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sexta-feira, maio 10, 2019

Trabalhar o ecossistema do futuro

Quando animo reflexões estratégicas, e/ou apoio o desenvolvimento de sistemas de gestão da qualidade, desafio as empresas a pensarem como podem trabalhar o ecossistema da procura. Nomeadamente, por exemplo, como podem influenciar, seduzir, os futuros decisores, os futuros prescritores, os futuros influenciadores.
Por exemplo, de 2012:
"Esta abordagem pode ser fortalecida reforçando as relações entre a empresa e as universidades e politécnicos. Estas escolas fornecem os futuros prescritores e os futuros quadros dos empreiteiros. Desenvolver uma relação em que a empresa reforça a sua imagem de líder tecnológico, de solucionador de problemas, de inventor de novos produtos, de autoridade técnica."
Eis um exemplo de aplicação desta abordagem, "Vapesol lança concurso para jovens criadores de calçado":
"Nesta primeira edição da Academia Vapesol, devem os candidatos apresentar um projeto de design de calçado, masculino ou feminino, para a temporada outono/inverno 20/21 e o respetivo protótipo, os quais devem integrar solas da coleção da Vapesol.  A iniciativa conta com a participação dos alunos finalistas da Escola Profissional de Felgueiras, do Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado (polos de S. João da Madeira e Felgueiras) e do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.
...
Os prémios atribuídos pela Academia Vapesol são, para o grande vencedor, um prémio pecuniário de 1.000 euros, uma viagem a Milão com estadia e um convite para a feira Lineapelle agendada para os dias 2, 3 e 4 de outubro próximo. Já o segundo classificado tem direito uma viagem a Milão, também com estadia, e um convite para a mesma Lineapelle."

terça-feira, janeiro 29, 2019

É nestes momentos de mudança ... (parte IV)

Parte Iparte II e parte III.

Agora vou correr o risco de ser mal interpretado. Costumo escrever aqui que muitas empresas se preocupam mais com a concorrência do que com os clientes-alvo. É a velha metáfora de "ver passar motards" ou aquilo a que chamo as empresas Dick Dastardly nas Wacky Races.
As empresas não devem focar-se demasiado na concorrência, mas ao iniciar um processo de transformação convém perceber onde estamos, quem pode competir connosco no novo espaço para onde poderemos pensar ir, e se poderemos ter alguma hipótese nele.

Por exemplo, em "Acerca do papel da estratégia (parte IV)", dou o exemplo de uma empresa que sente que precisa de mudar:
"empresa a querer mudar de concorrentes, sinónimo de querer subir na escala de valor - ainda precisa de perceber que existem diferentes tipos de clientes e que recusar encomendas não é pecado." 
Desenhamos em conjunto o panorama competitivo e reconhecem-se aqui:
Depois, chega a provocação:
- Será que podem competir neste campeonato? Por que há-de alguém escolher-vos em vez de escolher um concorrente chinês? (No postal listo uma série de justificações, como por exemplo: Os macacos não voam! Ou a primeira lição da Teoria dos Jogos, "Do not play a strictly dominated strategy". BTW, quando na parte II da presente série escrevo "mesmo quando se faz tudo bem, a paisagem competitiva pode alterar-se e "estragar" tudo", estou a falar da segunda lição "Rational choice, choosing a dominant strategy, can lead to outcomes that suck")
- Não fará mais sentido abordar o mercado com outro referencial competitivo?
Por isso escrevi: "Talvez a aposta em vectores alternativos: Flexibilidade? Rapidez?"

Devemos ser capazes de olhar para a empresa e para o seu contexto competitivo sob diferentes perspectivas, para tentar percepcionar como poderá ser o mundo da empresa em cada uma dessas situações.

No mundo da melhoria da qualidade, perante um desafio, abrimos opções (com o diagrama de causa-efeito, por exemplo), para depois as fecharmos (com testes, com verificações). O grande Richard Normann propunha 3 questões:

  • What business are we in? What are we?
  • What business (or businesses) could we be in? What could we be?
  • What business should we be in/do we want to be in? What should we be?



Conseguem competir com a fama alemã em desempenho?

Conseguem competir com a fama alemã ou italiana em flexibilidade, rapidez?
Ou seja, antes de avançar uma empresa deve avaliar se o espaço onde vai competir é um espaço onde realmente tem uma vantagem competitiva. Vantagem não é senão uma avaliação comparativa: podemos fazer a diferença?

A análise de onde e quando a empresa foi bem sucedida, pode ser uma pista para inferir quais as fontes do sucesso, qual a vantagem competitiva. Por isso, recomendo pesquisar sempre: Para quem continuamos a vender bem nestes tempos de crise? Porquê?

A resposta a estas perguntas permite-nos manter os pés na terra e evitar erros mirabolantes, recordar Anteu segundo Nassim Taleb.
Depois de confirmada a hipótese de existência de uma vantagem competitiva, vem a definição de quem são os clientes-alvo e quem pode fazer parte do ecossistema da procura.

Por exemplo,
Uma empresa pode identificar os seus clientes-alvo e, perceber que pode em simultâneo trabalhar a relação com aqueles que podem "mandar" nos clientes, ou pelo menos influenciá-los.

Para cada uma destas entidades faz sentido pensar no problema que as faz sofrer, ou no objectivo que as motiva para melhorarem o seu estado. Esta é a base para a entrada no mapa da estratégia do balanced scorecard, a perspectiva dos clientes e outras partes interessadas:
Queremos atingir três resultados:

  • Seduzir novos clientes;
  • Satisfazer os clientes; e
  • Manter os clientes

Estes resultados não hão-de ser resultado de magia ou sorte, mas consequências perfeitamente normais de experiências que os clientes sentem emergir da interacção com a empresa.

Continua.


sábado, setembro 01, 2018

Trabalhar o ecossistema


Ando a ler um excelente livro que vou ter de comentar aqui no blogue, “The Art of Action: Leadership that Closes the Gaps between Plans, Actions and Results” de Stephen Bungay.

Para já, fico-me por uma citação relacionada com o tema da estratégia e da sua relação com as partes interessadas. Fez-me lembrar a minha experiência de trabalhar com empresas que elegem o influenciador ou o prescritor como o verdadeiro motor do modelo de negócio. Recordar:

“A few years ago, I visited a manufacturer of domestic boilers. At the time, the company was number three in the market and was not only making good returns but gaining share, closing the gap with the number two player. I asked all the top executives why the company was so successful. One said it was the quality of the product – but he admitted that the differences with competitors’ products were small. One said it was the brand – but had to admit that the market leader’s brand was also very strong. So it went on: R&D, technology, production efficiency, delivery times, customer service – all had their advocates, but none in itself felt compelling.
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My last interview was with the managing director. I asked him once again why the business was so successful. “Let me tell you how our business works,” he said. “Almost all of our domestic business is for replacement of existing boilers. People replace boilers when their existing ones break down. What do you do when your boiler breaks down? You call the installer,” he continued, answering his own question. “When he tells you the boiler is too old to repair because he can’t get the parts, what do you do?” He paused. “I’ll tell you. You do what he suggests. And when you ask him which new boiler to install, he tells you that too. So 90 percent of all purchasing decisions are made by the installer.” He paused to let this sink in. “Our business,” he said deliberately, “is about service to the installer. But I am the only person around here who gets that. They all think I’m an old man with a bee in his bonnet.” He looked me in the eye. “We are being successful because we offer our installers better service than any of our competitors.
...
This informed all his operational decisions. He wanted to increase the number of visits installers paid to the company’s site – which was already more than any of their rivals – and build a new training center. He was obsessed with the quality of  “its installation literature. He was ready to invest whatever it took to increase spare parts availability at the distributors so that installers did not waste time waiting for a part. He wanted the new range of boilers the company was just developing to be energy efficient, quiet, and reliable, but above all he wanted them to be easy to install. And so on. And it was working.
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He wanted to run some strategy workshops to focus all his top team on optimizing service to the installer. They were already making their implicit strategy happen, but as it became explicit and the top team grew more aligned, so decision making and execution became more focused. At the time of writing the company has overtaken the number two player, and is closing the gap with the market leader.
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In this example, service to the installer is the source of competitive advantage my friends are seeking to exploit. Their aim is to achieve leadership of their chosen segments. They have identified becoming the supplier of choice to the installer as an opportunity across the market, and by excelling at that they are unhinging the position of their major competitors. They already have the capabilities to do so, but they are investing further in those capabilities and creating others. They are doing what all successful strategists do, which is to build further on their existing strengths. They therefore have a coherent strategy”
E na sua empresa, como aborda o ecossistema da procura? Está a ver onde a estória das partes interessadas na ISO 9001 nos pode levar?


terça-feira, fevereiro 07, 2017

Os ecossistemas da procura a mudarem

"El tándem compañía de moda e influencer gana peso. Las campañas con prescriptores de tendencias en la Red fueron utilizadas por el 65% de las empresas de moda, según un estudio elaborado por la consultora de márketing Launchmetrics. Las acciones con individuos muy seguidos en redes sociales también funcionaron para elevar la visibilidad de las empresas implicadas en el 84% de los casos.
...
Instagram es la red social de referencia en la industria. El 97% de todas las interacciones ocurridas durante la Semana de la Moda de Nueva York en otoño se produjeron en esta plataforma. Una de cada tres compañías lanzó sus campañas con influencers a través de Instagram. Facebook es la segunda red favorita para mostrar acciones con celebridades de Internet para un 17% de los encuestados, seguida muy de cerca por los blogs y Youtube, los preferidos para un 15% y 14% del sector. Sólo un 10% de los consultados señaló a Snapchat como su red social predilecta para este tipo de actividades."
Quando falamos de ecossistemas da procura e do papel crescente dos influenciadores é disto que falamos.

Trechos retirados de "La moda se rinde ante los ‘influencers’: el 65% de las empresas hicieron colaboraciones en 2016"

segunda-feira, dezembro 26, 2016

Não esquecer!


No último número do semanário Expresso encontra-se o artigo "Em busca 
da janela 
mais evoluída 
do mundo"
"E, como conseguiu Bruno, em dois anos, tornar-se um cidadão do mundo e aceder a clientes tão sofisticados? Tornando-se íntimo de gabinetes de arquitectos de Paris, São Paulo ou Londres com actuação global que prescrevem os sistemas Hyline. Nesta cruzada, a parceria com o gabinete Saota, baseado na África do Sul, é um caso que arrebata pela influência que concede às redes sociais. O industrial pesquisava soluções e arquitectos, abordou um representante do gabinete que, para sua surpresa, lhe deu troco. A amizade digital conduziu a um convite para uma visita à base de Esposende. "Foi a viagem mais útil e benéfica que que alguma vez paguei", comenta Bruno. Ele próprio tem dificuldade em acreditar neste "conto de fadas" empresarial.
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Na promoção externa, a primazia vai agora para a participação em feiras especializadas nas principais capitais"
Quantas vezes recomendo esta abordagem às PME? Não tem conta!
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Trabalhar o ecossistema da procura, trabalhar aqueles que influenciam ou mandam nos clientes.

Conhece o ecossistema da procura da sua empresa?

Talvez possamos ajudar a desenhá-lo, a criá-lo, a desenvolvê-lo.

sábado, agosto 27, 2016

Balanced Scorecard (parte VI)

Parte I, parte IIparte IIIparte IV e parte V.
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Partindo da parte IV determinamos quem são os clientes-alvo. Partindo da parte V determinamos qual é o ecossistema da procura e como se relacionam entre si os diferentes actores.
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Partindo de "Nas fronteiras", por exemplo:
Os quadrantes "OK" são o que presidente do conselho de administração de empresa em que trabalhei chamava o que nos dá o pão com manteiga.
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O quadrante "?" representa os clientes com os quais uma empresa perde dinheiro. A empresa consome recursos e não consegue remunerar essa aplicação. Esses clientes podem ser transferidos para um dos outros quadrantes? Fará sentido terminar a relação com aqueles que não podem ser transferidos?
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O quadrante :-) representa a possibilidade de ter pão com fiambre, a possibilidade de fazer subir as margens. Começa-se por tentar perceber por que é que estes clientes estão dispostos a optar pela empresa, para a satisfação das suas necessidades e expectativas. Em que contexto recorrem à empresa, o que é valor para eles? Quem são os concorrentes ou alternativas? O que é que a empresa tem de vantajoso para que seja a opção escolhida?
"Find your ideal client by starting with the outcomes you can provide..One of the most important things Mark Hunter teaches is that in order to find the ideal prospect you have to first know who your ideal client is. But you won’t be able to identify them unless you start with the outcomes that you uniquely provide. On this episode, Mark Hunter chats with Anthony about how that process works and gives you some steps to follow to build that ideal client profile and get your prospecting in high gear as a result."
Trecho retirado daqui.

sexta-feira, agosto 19, 2016

Balanced Scorecard (parte V)

Parte I, parte IIparte III e parte IV.
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Com o exercício anterior conseguimos identificar os clientes-alvo que podem ajudar a empresa a fazer a transformação que precisa.
No entanto, cada vez mais não basta lidar e trabalhar os clientes-alvo. Cada vez mais é preciso identificar o ecossistema da procura, Que actores podem:

  • influenciar os clientes-alvo;
  • mandar nos clientes-alvo;
  • regular a actividade dos clientes-alvo;
  • ajudar a empresa na sua imagem, distribuição, investigação, ...

Conseguimos reunir um conjunto de personagens (clientes, prescritores, influenciadores, reguladores, compradores, decisores, clientes dos clientes, ...), com as suas motivações próprias e unidos por um enredo que promova relações ganhar-ganhar-ganhar?
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Quem são os clientes-alvo? O que procuram? O que valorizam? Do que fogem?
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Onde compram, em que prateleiras procuram?
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Que outras personagens têm interesses relacionados? O que procuram e valorizam? O que lhes causa "dor"?
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Como se relacionam todas num ecossistema?
Recordar:


domingo, julho 03, 2016

Em Mongo não é assim!

"During his senior year, in 1995, the mid-Atlantic was seized by a record-setting heat wave, and practicing in a sweat-soaked cotton T-shirt felt more oppressive than usual. The year after he graduated, Plank developed a moisture-wicking shirt made from synthetic fabric and began calling up former teammates. In Under Armour’s first year, when the company was still operating out of his grandmother’s basement in the Georgetown neighborhood of Washington, Plank put more than 100,000 miles on his Ford Explorer driving up and down the East Coast and trying to parlay those friendships with former teammates into orders. “I graduated from college and realized, I know 60 people playing in the NFL who have careers that are going to be somewhere between three and five years,” Plank says. “So the window is about this big. And I either take advantage of it now or lose it forever. I’m thinking, Is there a way for me to give them a gift that would also help me? And it’s that virtuous cycle that really got us going.” It worked better than even he expected. A combination of innovative technology and Plank’s fervor for his own product contributed to Under Armour’s vertical rise, from $17,000 in sales that first year, to $400 million in 2006, to a projection of almost $5 billion in 2016."
Sem apoios e subsídios, com um produto diferente, com uma plataforma de amigos e conhecidos que transformou num ecossistema da procura.
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E paixão com persistência.
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Lembro-me sempre de um refrão que ouvia vezes sem conta no Portugal pós 25 de Abril: as empresas grandes cada vez maiores.
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Em Mongo não é assim!
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Como é que a sua empresa pode criar um ecossistema baseado em influenciadores e prescritores capazes de alterar o modelo de negócio?
Trecho retirado de "Under Armour’s Quest to Dethrone Nike and Jump-Start Baltimore"

quinta-feira, outubro 08, 2015

Densificar e organizar a criação de valor

Nas empresas, muitas vezes, remeto a perspectiva para o ecossistema da procura e
para o desenvolvimento de relações ganhar-ganhar-ganhar. Por exemplo:


Ganhar-ganhar-ganhar porque passa por orquestrar uma relação que traga vantagens não só à clássica interacção diádica, cliente-fornecedor, mas também a outras combinações:

  • prescritor-fornecedor-cliente;
  • fornecedor-cliente-cliente do cliente;
  • fornecedor-parceiro-cliente-cliente do cliente;
"But since Pandora depends upon its inventory of musicians to keep listeners loyal to the service, the company has been working hard to provide other, non-monetary benefits to artists. One way to do that: become a service that’s as useful to musicians as it is to listeners.
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Pandora snatched up Next Big Sound, a music analytics service
...
Even before it bought Next Big Sound, Pandora was already focused on building out its own artist-focused tools"

terça-feira, junho 25, 2013

Muito mais do que olhar só para o cliente imediato

Do artigo sobre a Matcerâmica vou buscar e sublinhar este ponto:
"Para entrarmos no mercado dos EUA, contratámos Karim Rashid, que é um dos maiores designers industriais do mundo, para um projecto só nosso, lançado em Nova Iorque. São peças de loiça de mesa com baixo-relevo misturado com decalque de símbolos que significam sentimentos, que são a simbologia dele."
Do artigo "Rei da linha de pesca", incluído no Caderno de Economia do semanário Expresso do passado Sábado, sublinho:
"Como a sorte protege os audazes, no momento em que os seus fios de pesca já tinham uma clientela muito fidelizada no mercado internacional, com um volume de vendas bastante estabilizado, eis que, a 24 de fevereiro. uma das sua iniciativas de marketing produziu um inesperado fruto: Cliff Pace, de 32 anos, natural de Mississippi, um dos pescadores patrocinado pela marca Hi Seas, ganhou o 1º lugar num dos troféus de pesca mais mediatizados dos EUA — o Bassmaster Classic de 2013. que rendeu meio milhão de dólares ao vencedor. "O efeito desta vitória da Hi Seas foi enorme, num mercado como o dos EUA, onde há 50 milhões de pescadores endinheirados", comenta Kemper. "De um dia para o outro, a visibilidade da nossa marca assumiu proporções gigantescas e agora passámos a ter as 3500 lojas da Walmart mais as BOO lojas da cadeia Dick's Sponing Goods a venderem esta linha de pesca", refere."
O ponto comum que queria referir é o da aposta na criação de um ecossistema da procura. Olhar e trabalhar com os clientes é um grande avanço, para quem sempre acreditou que bastava produzir; no entanto, muitas vezes, não basta olhar para os clientes, é preciso olhar para os clientes dos clientes (recordar por exemplo os frangos Purdue).
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Trabalhar os influenciadores e os prescritores para chegar aos consumidores:

Os consumidores são os únicos aliados na guerra das prateleiras com a distribuição.



sexta-feira, junho 14, 2013

Isto é Mongo, isto é o Estranhistão, isto é o futuro, isto é o século XXI e isto é belo!

Ainda esta semana fui à prateleira do óleo (?) e fiquei parado a apreciar as prateleiras... o que já vi acontecer com o vinho, com o azeite, com o vinagre, com ... estava ali à minha frente com o sal.
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Várias marcas, vários tipos de sal, vários tipos, embalagens, cores, tamanhos e quantidades de sal, sal iodado, flor de sal e sei lá que mais.
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Em qualquer sector é possível apostar genuinamente no caminho menos percorrido, apostar em fazer diferente.
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Lembrei-me disto por causa de "Even Cement Can Be Special":
"even commodities have customers. And where there are customers there can be differentiation. And where there is differentiation, there can be innovation. (Moi ici: Muitas empresas nunca conseguem abandonar o buraco negro da commoditização porque nunca pensam a sério nos clientes, começam e acabam o pensamento competitivo em torno do produto... esquecem que os clientes não são todos iguais e que diferentes clientes procuram e valorizam coisas diferentes)
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Lets look at a company in an industry whose product is almost synonymous with the word commodity: cement."
Os arquitectos compram cimento? Não!
Os arquitectos são prescritores (ver sobretudo a parte II), influenciam ou determinam a escolha do cimento utilizado. Logo, quem aposta em desenhar um ecossistema da procura começa a trabalhar noutro campeonato, noutra liga:
"Taking a lead from the fashion industry where celebrities like Giorgio Armani are influential trend-setters, Italcementi targets "archistars", rock-star architects whose ideas influence the behaviors and choices of the mass of architects."
Em vez de pensar em massa, pensar caso a caso, pensar em desafio a desafio, pensar no job-to-be-done:
"design for this symbolic structure called for the use of extraordinary concrete, offering not only durability, but also a long-lasting brilliant white color. In order to satisfy this need, the Italcementi perfected TX Active, a photocatalytic white cement with self-cleaning properties based a technology that had been investigated years before but never before developed." 
 Os atributos deste produto, embora extraordinários, não foram o ponto de partida. O ponto de partida foram os resultados pretendidos... como eu gosto de ir ao futuro mentalmente, para, depois, ser puxado para ele, em vez de andar à deriva a empurrar.
"Through the co-innovation process, architects get an essential raw material tailored to the needs of their projects. From Italcementi's perspective, the payoff is reduced risk. First, the work is associated with an actual revenue-generating project, which offsets development costs. Second, the product gets introduced with all the splash and hoopla associated with landmark project, increasing public awareness. Finally, the association of the product with an archistar increases the likelihood that other architects will incorporate the product into future mainstream, commercial projects down the line."
Pois... "“Commodities only exist in the minds of the inept""
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Isto é Mongo, isto é o Estranhistão, isto é o futuro, isto é o século XXI.
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Metropolis fica lá para trás enterrada, tal como Magnitogorsk!

sexta-feira, junho 08, 2012

Arquitecto de paisagens competitivas (parte IV)

Parte I, parte II, e parte III.
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Continuamos com a nossa re-leitura de "Regraming Business - Wnen the Map Changes the Landscape" de Richard Normann. Capítulo 4 "Chained to the Value Chain?"
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Porter, no seu clássico trabalho sobre estratégia competitiva, construiu o conceito de "cadeia de valor", de acordo com o qual, vários actores económicos  trabalhando sequencialmente numa configuração semelhante a uma cadeia, a uma corrente, acrescentavam valor até à chegada ao cliente.
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Como os materiais físicos basicamente só podem fluir numa direcção, e como uma peça de material só pode estar num sítio num dado momento, não é difícil perceber o poder e a relevância da metáfora da cadeia, da corrente. Contudo, o mundo actual dos negócios é muito diferente e, assim, alguns dos velhos modelos e metáforas perdem poder para dar lugar a outros.
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Activos desmaterializados, tais como a informação e o capital, estão num estado quase completamente líquido e podem estar em quase qualquer lugar a qualquer momento, ou em quase todos os lugares ao mesmo tempo. E a crescente reconfigurabilidade da criação de valor significa que padrões como a tradicional cadeia de valor podem ser dissolvidos e estilhaçados por actores inesperados. (Moi ici: Por isso, pode ser interessante a visão contrária, o espreitar os bastidores. Enquanto a maioria está presa a modelos mentais que cegam, que prendem, que protegem naturalmente os incumbentes, há oportunidade, para quem não tem nada a perder, para re-escrever o guião e criar uma nova peça de teatro em que os actores principais têm novas falas, seguem um novo enredo e ficam seduzidos pela novidade)
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De facto, o jogo do mercado actual é muito mais acerca de quem é que é capaz de ser mais criativo a desenhar uma solução que rompe com um enquadramento sistémico existente, (Moi ici: Se a lei o permitisse, imaginem o preço a que chegava aos consumidores o pescado e, o ganho que os pescadores teriam, se, com a internet, se fizesse o by-pass ao sistema instalado. Imaginem para os os produtos agrícolas...) do que quem é que se consegue posicionar numa cadeia de valor. A cadeia de valor era uma metáfora muito mais forte e poderosa numa economia baseada na produção e em materiais do que numa economia baseada em serviços e conhecimento. (Moi ici: Por isso, penso que os políticos deliram quando pensam que o país pode voltar ao investimento directo externo em grande à la anos 80)
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O progresso tecnológico, ao permitir, ao promover a desmaterialização, a liquidificação e a especialização põe em marcha as condições para o funcionamento do princípio do vácuo. O princípio do vácuo - isto é, as oportunidades emergentes serão sempre utilizadas por alguém - resulta na reorganização da criação de valor, à medida que as actividades são reformuladas e distribuídas por novas janelas temporais, entre locais, e entre actores económicos, resultando em novas configurações e constelações de actores.
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Os pioneiros, os "Prime Movers" são a emergente classe de actores que tiram partido das novas oportunidades. Eles obedecem ao grito dos negócios de hoje: reconfigurar ou ser reconfigurado. Eles perceberam que a chave para posições de liderança na nova economia está no uso criativo dos fluxos de  activos desmaterializados (em oposição ao foco nos processos físicos).
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A consequência da reconfiguração é que sistemas de negócios inteiros - não apenas empresas individuais ou produtos - são re-organizados em novos padrões. Normann chama a esta reformulação "ecogenesis", a criação de um novo ecossistema.
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Continua.

terça-feira, junho 05, 2012

Arquitecto de paisagens competitivas (parte II)

Parte I.
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No primeiro capítulo de "Reframing Business - When the Map Changes the Landscape", Richard Normann descreve a evolução da figura que se segue:

Nesta parte pretendo exemplificar, com a minha experiência profissional, o que é isto da "Reconfiguração de sistemas criadores de valor".
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Entre 2000 e 2001 comecei a trabalhar com uma empresa industrial produtora de materiais de construção (para o imobiliário) apoiando-a na implementação e certificação de um sistema da qualidade.
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Hoje tenho e temos tendência a falar de "Construção" como todo um sector. Na verdade, esse sector tem duas grandes realidades a "Construção" (privada, imobiliário) e as "Obras Públicas".
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A empresa quando foi criada adoptou a relação que se segue com o mercado:
A empresa vendia a distribuidores, a armazenistas, que, por sua vez, vendiam a empreiteiros.
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A segunda metade da última década do século XX corria tão bem, a facturação crescia com uma tal segurança que a empresa decidiu alterar a sua relação privilegiada com o mercado:
A empresa deixou de trabalhar com muitos distribuidores e, com uma equipa comercial no terreno, começou a trabalhar as obras directamente e, assim, evitar dar margem aos distribuidores.
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Quando Guterres se demitiu, o mercado da construção privada começou a encolher, quando a empresa sentiu a quebra nas vendas tentou recuperar os distribuidores mas estes já tinham arranjado fornecedores alternativos.
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A facturação foi-se deteriorando e o mercado foi encolhendo. Então, em 2004 a empresa convidou-me para facilitar uma reflexão estratégica sobre o futuro.
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A análise do mercado feita na altura pode ser resumida nesta tabela SWOT simplificada:
A tabela TOWS dá uma lista do tipo de acções que podem fazer sentido:
Ou seja:

  • (O1S1) desenvolver e comercializar produtos técnicos de alto valor acrescentado
E vendê-los a quem? Os empreiteiros e distribuidores só raciocinam em termos do preço mais baixo...
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Então, começamos o trabalho de reconfigurar a criação de valor, começamos o exercício de arquitectar uma nova paisagem competitiva, começamos o desafio de mudar a perspectiva de abordagem ao mercado.
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Primeiro, passar para 2º plano as ligações a distribuidores e empreiteiros. Eles nunca vão abandonar a procura do preço mais baixo:
  • (O2S1S2) focar o mercado dos produtos prescritos por gabinetes; e
  • (O2SW3) trabalhar os gabinetes com produtos inovadores
Constituem 2 pistas sobre o caminho a seguir:


Trabalhar os Gabinetes de Arquitectura e de Engenharia divulgando os novos produtos, as suas vantagens técnicas, as vantagens para o progresso da obra, as vantagens para os Donos de obra, as vantagens para os utilizadores finais das construções. A ideia é a de fazer com que os Gabinetes prescrevam os produtos técnicos aos empreiteiros.
Esta abordagem pode ser fortalecida reforçando as relações entre a empresa e as universidades e politécnicos. Estas escolas fornecem os futuros prescritores e os futuros quadros dos empreiteiros. Desenvolver uma relação em que a empresa reforça a sua imagem de líder tecnológico, de solucionador de problemas, de inventor de novos produtos, de autoridade técnica.
Outra componente seguida foi o trabalhar estrategicamente a vertente da regulação, apostando na intervenção nas comissões técnicas de normalização, por exemplo, para, através de normas influenciar o trabalho dos prescritores e das universidades.
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Deste modo, a reflexão estratégica reconfigurou o sistema de criação de valor... a empresa já não vende um produto... o produto é o modelo de negócio, o produto é a configuração que reúne um conjunto de actores e cria uma sinfonia, uma harmonia de vantagens.
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Deste modo, a reflexão altera, constrói uma nova paisagem competitiva, com novos actores-chave e com novas regras.
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No próximo episódio vamos analisar este exemplo usando a terminologia de Normann.

quinta-feira, maio 24, 2012

Caracterização dos clientes-alvo

Com base no primeiro capítulo de "Duct tape marketing : the world's most practical small business marketing guide" de John Jantsch,  e com base em algo mais, aqui vai um esquema que sistematiza perguntas que podem ser utilizadas para caracterizar os clientes-alvo:
Clientes são os que pagam.
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Ao identificar o ecossistema da procura podemos identificar outros intervenientes que mereçam uma identificação semelhante a esta.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

"Milho" é para multinacionais, não se iludam

Desejo boa sorte a gente deste calibre, gente que não desiste e que vai à luta, gente que em vez de esperar pelo futuro, cria o seu futuro... ou pelo menos tenta fazer batota nesse sentido (e sabem como a batota é uma palavra que tanto aprecio).
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"Naturea: A marca portuguesa de luxo para cães e gatos"
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E mais, gente que aponta para o segmento premium!!!
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"A má notícia chegou em meados de 2010. Os novos proprietários de uma marca canadiana de pet food à venda em Portugal rescindiram contrato com a empresa de Raul Abraão por falta de consenso na definição de objectivos de vendas. O “azar”, como chama à contrariedade Raul Abraão, foi ao mesmo tempo o golpe de sorte dos cinco trabalhadores que constituem a equipa da Naturea. (Moi ici: O problema nunca é o que nos acontece mas o efeito que nós permitimos que esse acontecimento tenha sobre nós) Fundaram a Naturea – The Natural Grain Free Concept – em Setembro de 2010 e três meses depois a ração e os biscoitos para cão criados de raiz pela empresa portuguesa começam a suscitar interesse em Espanha. Hoje, são vendidos também na Alemanha, Eslováquia, República Checa, Lituânia, Áustria, Luxemburgo e Dinamarca."
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Qual é a minha preocupação e o meu conselho para reflexão? Isto:
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"A Naturea tem distribuidores exclusivos em nove mercados: Portugal, Espanha, Alemanha, Eslováquia, República Checa, Lituânia, Áustria, Luxemburgo e Dinamarca. E está de olhos postos no Canadá. “Decidimos trabalhar Portugal como mais um país porque rapidamente Espanha vai liderar o top das vendas: num mês apenas pusemos o produto à venda em 72 lojas em Madrid. Na Alemanha também vamos registar um bom resultado. O nosso distribuidor propõe-se a colocar a marca em cinco mil pontos de venda”. Em Portugal, concretamente na Grande Lisboa, a marca está nos lineares de 140 lojas e o objectivo é atingir 300 estabelecimentos no final deste ano."
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Marca premium, marca de luxo, não é marca para vendas em grande escala. Se é uma marca de luxo não compete pelo preço mais baixo. Se não compete pelo preço mais baixo não precisa de estar em todas as lojas, não precisa de inundar as prateleiras.
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Se é uma marca de luxo deve estar nas prateleiras dos espaços visitados pelos clientes-alvo que procuram esse tipo de produto.
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Se é uma marca de luxo deve trabalhar os prescritores que aconselham os clientes-alvo que procuram esse tipo de produto.
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Se é uma marca de luxo deve estar presente nas feiras, exposições, concursos caninos, sítios na internet sobre a alimentação animal, frequentados e visitados pelos clientes-alvo que procuram esse tipo de produto.
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Não acredito que existam 300 lojas na Grande Lisboa, ou 72 em Madrid que sejam rentáveis para a distribuição deste produto de luxo.
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Recordar:
Muita gente, espero que não seja o caso desta equipa da Naturea, age desta forma:
Primeiro pensam no produto e na produção, depois no escoamento e, por fim, no produto.
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Experimentem pensar e agir desta forma:
E não esquecer, os clientes-alvo precisam de uma proposta de valor. Mas também os donos das prateleiras-alvo, as visitadas pelos clientes-alvo, mas também os prescritores, os que aconselham os clientes-alvo... todo os actores no ecossistema, na cadeia da procura.
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Espero que não estejam iludidos com o crescimento pelo crescimento... isso, é "milho" para multinacionais.

sábado, fevereiro 11, 2012

Tantas lições

Um pequeno artigo sobre uma marca de mobiliário e tantas lições para os interessados!!!
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"Em 2008, a crise económica que desabou sobre a Europa já dava os primeiros sinais, com os investimentos, o empreendedorismo e os projetos inovadores a serem pensados e repensados, perante um cenário que não se adivinhava fácil.
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Ainda assim, Paula Sousa, uma jovem designer, então com 30 anos, já com provas dadas no sector, consolidadas com uma experiência profissional em Itália, pesou os prós e os contras, e com estudo, formação e dedicação, decidiu seguir um sonho antigo, "pontapeando" os vaticínios negativos dos indicadores económicos para estabelecer a sua própria empresa e a marca Munna. (Moi ici: A economia pode estar mal, contudo, isso não é razão para que uma empresa, ou um projecto em particular tenha de correr mal. Não é preciso correr mais do que o leão... basta correr mais do que outro corredor)
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Logo nos primeiros minutos de conversa com a empresária Paula Sousa, percebe-se os ingredientes de sucesso. "A paixão na criação dos produtos" é o conceito-chave no léxico da Munna, em que detalhes como "o serviço aos clientes, a qualidade das peças e a inovação", corporizam resultados económicos crescentes ano após ano.  (Moi ici: Quantas vezes escrevo aqui sobre a importância da paixão, aquilo que não aparece nas folhas de cálculo, nem é captável pelos algoritmos das instituições financeiras)
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A criadora partilhou com o DN o estilo que adotou para o mobiliário que cria: "Não fazemos peças minimalistas nem clássicas. Tentamos fazer algo único. Inspiramo-nos na história da arte do mobiliário e, dentro dos vários estilos que existem, selecionamos algumas formas e alguns conteúdos e adaptamos para um estilo moderno."  (Moi ici: Outra lição. Não competir por ser o melhor, tentar, procurar, desejar ser único. Estar num campeonato, num jogo à parte, num jogo em que as regras nos favorecem, em que podemos ser diferentes)
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No atual modelo de negócio, a Munna não aposta na produção própria. A empresa desenha as peças e depois subcontrata a sua execução física a outras firmas.  (Moi ici: Outra lição. Produzir é o mais fácil. Difícil, difícil é vender. Tanto empresário que se concentra única e exclusivamente nas máquinas, nas linhas de fabrico e descura a venda, o circuito que valoriza o que faz)
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A conjugação do design, da tecnologia e da tradição, da qual resulta as peças da Munna, tem sido uma fórmula de sucesso reconhecida em feiras e na imprensa especializada, que serviu de rampa de lançamento da marca quando, em 2008, a conceituada revista britânica Interior Designs for Professionals publicou uma peça da empresa na sua capa e elegeu uma das criações de Paula Sousa com uma das melhores do ano.  (Moi ici: Outra lição. O papel das feiras e o papel dos prescritores, começamos a entrar no ecossistema da procura, na criação e desenvolvimento de relações com outros agentes que podem influenciar os clientes)
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A aposta da Munna passa claramente pela internacionalização, pois tal como admite a empresária "Portugal é um país pequeno em consumo de design, sendo muito limitativo pensar apenas no mercado nacional". E a verdade é que o mobiliário português parece estar em alta em termos de aceitação internacional: "Ainda na última feira em que estivemos verificámos que muitos clientes estão a escolher fornecedores portugueses, elogiando a qualidade, a inovação e o design", notou Paula Sousa.
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Perante tal potencial, a jovem empreendedora não hesita em deixar um conselho a outros criadores nacionais: "Recomendo que tenham persistência, ambição e capacidade para correr riscos e se lançarem neste mercado. Há enorme potencial para ser explorado, e quando se fala em crise acho que ela está no gestor e não nos criativos."  (Moi ici: Outra lição. Os gestores olham para números, aprenderam a trabalhar para a concorrência perfeita. Os criativos, recordar Hilary Austen, tentam alimentar a concorrência imperfeita)
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Trechos retirados de "Simbiose de 'design' e tradição leva criações além-fronteiras"

quarta-feira, outubro 26, 2011

Em sintonia

"Why Focusing on Your Target Customer and Defining Your Value Proposition Isn’t Enough for Business Success"
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Em sintonia com as ideias que sintetizamos nestas apresentações.
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Primeiro, quem são os clientes-alvo?
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Segundo, qual a proposta de valor?
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Terceiro, qual o mapa da estratégia?
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Quarto, que indicadores usar para monitorizar a execução da estratégia?
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Quinto, quais as iniciativas estratégicas que vão transformar a empresa de hoje na empresa do futuro desejado?
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Contudo, quem acompanha este blogue é capaz de chamar a atenção de que já não chega identificar os clientes-alvo. E os outros intervenientes, quem são? Parceiros, clientes dos clientes, prescritores-chave, reguladores, ... tenho de reformular a apresentação sobre os clientes-alvo.

sexta-feira, maio 20, 2011

Eu preferia outras montras

No semanário Vida Económica encontro:
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"Vicaima aproxima-se de segmentos premium"
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"Com o objectivo de mostrar, junto dos targets mais exigentes, a sua mais recente e luxuosa colecção de portas de interiores, a Vicaima decidiu marcar presença, através de publicidade estática, no Clube de Golfe dos Economistas. A empresa familiar portuguesa, que se dedica à transformação e distribuição de madeiras e derivados, reforça, assim, o seu envolvimento na valorização de uma modalidade desportiva ligada aos segmentos Premium."
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Olhando para o ecossistema da procura:
Privilegiaria o contacto com os prescritores, gabinetes de arquitectura que podem influenciar quer os aplicadores, quer os consumidores.
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Privilegiaria o contacto com futuros arquitectos, futuros profissionais de design e de decoração, focando a transmissão de informação técnica sobre o desempenho dos produtos nas respectivas escolas, não falo de publicidade, falo de transmissão de conhecimento, de know-how... para cimentar a referência da marca como especialista, como inovadora, como premium.
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Quanto aos consumidores... são os homens que escolhem as coisas da casa à medida ou são as mulheres? Quantas mulheres praticam golfe? Que locais é que essas mulheres frequentam? Onde se aconselham? Onde buscam informação?

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Orquestrar um enredo

Este postal "Don’t Forget the Hidden Customer(s)" conjuga-se bem com esta imagem:
retirada de um postal de Steve Blank.
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Ou seja, chamar a atenção para o que pode ser a complexidade do que falamos quanto simplificamos a linguagem e o pensamento com a designação: clientes-alvo.
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Qual o problema que a nossa empresa pretende ajudar a resolver?
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Quem é que tem esse problema?
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O comprador? O utilizador? Quem paga? Quem prescreve? O dono das prateleiras?
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Precisamos de parceiros? (Prescritores? Legisladores? Divulgadores?)
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O truque, o belo, passa por orquestrar uma teia, um enredo, uma motivação que una todos estes intervenientes num mosaico de sinergias que torne a nossa opção a mais adequada, a conclusão natural.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Um exemplo de como lidar com os prescritores

"Las Vegas hotel mogul Steve Wynn knows whom to impress to generate positive word of mouth. The creator of the Mirage, Bellagio, and the Wynn Las Vegas hotels said it's not the high rollers or political fat-cats. His most important audience is Las Vegas taxi drivers. (Moi ici: Não pagam, não recebem, não frequentam o serviço, fornecem informação e influenciam os utilizadores)
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"Visitors to Las Vegas will ask a cab driver about a place, and believe everything he says," Wynn told attendees at THE Conference on Marketing. "I have never built a hotel without having special bathrooms and vending machines set up for cab drivers." He also invites their families to special events at his hotel. "We need word of mouth. It's the most powerful force in marketing.""
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Trecho retirado de Elizabeth Glagowski, “Wynn, Home Depot Talk Trust, Employees, and Enablement,” 1to1 Weekly (April 2, 2007): p. 3.