Mostrar mensagens com a etiqueta pares. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta pares. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, agosto 26, 2019

Aprender com os outros (parte II)

A fazer umas arrumações verifiquei que me esqueci de registar aqui no blogue dois texto do caderno de Economia do Expresso de 15 de Junho último. Dois textos que têm a mesma função do último postal sobre a Canada Goose: aprender com os outros a subir na escala de valor (volto a 2009 e ao exemplo dos pares).

O primeiro texto intitula-se "Sorema - Voar com um tapete pelo mundo":
"É um cenário bem diferente do que os irmãos relvas encontraram em 2000. Na altura, quando chegaram à direcção da empresa, a produção vivia do mercado doméstico e das marcas dos clientes.
"Percebemos que não iríamos sobreviver assim, por isso apostamos na subida da cadeia de valor", refere agora Ricardo. Nasceu, então, a Sorema Bath Fashion, uma colecção mais voltada para o segmento moda, de gama média. Seguiu-se a insígnia premium Graccioza, já com 50 espaços dedicados em lojas do El Corte Inglés, em Espanha, a diversificação da oferta para as toalhas, roupões, linha de praia, acessórios, coordenados e cortinas de casa de banho.
E o trabalho continuou com produtos mais tecnológicos, o que significa tapetes mais fofos, toalhas mais absorventes, mais densas, com tratamento antibacteriano resistente a lavagens.
...
Hoje, tem quatro designers, exporta 90 por cento do que faz para mercados europeus e América, sem esquecer a ásia, do Japão à Coreia do Sul e Singapura. Vende toalhas de rosto a €100, faz tapetes para iates e hotéis de luxo com fingimento especial e garantia de resistência da cor ao sol, ao cloro das piscinas, ao sal da água do mar."
O segundo exemplo intitula-se "Gierlings Velpor - Investir para andar sobre rodas":
"Na verdade, esta empresa fundada em1808. já habituada a exportar 90 por cento do que produz, começou por se dedicar aos tecidos ligeiros para vestuário. Reorganizou-se para trabalhar na área da decoração mais tarde, quando o mercado da moda se tornou "complexo e passou a ser controlado por grandes cadeias que definem o preço".
"Nós queremos definir as nossas margens e, por isso, tivemos de nos voltar para os tecidos mais técnicos e os veludos decorativos" resumeo presidente executivo desta empresa que tem uma quota de exportação de 90 por cento, em mercados europeus, do Reino Unido à Alemanha e a Espanha,  asiáticos e americanos. A Gierlings Retinir chegou, assim, à Ópera de Nova Iorque, a hotéis e teatros ern diferentes geografias, e acredita que os seus veludos são a solução ideal para um palco. Porquê? Constantino Silva responde: "Por ser tridimensional, o veludo não permite que a luz do interior passe para o exterior e tem propriedades acústicas. Até pode ser certificado com a garantia de que não há reflexão do som."" 

sábado, setembro 12, 2015

Outra vez o exemplo dos pares

Ao longo dos anos tenho escrito aqui no blogue o que penso sobre a importância do exemplo dos pares:

Esta semana tive mais uma comprovação desta crença.
.
Empresário de PME bem sucedida (cresce a pelo menos 15% ao ano nos últimos 3 anos, sem actividade comercial deliberada), foi visitar empresa do mesmo ramo no estrangeiro, cerca de 12 vezes maior em número de funcionários e muito mais ainda a nível de facturação, para ver máquina que pretende comprar a funcionar. 
.
A visita foi o equivalente a uma sessão intensa de exemplo dos pares. 
.
Ideias para melhorias e alterações desde os cartões de apresentação até aos relatórios que acompanham o produto, passando por uma sala de exposição do melhor que se consegue fazer e para que clientes.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Inovação: folclore versus realidade

Este discurso do presidente Cavaco Silva "Portugal “ainda está muito longe das metas da União Europeia e mesmo das metas que colocámos a nós próprios” no domínio da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, apesar da “recuperação verificada” na última década." (extraído deste artigo do Diário Económico de hoje), é o discurso da exortação, é o discurso do apelo, é o discurso da razão.
.
Contudo, como escreve Kotter, as pessoas (o material de que se fazem as organizações) não mudam por causa de argumentos racionais, mudam por causa do coração e da emoção.
.
Para conseguir converter pessoas à mudança, é preciso mostrar, é preciso alimentar os olhos, quando se vai pelo discurso racional... é muito mais difícil.
.
Daí que em vez de exortações, como já propus em tempos (aqui e aqui), devia-se apostar no exemplo dos pares.
.
IMHO em vez do presidente fazer um discurso de exortação racional, devia convidar empresários anónimos, de empresas anónimas (verdadeiros campeões escondidos e aqui) para que eles contassem a sua estória, para que eles mostrassem aos pares como é possível dar a volta.
.
E se não fosse o peso do cuco (à palmelão: vocês sabem do que eu estou a falar) nós já teríamos sentido, como sociedade, as consequências, necessariamente positivas, da revolução estrutural que ocorreu em muitas PME's portuguesas nos últimos anos:
  • a produção de calçado (mais de 80% para exportação);
  • a produção de mobiliário (mais de 80% para exportação);
  • a produção têxtil (mais de 80% para exportação):
  • ...
Os pares falam de coisas concretas, falam de experiências concretas, falam na primeira pessoa... o presidente fala em inovação e o nó é também esse: os pares bem sucedidos falam em resolver problemas não em inovação ""Don't focus on 'innovating', focus on trying to solve a problem" "