Mostrar mensagens com a etiqueta rumo ao socialismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta rumo ao socialismo. Mostrar todas as mensagens

sábado, junho 17, 2023

Mais do que dinheiro

Esta semana li "Diferença salarial entre jovens com ensino superior e secundário cai para metade numa década e está em «mínimos históricos".

Entretanto, ontem a almoçar com o meu parceiro das conversas oxigenadoras fiquei a saber que a filha começou a trabalhar numa empresa francesa ... 38 dias de férias por ano. O namorado dela, numa outra empresa francesa... 48 dias de férias por ano. Entretanto, perguntei à minha filha, numa empresa na Suíça... 32 dias por ano.

Como é que tantos jovens portugueses ainda ficam por cá neste país socialista?


quinta-feira, abril 06, 2023

SORRIA, ESTÁ A SER FILMADO

"Para Rui Rocha, as sucessivas revelações que têm sido feitas desde que se soube que ex-administradora Alexandra Reis recebeu uma indemnização de 500 mil euros comprovam "a falência total da gestão socialista na TAP" e são "o fim da linha" para o Governo.

"Se isto é na TAP, como será no resto todo? Como é na EFACEC, na CP, nas empresas públicas? O que é que se está a passar em Portugal que os portugueses cada vez pagam mais impostos, cada vez têm mais dificuldades em chegar ao fim do mês, e depois a gestão dos serviços públicos é (...) uma verdadeira anedota?", questionou.

O líder da IL considerou que a audição parlamentar da CEO (presidente executiva) da TAP, na terça-feira, mostra que as "pressões políticas" se sobrepuseram "à eficiência e eficácia" na gestão da companhia aérea, o que comprova "a péssima decisão" que foi a sua renacionalização."

Trecho retirado de "TAP: IL considera que declarações da CEO mostram "falência total da gestão socialista"

"Soberba. A troca de emails entre o então secretário de Estado Hugo Santos Mendes e a CEO da TAP é uma rara ocasião para assistirmos a soberba não filtrada de um político que prefere estragar a vida a 200 pessoas - que voam na companhia pública paga com os seus impostos a perturbar o humor do "grande aliado político" de quem tem medo: o Presidente da República. Não passou uma vez pela cabeça do governante Hugo Mendes o incómodo causado as pessoas que iriam apanhar o voo da TAP em Maputo e a falta grosseira de ética - e, porque não, de classe."

Trecho retirado de "A TAP e a política: os 7 pecados capitais" no JdN de hoje.

"É provável que o seu trabalho esteja longe de ter sido imaculado, contudo a passagem de Christine pelo Parlamento deu-nos uma imagem nítida de como se usam empresas públicas como instrumentos de gestão política. Claramente desvalorizaram a ira de uma profissional sem nada a perder e que se sente injustiçada pela forma como foi tratada. Só por isso aqui fica o meu sentido obrigado. Mas há mais a agradecer.

Se não fossem graves, os episódios revelados dariam uma bela sátira da vida portuguesa. Se Portugal fosse um país normal onde os políticos são realmente responsabilizados pelo uso indevido de recursos públicos, esta promiscuidade jamais seria permitida."

Trecho retirado de "Meteram-se com a mulher errada" no Expresso de hoje. 

sexta-feira, março 17, 2023

Some Countries Do 'Ave 'Em

Na quarta-feira ao final do dia li "A economia, as políticas e os negócios" de onde sublinhei:

"Quem quer investir num país assim?

Bom dia, o Governo tem um discurso cada vez mais agressivo contra as empresas, especialmente as maiores e que têm lucros. É trágico. 

...

À medida que as condições económicas e sociais apertam, ou quando o Governo está sob pressão mediática por um qualquer caso, ao fim de sete anos de governação, já se pode identificar um padrão. Em Portugal, é preferível ter uma empresa pequena, e com prejuízos [Moi ici: Subsidize it]. As grandes empresas, com lucros, estão permanentemente em risco, mesmo quando esses lucros são 'vistosos' em termos absolutos mas limitados quando avaliados em função do capital investido (verdadeiramente, o critério que é relevante). 

...

António Costa até pode beneficiar no curto prazo deste discurso contra as empresas, contra os bancos, contra as companhias de energia, de telecomunicações ou da distribuição. Num momento em que os portugueses perdem rendimento disponível, e quando o desemprego começa a dar sinais de agravamento, são um alvo fácil. É a tal habilidade política que todos lhe reconhecem. Mas é ao mesmo tempo a nossa perdição. Quem quer investir num país assim?"


 Agora comparemos com Inglaterra em "How not to grow the economy":

"Despite the many legitimate criticisms of the short-lived Liz Truss administration, it did leave one exceptional legacy. It put the question of economic growth, and the importance of raising productivity, back on the mainstream political agenda.

...

It took an extraordinary triple whammy - the pandemic lockdowns, the postlockdown disruptions to global supply chains, and the war in Ukraine - to finally force the British political class, in the shape of the Truss administration, to acknowledge the dire state of the economy. It put the need for growth back on the agenda."

Este último artigo merece um comentário mais longo. 

segunda-feira, julho 04, 2022

Continuam a querer que comamos gelados com a testa

Em 2009 escrevi aqui no blogue sobre as espécies que vivem à boca das fumarolas - Fake recoveries, os 3 amigos e a linguagem de carroceiro. Há dias em "Expert opinion" citei este trecho:

"The scholar, of course, had an answer. Scholars always have an answer. To him, the greatness of an idea should be judged by a panel of experts who opine on whether the idea is “novel” and “technically brilliant.” However, in the business context, “well executed” means commercially successful. When I pointed out that there is no known correlation between expert opinion on novelty or technical brilliance and commercial success"

Agora, encontro mais um exemplo da Big Man Economy tão querida das elites portuguesas, "Banco de Fomento vai capitalizar 12 empress de "interesse nacional", incluindo a de Mário Ferreira". Empresas tão boas, ou com projectos tão bons que nem têm acesso a capital da banca comercial.

Lembram-se das campeãs nacionais e as empresas PIN? 

 


terça-feira, novembro 02, 2021

A propósio da bazuca

Anda muita gente preocupada com o risco do dinheiro da bazuca não poder ser aplicado.
Anda muita gente iludida com os dinheiros europeus, não critico quem a eles recorre, surpreende-me é  haver tanta gente que acha que fazem a diferença.

Em Novembro de 2015 escrevi este texto, "Apesar das boas intenções", sobre o uso de subsidios e apoios em empresas inglesas nos anos 80. O meu consciente já se tinha esquecido do texto. Contudo, o meu inconsciente volta e meia faz emergir no palco da minha mente a ideia de que muitos destes apoios são contraproducentes:
"By and large, the inability to distinguish the A and B groups rendered these grants socially counter-productive. The funds flowed selectively into the least viable part of the industry, preventing change, and subsidized competition with the A-group, so slowing its growth."

Na sequência da minha última conversa oxigenadora escrevi aqui no blog:

"Ontem, o meu parceiro das conversas oxigenadoras disse-me que esta história do PRR e do dinheiro da UE para projectos é uma espécie de economia de planos quinquenais. São apresentados projectos feitos em nome das empresas e depois, quem escolhe o que passa e não passa não é o mercado, é uma comissão que avalia os projectos. Quantos empresários, se tivessem o capital consigo, aplicariam o dinheiro nos projectos que apresentam? Quase nenhum, remata ele!"

Vamos lá ver o que acontece ao dinheiro dos subsídios:

Se a empresa tem uma estratégia incorrecta, duas coisas podem acontecer, ou não tem capital ou tem subsídio:

  • Se não tem capital, queima o capital dos sócios e depois fecha,
  • Se recebe o subsídio torra o dinheiro e, ou fecha, ou espera pelo novo subsídio (outra espécie de Ponzi)
Se a empresa tem uma estratégia incorrecta e não a altera, porquê meter lá dinheiro? A estratégia anterior demonstrou a sua falência. A sério, parte importante do subsídio é para ser usado para apoiar a empresa a competir pelo preço de forma artificial.

Se a empresa tem uma estratégia correcta, duas coisas podem acontecer, ou não tem capital ou tem subsídio:

  • Se não tem capital, continua a fazer o seu caminho de forma lenta e segura,
  • Se recebe o subsídio tem hipótese de tirar vantagem do contexto e acelerar o seu crescimento. 

O que dizia o meu parceiro das conversas oxigenadoras na última conversa? Repito:

"Ontem, o meu parceiro das conversas oxigenadoras disse-me que esta história do PRR e do dinheiro da UE para projectos é uma espécie de economia de planos quinquenais. São apresentados projectos feitos em nome das empresas e depois, quem escolhe o que passa e não passa não é o mercado, é uma comissão que avalia os projectos."

Estão a pensar que a comissão que escolhe os projectos é corrupta? E na Inglaterra dos anos 80, também foi isso que aconteceu?  

quinta-feira, outubro 21, 2021

Let that sink in deep

Que comentários?


 



sexta-feira, outubro 15, 2021

Quando o povo estiver maduro os diques e comportas serão abertos

Aprendi com Joaquim Aguiar uma frase que não largo: "O povo tem sempre razão, mesmo quando não a tem"

Entretanto esta semana li e guardei esta frase: "But politicians can only convince us of things we already want to believe."

Há dias li um tweet simples, mas poderoso. só factos:

  • Pagamos 40% de impostos na habitação
  • Pagamos 50% de impostos nos salários
  • Pagamos 60% de impostos nos combustíveis

Socialismo!

Cavaco veio recordar o facto de estarmos a ser ultrapassados pelos países da Europa de Leste (somos a Sildávia do Ocidente) 

Já aqui referi que sou um pessimista-optimista. Quando o povo estiver maduro, mudamos de referencial. Não vale a pena desesperar, há que esperar e ir empobrecendo até que o povo fique maduro. 

Não sou bruxo mas já sei o que aí virá.

Lembram-de da primeira maioria absoluta de Cavaco? No dia seguinte, uma segunda-feira, 20 de Julho de 2017, fui à minha primeira entrevista de trabalho. Uma conversa com um alemão que trabalhava na Chocolates Imperial. A certa altura alguém abre a porta, interrompe a conversa e pergunta ao meu interlocutor se ele viu as imagens das peixeiras em Caxinas a agitar as bandeiras do PSD. Lembram-se desse tempo? Lembram-se do que é que Cavaco fez? Libertou a economia e a sociedade das amarras que o PREC revolucionário tinha criado e impediam o país de crescer. Sou desse tempo. Os bancos só podiam ser públicos, só havia a televisão pública, jornais e empresas estavam nacionalizados, ...  

Estes anos de geringonça são uma espécie PREC institucionalizado, onde ano após ano a capacidade de criar riqueza é esganada em nome da ideologia. 


Quando o povo estiver maduro há-de aparecer alguém que proporá abrir as comportas, libertar os diques e o país voltará a crescer.

Até lá trocar de líderes partidários para melhorar combates de retórica e oratória será mais do mesmo. Mesmo que cheguem ao poleiro, o goa'uld socialista entra dentro deles e fazem o mesmo, só que com a comunicação social assanhada.

Ontem, o meu parceiro das conversas oxigenadoras disse-me que esta história do PRR e do dinheiro da UE para projectos é uma espécie de economia de planos quinquenais. São apresentados projectos feitos em nome das empresas e depois, quem escolhe o que passa e não passa não é o mercado, é uma comissão que avalia os projectos. Quantos empresários, se tivessem o capital consigo, aplicariam o dinheiro nos projectos que apresentam? Quase nenhum, remata ele!

E eu fiquei a pensar na solução grega, aproveitar a bazuka para financiar o estado e baixar os impostos... ou seja, dar ao mercado a capacidade de escolher.

domingo, agosto 08, 2021

Comemos gelados com a testa!!!


Fonte aqui.

Portanto, acreditam que o mundo pós-pandemia vai ser igual ao mundo pré-pandemia. Portanto, acreditam que em economia se pode ligar e desligar sem efeito de histerese.

Este trecho é uma mina:
"A ideia é recorrer a dados que estão sob sigilo estatístico (mantendo o sigilo, claro) e encontrar mercados que estejam por explorar ou que possam ser mais desbravados ainda, aferir sobre quem são os campeões nacionais empresariais (atuais e em potência)."
Por que é que o jornal escreve aquele "(mantendo o sigilo, claro)" - até parece que não existe tráfico de informação sigilosa em Portugal.

Ainda veremos o governo a gastar algum deste dinheiro na instalação de um CyberSyn. Vamos voltar aos anos 70 e ao "socialismo científico". Gente que não percebe o que quero dizer com "optimismo não documentado".

A grande ilusão: encontrar campeões através da estatística. São estúpidos? Ou fazem-se? ... Fazem-me recuar ao "Predator State":
"In a world where the winners are all connected, it is not only the prey (who by and large carry little political weight) who lose out. It is everyone who has not licked the appropriate boots. Predatory regimes are, more or less exactly, like protection rackets: powerful and feared but neither loved nor respected. They cannot reward everyone, and therefore they do not enjoy a broad political base. In addition, they are intrinsically unstable, something that does not trouble the predators but makes life for ordinary business enterprise exceptionally trying.
...
predators suck the capacity from government and deplete it of the ability to govern. In the short run, again, this looks like simple incompetence, but this is an illusion. Predators do not mind being thought incompetent: the accusation helps to obscure their actual agenda."

Duas notas finais: 

  • Roubem, mas não me chateiem! (Sim, é o tributo que tenho de pagar aos Hunos)
  • Aprendam com o que os empíricos alemães do século XVII e em diante escreviam sobre Espanha (Portugal fazia parte de Espanha)

Daqui. E:

Grande Leibinitz:

E:



Todos daqui.

This time is different! 

A mim não me enganam. Só não quero que me chateiem. Embora o tráfico chateie-me mesmo!!!

sexta-feira, junho 04, 2021

"a erosão da autoridade do estado"

"Hans Monderman, the Dutch traffic engineer who is credited with revolutionizing our thinking on road design and safety. Imagine having a road or intersection in your town where too many accidents take place. What would you do to improve driving behaviors and reduce the number of accidents? Most people facing such a task will immediately think of putting in place more traffic lights or traffic signs, or more police to monitor the area. But not Hans Monderman. He came up with the concept of the “naked street” based on the principle that the removal of all the things that are supposed to make a road safe—such as traffic lights, road markings, and road signs—would actually make it safer. 
...
And he proposed the removal of all street signs, encouraging people to negotiate right of way by human interaction and eye contact.
He argued tirelessly for more than 20 years in favor of such “naked” roads as safer alternatives to roads full of signs and markings. He often complained that road design in the western world was based on the (mistaken) belief that driving and walking were utterly incompatible modes of transport and that the two should be segregated as much as possible. 
...
To prove his idea, he undertook a series of experiments where he reconstructed roads by making them narrower and by removing traffic lights and signs. In a famous experiment, he totally redesigned a roundabout (traffic circle) in the town of Drachten, Netherlands by removing all traffic signs, eliminating curbs, and installing art. The result was that traffic accidents all but disappeared. In another experiment in West Palm Beach, Florida, the roads were made smaller and narrower. As a result, traffic slowed so much that people felt safe to walk there. This led to an increase in pedestrian traffic that attracted new shops and apartment buildings. Property values doubled. Successes such as these turned the tide of public opinion on Monderman. Initially vilified as a dangerous maverick, he soon became a traffic engineer “pioneer.”"

Coloco aqui estes trechos a propósito da preocupação de algumas pessoas com a erosão da autoridade do estado. Eu preocupo-me é com a erosão da liberdade de pensamento e de acção dos anónimos. 


Trechos retirados de “Organizing for the New Normal” de Constantinos Markides. 

domingo, agosto 09, 2020

A grande luta


 Ontem, o primeiro tweet que li foi este:

Depois, mais tarde li isto:
"The pattern is a familiar one.
When things go wrong, central government blames other institutions and decides that the only solution is to take power away from them. It’s a vicious cycle. By centralising power, government weakens those institutions, making it harder for them to respond to problems. More things go wrong, and the centre then grabs more power. The cycle seems to be accelerating under Mr Johnson, which is hardly surprising: his chief adviser, Dominic Cummings, has not yet encountered an institution he did not want to weaken.
This cycle has turned Britain into one of the most centralised countries in the world. Measured by the ability to raise taxes — which, as the American revolutionaries noticed, the measure of power — Britain is extreme. Local government in Britain raises less than 10 per cent its revenues, compared with an average of a third across members the Organisation for Economic Co-operation and Development, a club of rich nations. Among these countries, only Luxembourg and Portugal are as centralised as Britain.
You might think that’s a good thing. Taking decisions at the centre makes it, in theory, possible to provide people with the same level and quality of services and benefits, from John O’Groats to Land’s End.
...
There’s no way of proving that centralisation causes inequality, but there are good reasons for suspecting it might. Capital cities that hog power tend to hog resources. London and the southeast generate more wealth than do the rest of the country, per head of population, and they also get an unfair share of resources. If you look at infrastructure spending in recent years, projects with a poor cost-benefit ratio in London and the southeast were approved, while projects with a better one elsewhere got turned down. Centralising power also fosters discontent with government. That, too, is hardly surprising. The farther away authority sits, the more alien it seems."
Trechos retirados de "Centralisation is the root of our problems"

Esta é a grande luta que temos pela frente.

domingo, junho 07, 2020

Façam o by-pass ao país!

"A função estratégica da TAP é uma função estratégica nacional pelo que não se deve ter uma expectativa ou uma perspetiva lucrativa da exploração do negócio da TAP."
Traduzido por: ""Não se deve ter uma perspetiva lucrativa da exploração do negócio da TAP""

E temos de ser nós, contribuintes líquidos, a alimentar estas baboseiras?

Já tive mais confiança na UE como mecanismo para proteger os cidadãos que criam riqueza líquida em Portugal. Parece que estamos condenados a alimentar esta corte que não sabe o que a vida custa a ganhar, que sempre cria mais um imposto, que sempre sobe mais uma taxa, para alimentar a sua sofreguidão de benesses.

Pena que afirmações deste calibre não sejam sujeitas a qualquer escrutínio neste país socialista, da direita à esquerda, envelhecido e com tiques de aristocrata arruinado.

Lembram-se deste blogue aconselhar as PMEs a fazerem o by-pass ao país? Chegou a vez de ser claro e dizer-lo aos mais novos com valor e ambição, se não querem alimentar esta casta, façam o by-pass ao país.

sexta-feira, fevereiro 07, 2020

"perder o terrível complexo de salvar empresas que não têm salvação"

"se Portugal precisa de novas empresas, também precisa de fechar as que não são produtivas. E são muitas…
.
Pegando nas críticas à baixa produtividade, e às responsabilidades que o ministro atribuiu aos bancos nesse domínio, Siza Vieira devia ter lembrado que Portugal tem de perder o terrível complexo de salvar empresas que não têm salvação. Nomeadamente aquelas que por cada dificuldade que enfrentam, pedem a ajuda do Estado. Seja pela concessão de subsídios, seja pelas facilidades no pagamento de impostos e/ou de contribuições para a Segurança Social, seja pela pressão para manter postos de trabalho que não fazem sentido (a propósito, sabe quantos postos de trabalho desnecessários a Altice mantém?).
...
os recursos que os governos (de direita e de esquerda) dedicam a salvar empresas inviáveis são recursos que fazem falta para deixar florescer as empresas novas, com modelos de negócio inovadores."
Como não recordar o nosso:



Trechos retirados de "Precisamos de novas empresas? Sim, mas..."

quinta-feira, outubro 03, 2019

Os que fogem da Sildávia


Ao ler o capítulo "Customers, Not Hostages" no livro “Seeing Around Corners” de Rita McGrath:
"customers will tolerate negative features as long as they do not feel they have viable alternatives. Once something comes along that allows them to capture the benefits they seek but eliminates the “tolerable” feature, that attribute becomes a “dissatisfier” and eventually an “enrager.”[Moi ici: Comecei a pensar nos jovens que enquanto estudam e estão em casa dos pais vivem por cá, mas quando agarram um canudo, ou querem começar a trabalhar para ganhar dinheiro, percebem que não são prisioneiros deste estado e "Bazam!" para melhores locais]
...
When an inflection point opens up the possibility to escape the negative, customers often depart, transferring their resources and relationship to a more accommodating provider. In other words, customers “escape” the incumbent and start doing business with the new provider.
...
When you identify a barrier to achieving a job to be done, you have identified a vital point at which an inflection might change the arena.
...
Remember, a useful way to think about potential customers is to consider the jobs they are trying to get done in their own lives and how a shift in constraints can have an effect on how those jobs get done. A powerful source of inspiration with respect to the next inflection point is to consider what gets in the way of customers achieving their goals. This means that paying attention to the situations potential customers are in, what they are trying to achieve, and what outcomes they seek is key."
"Pastores que se escondem no meio do rebanho" encaminham-nos para a Sildávia.

"Em vez de prometer aos eleitores o que eles querem ouvir, em vez de lhes perguntarem o que é que querem, explicar aos eleitores o que é que eles devem querer." (Recomendo isto a partir do minuto 12.20)

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Lembre-se destes números

Quando vierem celebrar que estamos a convergir com o resto da Europa...

Quando vierem culpar o mercado externo, a globalização, o Brexit, o Trump, a China, o proteccionismo, o João Félix, ...

Lembre-se destes números:



sábado, julho 14, 2018

"reality denial is more about identity than information"

Relacionar "Afinal não há dinheiro"  com "How to Talk to Someone Who Refuses to Accept Reality, According to Behavioral Science":
"Facts don't win arguments.
...
When faced with threatening information, people often stick their heads in the sand.
...
The problem is almost certainly one of emotions, not knowledge.
...
And because reality denial is more about identity than information, throwing facts at the problem usually backfires. "Research on a phenomenon called the backfire effect shows we tend to dig in our heels when we are presented with facts that cause us to feel bad about our identity, self-worth, worldview or group belonging,""





terça-feira, novembro 11, 2014

Rumo à Sildávia? As tentações são muito fortes

A troika foi uma forma de cortar esta espiral viciosa rumo à Sildávia?
"Your country is falling apart. Unemployment and inflation are sky high. World war is on the horizon, and there are riots in the streets. But never fear: An election is coming up! The incumbent will be thrown out for his failed policies. And the challengers will surely have the bright new ideas the country needs to turn itself around.
Or will they? Perhaps amidst all this the confusion, the people will hand the reins of power over to irresponsible demagogues, and conditions will go from bad to worse. This worry is hardly far-fetched. When do the "crazies" start to get a serious political hearing? Only after a country is already going down the drain.
.
If we look around the world, there is a lot of circumstantial evidence that bad performance is not self-correcting.
...
A society can get stuck in an "idea trap," where bad ideas lead to bad policy, bad policy leads to bad growth, and bad growth cements bad ideas.
.
Once you fall into this trap, all it often takes is common sense to get out. But when people are desperate, common sense gets even less common than usual."
Recomendo a leitura completa de "The Idea Trap"

Recordar a Sildávia:


quarta-feira, maio 14, 2014

Barreiras em todo o lado

Há dias descobri que em Lisboa  um músico de rua só pode actuar se tiver licença...
.
Infelizmente a doença está por todo o lado e a crescer cada vez mais:
"In the 1950s only one American worker in 20 needed a permit from the government; today that figure is around one in three. Some jobs, such as doctors, clearly need strict controls. But some states require licences for florists and interior designers. Such permits tend to cost hundreds of dollars and months of extra training, yet offer little benefit to consumers,"
Trecho retirado de "Tourists  beware"

sexta-feira, novembro 12, 2010

Creepy (part IV)

Ao ler este texto "O emprego solidário", invade-me um arrepio...
.
"definiu aquilo que considera serem as três prioridades do momento: criar emprego, criar emprego e criar emprego" (Moi ici: Se a prioridade for criar emprego, então, continuaremos a enterrar o nosso futuro em gastos tipo TGV, que geram emprego durante a construção mas, depois, só geram desemprego futuro. Não seria de esperar que um economista defendesse que a prioridade deveria ser a criação de riqueza através de empresas não-financeiras? E que só a criação de riqueza não-financeira gera, como consequência, a criação de emprego sustentável.)
.
A proposta que o autor levanta permite entrar dentro da sua mente, permite descobrir um pouco do modelo mental que ilumina a sua interpretação do mundo... e o que revela é alguém que vê o mundo como um sistema fechado. O autor não vê a economia como um sistema aberto, não acredita na criação de valor, não acredita na mudança. O que propõe é a divisão por todos do que existe... o socialismo!!!
.
Segundo o autor a procura é algo externo que não podemos influenciar... temos de esperar por ela... como se a crise que chegou em Agosto de 2007 fosse conjuntural e não estrutural.
.
Ainda há bocado no retwitei John Ortner as frases:
.
"Strategies emerge; intentions emerge, in the narrative life of organisations and in the narrative conversations between people."
.
"Recognise the importance of emergent interaction with the client as central to the success of the organisation."
.
Os empreendedores não são, como Daniel Amaral, observadores, supostamente independentes, de experiências sociais. São actores subjectivos... como me dizia ontem um empreendedor lisboeta (sim, Graças a Deus, ainda existem) "por vezes a emoção tolda-nos a razão". Os actores subjectivos são os tais que desenvolvem paixão, amor, relações, com clientes e produtos, são os optimistas ingénuos que arriscam e criam valor.
.
Há duas parábolas no Novo Testamento que ressoam cá dentro de mim e me emocionam mais do que tudo o resto: a Parábola do Filho Pródigo sobre o Amor incondicional e, a Parábola dos Talentos sobre o devolver à sociedade os nossos talentos através do nosso esforço.
.
O autor parece o servo da Parábola dos Talentos que recebeu só uma moeda e que tem medo de arriscar por que pode perdê-la e, por isso, prefere enterrá-la, prefere ficar com o que já tem...
.
Só que aqueles que preferem ficar com o que já têm... até isso lhes será tirado...

quarta-feira, maio 09, 2007

Amanhãs que cantam

O papá omnisciente já decidiu:

"Pinho elegeu os sectores "estrela" da economia portuguesa.

O ministro da Economia e da Inovação elegeu ontem a madeira, a petroquímica, o turismo e a energia como alguns dos sectores da economia portuguesa mais promissores e com maior possibilidade de inovarem nos próximos anos."


No jornal Público de hoje.