":
.
""That may be the most foolish phrase I have ever seen at a business meeting."
.
The theme of the other organization's conference was "Sales Cure Everything!"
...
If your organization isn't serving your customers well, do more sales cure that problem? Of course not.
.
If your company cannot retain good employees because it lacks the clarity necessary to create distinction, do more sales cure that? Absolutely not.
.
If you cannot make your product stand out in the marketplace, and you slice your price - selling more, but earning significantly less - does that cure everything for you and your organization? You know it doesn't.
.
If you fail to communicate what your organization is about, what it stands for - or what makes you clearly compelling individually as a professional - will hawking more of your stuff cause your challenges in communication to evaporate? Please don't deceive yourself into thinking that it might."
.

terça-feira, novembro 23, 2010

Para memória futura

"João Duque prevê que Portugal vai pedir ajuda em Fevereiro ou Março"
.
"Irish Rescue Plan Turns Investors' Focus to Southern Europe: Euro Credit":
.
"It is “inevitable” that Portugal will seek help, said Stuart Thomson, who helps manage $110 billion at Ignis Asset Management in Glasgow. Royal Bank of Canada Europe Ltd. said it expects Portugal to request aid in the first quarter of 2011 at “the latest.”"

É mesmo disto que a nossa economia precisa

Acho que é mesmo disto que a nossa economia precisa... "PT, BCP, EDP, BIAL, ISBAN, SANTANDER TOTTA, UNICER, SONAE E AUTOEUROPA lideram um ranking" de inovação em Portugal.
.
Presumo que isto dê acesso a apoios, subsídios e outras benesses.
.
"PT, BCP e EDP são as empresas nacionais que mais apostam em I&D" e "Uma saída para a crise"

Cenários para o futuro

Ontem, Ambrose escreveu "Portugal next as EMU's Máquina Infernal keeps ticking":
.
"This is the worst profile in Europe. It requires a drip-feed of external funding that can be shut off at any moment, and undoubtedly will be unless the global economy goes full throttle into another boom. Or as the IMF puts it, "the longer the imbalance persists, the greater the risk the adjustment will be sudden and disruptive".
.
The origins of this crisis go back to Portugal’s fateful decision to push for euro membership at least 20 years before it was ready. Lisbon then failed to tighten fiscal and credit policy enough to offset a fall in interest rates from 16pc to 3pc as Portugal prepared to join in the 1990s – if it is possible to offset monetary error on such a scale.
...
Portugal saw its competitiveness destroyed by the boom, and has never been able to get it back. The country has been in perma-slump ever since with a Teutonic currency that raises the bar ever higher. It has lost swathes of low-tech industry to Chinese and East European rivals faster than it can create high-tech alternatives.
Portugal has in a sense been the victim of EMU, a casualty of ideology, wishful thinking, and untested academic theories by Nobel laureates about optimal currency unions.
By the time the eurozone crisis began to blow up in Greece a year ago, it was probably too late already for Portugal. The government then made matters worse by letting its budget deficit creep higher over the first half of the year, while the rest of the Club Med slashed frantically. It is hard to see how Portugal will meet a deficit target of 7.3pc for 2010 agreed with EU.
...
The eurozone will face its moment of existential danger the day that Portugal is forced to tap the EU bail-out fund. A third rescue in months will push the combined bill towards €300bn (£257bn) and risk exhausting the political capital of EMU, leaving little left for Spain even if the European Financial Stability Facility can in theory handle one more domino.
...
What happens if Spain tips back into recession in 2011, and or when Spanish banks start coming clean on the true scale of their property losses, and Spanish companies have trouble rolling over foreign loans? What happens if Spanish 10-year bond yields creep above 5pc?
Can Mrs Merkel go back to the Bundestag and request fresh money to boost the collateral of the EFSF in order to cope with the next casualty?
A reader asked me this week whether there is any graceful way to avoid this coming chain of disasters.
Yes, there are two options, neither entirely graceful. The European Central Bank can print money like a drunken sailor, flood the bond markets with €2 trillion, and tank the euro against China’s yuan for good measure.
If the Germans refuse to accept this, they should abandon EMU at once, leaving France and southern Europe with the residual euro and the institutions of monetary union. Existing euro debt contracts would be upheld. Germany would revalue – alone or with Finns, Dutch, etc - so holders of Bunds would enjoy a windfall gain."
.
Engraçado que no Domingo à noite tenha escrito "Parece que a Alemanha vai ter de abandonar o euro". Foi há mais de um ano que a ideia me surgiu "E se for a Alemanha a ter de sair da zona euro?"

Se não consegue ser diferente...

Para a maioria das pessoas, empreender, lançar-se num negócio, é uma hipótese muito remota.
.
A maioria das pessoas, quando coloca essa hipótese... olha para o mercado e vê os incumbentes. Estabelecidos, cheios de força, cheios de recursos... Depois, olham para si mesmos e... desistem.
.
Quando isto acontece, se calhar a desistência é a melhor decisão.
.
Os incumbentes estão presentes, estão omnipresentes no pensamento de muito boa gente qual olho de Sauron.
.
O seu poder, a sua abrangência, levam a que muito boa gente, equacione como os vencer, como os derrubar, combatendo no seu próprio terreno, no terreno que lhes dá toda a vantagem... esquecem a lição mais elementar de Sun Tzu.
.
Scott McKain em "Collapse of Distinction" conta a história da empresa de aluguer de automóveis Enterprise Rent-a-Car:
.
"Enterprise got its start by courting the airport passenger market. It could not afford to have space in the terminals, so their check-in facilities were located one or two blocks down the street. They countered this disadvantage by offering lower prices than Hertz and Avis.
...
After they built some mass, they moved into the garage-rental market and switched their position to, "We'll pick you up." Their television commercials feature an automobile wrapped up like a gift package driving to the location of the person renting the car.
...
By driving it down, picking a specific point - the manner in which the customer gets to the product - and developing a difference, Enterprise has grown into the largest rental car company in America.
.
Enterprise realized the creative opportunity for differentiation. If all the company did was to incrementally improve their airport locations against its competition at Hertz and Avis, Enterprise probably would have remained trapped by the Three Destroyers of Differentiation (emulation, no distinction, customer boredom), and in all likelihood, the company would have collapsed.
.
Quem quiser avançar com um negócio deve interrogar-se: Como posso ser, fazer diferente?
.
Se não consigo ser diferente nem vale a pena lançar mãos à obra.

Seven Strategy Questions

Já tenho na pasta, para próxima leitura, o último livro de Robert Simmons "Seven Strategy Questions: A Simple Approach for Better Execution".
.
"1. Who Is Your Primary Customer?
The first imperative—and the heart of every successful strategy implementation — is allocating resources to customers. Continuously competing demands for resources — from business units, support functions and external partners—require a method for judging whether the allocation choices you have made are optimal.
.
Therefore, the most critical strategic decision for any business is determining who it is you are trying to serve. Clearly identifying your primary customer will allow you to devote all possible resources to meeting their needs and minimize resources devoted to everything else. This is the path to competitive success.

It's easy to try to duck the tough choice implied by the adjective primary by responding that you have more than one type of customer. This answer is a guaranteed recipe for underperformance: the competitor that has clarity about its primary customer and devotes maximum resources to meet their specific needs will beat you every time."
.
Esta é a questão fundamental!
.
Este é o alicerce sob o qual convido as empresas a formularem e montarem uma estratégia. Quem são os clientes-alvo?
.
A resposta a esta pergunta dita, literalmente, tudo o que há a fazer e como o fazer.

Mais uma sugestão para um modelo de negócio

Vamos continuar a assistir a uma explosão do número de modelos de sapatos que as empresas de calçado têm de produzir em cada época.
.
Vamos assistir a um aumento do número de épocas, para acelerar a reposição e renovação das prateleiras com novidades, para atrair os potenciais clientes.
.
O sector está a caminho de um novo paradigma, uma aceleração da velocidade de criação, modelação e escolha.
.
As fábricas ainda não estão preparadas para a quantidade de modelos que vai ser necessário preparar no início de cada época. As fábricas não querem gastar tanto dinheiro em modelos que não vão ser rentáveis, que não vão chegar às montras.
.
Por que não criar uma empresa dedicada a servir fábricas e marcas produzindo modelos de forma rápida?

segunda-feira, novembro 22, 2010

Estimulogia

A estimulogia Krugman-Keynesiana gera coisas como esta "Docentes do privado temem ser atirados para o desemprego", os apoios (os estímulos) retiram a motivação para mudar de estratégia, para mudar de clientes-alvo, para revolucionar, para re-estruturar.

O saque

Retirado do último número do semanário Sol:
Até onde é que vai crescer antes da revolta?

O segredo está na criatividade

Qualquer que seja a proposta de valor, qualquer que seja o modelo de negócio, qualquer que seja o sector de actividade, o truque está no aumento do valor acrescentado.
.
"A crise deve ser um momento de criatividade"

Uma anedota

As 1000 maiores empresas portuguesas representam apenas cerca de 8% do emprego.
.
Em Espanha o panorama não é muito diferente, como o demonstra o quadro 1 deste documento.
.
Por isso, é incompreensível que um primeiro-ministro acredite que consegue alguma coisa falando com 25 empresas... mais um que não percebe que são as milhares de empresas anónimas que fazem a diferença, mais um que acredita em PINs
.
Capa do El País de ontem:

Dados sobre exportações

Olhando para os bons números das exportações em 2010 (por exemplo aqui) algumas notas:
O artigo "Alemanha e Espanha ajudam exportações" na página 3 do Caderno Confidencial termina com este texto:
.
""Os números mais recentes do comércio português mostram que "o sector exportador continua a portar-se relativamente bem", segundo Rui Constantino (economista-chefe do Santander), provando que "se ajustou à crise".
.
Mas falta uma aposta na marca e na rede de distribuição para que Portugal se consiga apropriar de uma maior parcela de valor acrescentado naquilo que vende lá fora"
.
Ou seja, o texto aponta para a subida na escala de valor não para uma race-to-the-bottom cortando nos custos como sugerem os macro-economistas tudólogos.

Sinais dos tempos

No início deste ano tive oportunidade de trabalhar com uma fábrica que produzia produtos destinados a consumidoras com mais de 60 anos.
.
A meio do ano, por indicação de Tom Peters comprei o livro "The Third Chapter - Passion, Risk, and Adventure in the 25 years after 50".
.
Este mês estou a fazer um trabalho breve com uma empresa com uma marca de produtos dedicados a um público feminino com mais de 50 anos.
.
A grande fatia de consumidores está cada vez mais deslocada para uma faixa etária bem mais elevada do que a maioria das publicidades nos mostra.
.
Já repararam como é fácil detectar que uma série televisiva, ou um filme é alemão só por olhar para a idade média dos actores?
.
Não admira que cada vez mais encontremos notícias destas:
.
 Como aprendi:
.
- Até as tatuadas chegam a avozinhas.

domingo, novembro 21, 2010

Parece que a Alemanha vai ter de abandonar o euro

Até a França "Pour Nouriel Roubini, la France "n'est pas en meilleur état" que la Grèce ou l'Irlande" e "Les banques françaises sont très exposées à la dette des pays fragiles de la zone euro".

É desesperante

O DE publicou há momentos este tweet: "João Duque diz que sector privado também vai cortar salários: O economista João Duque defende que em alguns sect... http://bit.ly/bUmM3T"
.
Em que sectores é que ele estará a pensar?
.
No do calçado? Que exporta mais de 95% da produção e que este ano só não exportou mais por que não encontrou mais mão-de-obra? E que subiu face a 2009 mais 1,6% nas exportações?
.
No do mobiliário que aumentou as exportações face a 2009 em mais de 26% e que exporta mais de 60% da produção?
.
No da metalomecânica que aumentou as exportações face a 2009 em quase 15%?
.
No dos têxteis que aumentou as exportações face a 2009 em quase 5%?
.
Daqui fui buscar este quadro:
Querem competir pelos custos? OK, querem reduzir os salários até quanto?... Ao nível da Republica Checa? Ao nível da Turquia? Ao nível de Marrocos? Ao nível da China? Ao nível da Índia?
.
Assim que começarem vão viciar os empresários no Vicodin e, depois, todos os anos eles vão começar a pedir mais um corte e outro e outro.
.
É absurdo, quem propõe estas medidas não faz a mínima ideia do que se está a passar economicamente no mundo, não está a perceber como é que num país inundado por mobiliário made in Malásia e Tailândia, 60% da produção consegue ser exportada.
.
Fico triste pois tenho João Duque em elevada consideração mas neste tema, estou a ver, é como TdS, um caso perdido "É inútil".
.
Meu Deus o modelo mental de João Duque, de Daniel Amaral, de tantos macroeconomistas que não sabem jogar xadrez contra si próprios é tão, mas tão diferente do meu... eu vejo potencial para um futuro radicalmente diferente, muito mais variado, muito mais rico, muito mais anárquico.
.
Não me esqueci, cá está o porco.
.
Gostava que João Duque fosse capaz de justificar os números que relatei acima, como é que ele os encaixa no seu modelo mental, no seu mapa para interpretar o mundo. Quando é que as pessoas aprendem que só há uma forma de competir com sucesso quando se tem uma moeda forte... apostar no numerador e não no denominador...
.
Será que alguma vez leram alguma coisa de um dos últimos Nobel da Economia, o Dale Mortensen? Recomendo "Wage Dispersion - Why are Similar Workers Paid Differently?" (Bom, eu sei que desde que o Krugman foi nobelizado o prémio ficou desacreditado mas...).
.
E será que João Duque sabe que a dispersão de produtividades dentro de um sector económico é maior que a dispersão de produtividades entre sectores económicos? Isso não lhe faz coceira mental? Isso não o intriga? Isso não o motiva a procurar as razões?

Ser do contra

Greg Satell escreve muito bem, nos últimos meses, desde que o descobri, quase todas as semanas prepara um texto que merece ficar nos meus favoritos.
.
Quem me acompanha sabe que sou um contrarian, que não vou muito com a multidão, que não tenho medo de ser "do contra" (como se dizia antes de 1970, para falar de quem não estava com o regime).
.
Por isso, este postal "When to Bet Against the Crowd" é um dos meus preferidos.

Modelo de negócio alternativo ao IEFP

Na quarta-feira passada já não sei a que propósito, escreveram-me no Twitter:
.
"@ccz1 so quem lida com o iefp consegue perceber o tipo de 'coisa'. Esses sao os da frente na enxurrada. A pior inst. De todos os q lido
...
@ccz1 tudo nakela instituicao ta rancoso. Desde a conversa desse homem ao ultimo funci. So conhecendo a instit. Se pode ver o podre q esta"
.
Na quinta-feira de manhã escrevi o postal "Surreal" e li no JN "Desemprego a descer 5% em Felgueiras".
.
Nessa mesma quinta-feira, ao princípio da manhã tive uma reunião no Porto. Ás 10h30 já estava de carro a caminho de Guimarães. Assim, tive oportunidade de ouvir grande parte do Forum TSF sobre o desemprego.
.
A certa altura tive uma ideia... e por que não criar uma empresa para substituir algumas tarefas da responsabilidade do IEFP?
.
Se o IEFP funciona mal, se há empresas que procuram mão-de-obra e, se há desempregados que realmente querem trabalhar e têm valor, por que não criar uma empresa baseada na net e que possa relacionar empresas com esses desempregados.
.
Assim, criei este canvas para o modelo de negócio dessa empresa:
A empresa receberia os contactos voluntários de desempregados realmente interessados em trabalhar e procuraria estabelecer a ligação com empresas interessadas em contratar pessoal.
.
A empresa receberia um valor simbólico do primeiro salário, a pagar pelo trabalhador e pela empresa. E a empresa receberia uma taxa do IEFP por ter feito o seu serviço.
.
Nuno, o que o canvas não nos diz é:

  • a caracterização de cada segmento de clientes
  • as acções concretas que são precisas por exemplo, para desenvolver o canal internet.
Agora, com base no canvas, podia-se desenvolver  um mapa da estratégia que pormenorizasse as acções concretas a desenvolver.