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quarta-feira, novembro 20, 2019

Negócios do futuro

Há dias escrevi em "Tem um armazém?" sobre alguns negócios do futuro.

Entretanto, lembrei-me de um outro que já existe no país mais envelhecido do mundo, empresas que esvaziam as casas dos idosos falecidos sem família e promovem a economia circular dos seus bens.

Pois bem, ao ler "How e-commerce returns are killing the environment":
"In December, American consumers will return more than 1 million packages to e-commerce retailers each day. It’s a flood of unwanted stuff that’s expected to peak on Jan. 2, which UPS Inc. cheekily calls “National Returns Day.”
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For UPS and other shippers, that’s reason for plenty of post-holiday cheer. For everyone else, those tens of millions of packages are a real problem.
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The problem is that consumers are returning more and more every year. In 2018, Americans sent back 10% of their purchases, valued at $369 billion, according to data and software firm Appriss, up from 8% two years earlier.
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Younger shoppers in particular are more inclined to treat online purchases as rentals, or to buy clothing to try on, then return what doesn’t fit or look good. It’s a global trend: In Sweden, return rates are as high as 60% for some products.
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The logistical burden of these returns is so heavy it’s inspired an entire industry devoted to dealing with unwanted stuff. But the environmental toll may prove to be more significant.
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In 2017, Optoro Inc., a company that helps retailers manage their returns, estimated that only 10% of the merchandise it handles ends up back on the shelves. Some is sold to discounters and recyclers, or routed to charities."
Encontrei outro, empresas que recebem as devoluções e as recuperam para voltarem a poder ser vendidas pelo vendedor original.

quinta-feira, maio 09, 2019

Para reflexão

"The experts were, by and large, horrific forecasters. Their areas of specialty, years of experience, and (for some) access to classified information made no difference. They were bad at short-term forecasting and bad at long-term forecasting. They were bad at forecasting in every domain. When experts declared that future events were impossible or nearly impossible, 15 percent of them occurred nonetheless. When they declared events to be a sure thing, more than one-quarter of them failed to transpire.
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Even faced with their results, many experts never admitted systematic flaws in their judgment. When they missed wildly, it was a near miss; if just one little thing had gone differently, they would have nailed it. “There is often a curiously inverse relationship,” Tetlock concluded, “between how well forecasters thought they were doing and how well they did.”
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Hedgehogs are deeply and tightly focused. Some have spent their career studying one problem. ...
Foxes, meanwhile, “draw from an eclectic array of traditions, and accept ambiguity and contradiction,” Tetlock wrote. Where hedgehogs represent narrowness, foxes embody breadth.
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Incredibly, the hedgehogs performed especially poorly on long-term predictions within their specialty. They got worse as they accumulated experience and credentials in their field. The more information they had to work with, the more easily they could fit any story into their worldview.
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Unfortunately, the world’s most prominent specialists are rarely held accountable for their predictions, so we continue to rely on them even when their track records make clear that we should not."
Trechos retirados de "The Peculiar Blindness of Experts"

BTW, este anónimo da província apostou em Agosto de 2013 quando todos falavam da espiral recessiva, foi no dia 25 de Abril de 2013. Recordo Outubro de 2013 e sobretudo "Uma espécie de Agosto de 2013".

Há dias publiquei a segunda parte de "O fim de um ciclo":
E reparem como andam os funcionários do governo no semanário [sim, porque não eu não me esqueço de Gigerenzer], "INE deve apresentar esta semana a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 15 anos":
"Economistas ouvidos pelo Expresso apontam, em média, para uma taxa de desemprego de 6,5% no primeiro trimestre deste ano, o que compara com 6,7% nos últimos três meses de 2018. A confirmar-se, será o valor mais baixo desde 2004"
E comparem com "Taxa de desemprego sobe pela primeira vez em três anos":
"No primeiro trimestre de 2019, a taxa de desemprego foi 6,8%, acaba de divulgar o Instituto Nacional de Estatística, registando uma subida de 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, mas também uma descida de 1,1 pontos percentuais face ao período homólogo, o primeiro trimestre de 2018. A subida trimestral acontece pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2016."[Moi ici: Recordar "Acerca do desemprego"]
A maré já mudou, agora só está a ser atenuada pela boleia demográfica.

quinta-feira, julho 26, 2018

Negócio de futuro

Escreveu Peter Drucker que as previsões menos incertas são as associadas à demografia.

Recordo:

Por causa da evolução demográfica e da erosão das relações familiares, acredito que um negócio de futuro vai passar cada vez mais por esta oportunidade "Dying Alone in Japan: The Industry Devoted to What’s Left Behind". Não é impunemente que se passa de 10 para 7 milhões!

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Cuidado com as previsões!

Sabem o que penso sobre os Estados Unidos e a sua crónica falta de paciência estratégica. Isso leva muitas empresas, a maioria mesmo, a concentrar-se em estratégias que valorizam acima de tudo a escala e a padronização.
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Assim, não admira que se conclua:
"50% of occupations in corporations today will no longer exist by 2025"
Claro que a minha reacção instintiva foi uma pergunta:
E quantas das corporações, empresas grandes, de hoje ainda existirão em 2025? 
A previsão escrita acima está na página 4 deste relatório "Fast Forward 2030 - The Future of Work and the Workplace". O interessante é que na página 3 do mesmo relatório encontro:
"81% of interviewees imagine that corporate wealth and value creation will be different in 2030 – driven by ideas and creativity."
Será que o mindset de empresas concentradas na automatização é compatível com o de empresas concentradas nas ideias e criatividade?
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Cuidado com as previsões!

quinta-feira, março 17, 2011

As bolhas azeiteiras como mais uma manifestação do socialismo na economia

Por favor, não tomem as linhas que se seguem como um exercício de arrogância intelectual.
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Qualquer um, desde que pratique: mantenha os seus sentidos em alerta e reflicta sobre o que está a acontecer, colocando os factos em perspectiva consegue aperfeiçoar a capacidade de prever o futuro.
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No inicio de Dezembro passado escrevi este postal sobre as bolhas "Não se muda por decreto" onde previ a formação em curso de uma bolha azeiteira. No final desse mês de Dezembro escrevi "Mais uma previsão acertada".
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Pois bem, agora, chegou-me pelo twitter esta notícia "Portugal, Espanha, Grécia e Itália pedem ajuda para encarecer azeite"
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Socialismo no seu esplendor!!!
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Socialismo que se arroga o conhecimento e a capacidade de decisão para financiar e apoiar a plantação de olival. Claro que isso gera uma bolha azeiteira. Qual a solução socialista?
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Intervir no mercado para "como resposta a uma conjuntura de "perturbação do mercado"."
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Perturbação de mercado? Qual perturbação de mercado?
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Numa sociedade não socialista a solução passaria por deixar quem produz e quem transforma arcar com o prejuízo, os mais fracos, os menos preparados (não os mais pequenos) fechavam e os preços recuperavam. Claro que não será o que se passará por cá. Ainda vamos ter olivicultores a serem apoiados para plantarem oliveiras às segundas, terças e quartas e os mesmos olivicultores serem apoiados para arrancarem as mesmas oliveiras às quintas, sextas e sábados.
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É de loucos.
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Outra alternativa, que não é para todos, é para quem tiver paixão pelo azeite como referi aqui em "Mais uma previsão acertada (parte II)"

domingo, dezembro 26, 2010

Mais uma previsão acertada

Eu sei que sou um humano.
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Eu sei que os humanos não podem prever o futuro.
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No entanto, pela quarta ou quinta vez, previsões feitas neste blogue cumprem-se com uma regularidade que deixa o meu ego em alta.
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A 7 de Dezembro escrevi neste blogue que estávamos a caminho de uma "bolha azeiteira". Dias antes, a propósito de um extenso artigo do Jornal de Negócios sobre o tema do azeite, no twitter tinha feito a mesma previsão.
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Não foram precisos 20 dias para começar a ver a manifestação dos sintomas dessa bolha, ontem no Jornal de Notícias: "Mais 30% de azeite nos olivais do Norte"
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"Entre os pequenos agricultores, a falta de motivação para continuar com a cultura do olival é crescente. Muitos ainda guardam azeite do ano passado e não têm grandes perspectivas de escoamento para este. Mais: quem tiver de pagar mão-de-obra para a colheita não ganha para a despesa. "Aumentou o gasóleo, os adubos, o pessoal, mas o preço do azeite não aumenta", refere António Branco. Parte da culpa é atirada para a "bolsa" espanhola que acaba por indexar o preço do azeite português. "Apostar na qualidade é a única possibilidade de vender melhor"."
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O artigo do JN disponível na internet é apenas uma fracção do artigo que li ontem em papel. Na versão em papel vários agricultores aparecem a dar a cara, dizendo que não compensa cultivar o azeite. Um deles chega mesmo a rematar com a frase típica para estas ocasiões "A culpa é do governo".
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Se o governo é culpado de alguma coisa é de apoiar a plantação de olival.
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O que está a acontecer estava escrito nas estrelas, vai acontecer aos pequenos produtores de azeite o mesmo que aconteceu aos pequenos produtores de vinho sem marca, sem distinção... o fim. Reparem nos comentários do leitor "Antonio" e como estão impregnados de marxianismo "O produtor é roubado e não vê compensação do seu trabalho". O mercado não compensa o trabalho. O mercado recompensa o valor. E quem é que atribui o valor? É o mercado, é o conjunto de compradores.
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Se estas terras transmontanas, caro Nuno, tivessem gente do marketing e do design atentas à realidade da sua terra, e não sonhassem apenas com o Phillipe Starck e em dar o salto para Nova Iorque, teriam aqui matéria-prima para muito trabalho.
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Primeiro, gente que lhes mostrasse a inevitabilidade do que está a acontecer - aumento da produção nacional a uma velocidade superior ao aumento da procura.
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Segundo, gente que lhes desse esperança, que lhes mostrasse o exemplo do vinho.
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Terceiro, gente que os despertasse para a necessidade de uma estratégia, para a necessidade de se diferenciarem. Não acredito naquela frase lá de cima, retirada do artigo "Apostar na qualidade é a única possibilidade de vender melhor". Hoje em dia não basta produzir com qualidade ponto! Que o digam os produtores de batata de Chaves, por exemplo. De que serve produzir azeite com qualidade se o mercado está saturado de oferta de azeite com qualidade? Têm de se diferenciar.
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Quarto, agora especulo, façam como se fez para o vinho que teve sucesso. Criem uma cooperativa da região, criem uma marca, desenvolvam uma marca, pensem em castas de azeitona, pensem em regiões demarcadas, não pensem em quantidade, isso fica para os olivais que pertencem às grandes distribuidoras de azeite. Pensem em boutique de azeite, pensem em azeite = luxo, pensem em azeite = néctar, pensem em azeite = saúde.
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Caro Nuno, não consegue convencer uns marketeiros e designers daí, a meterem os pés e as mãos ao caminho?
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Algumas sugestões de leitura:



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quarta-feira, dezembro 01, 2010

segunda-feira, setembro 29, 2008

Previsão

Com ou sem colapso financeiro de uma coisa estou certo, vai voltar a ganhar importância a capacidade de criar riqueza através da indústria.
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A falta de dinheiro vai reforçar a proximidade entre a produção e o consumo.