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segunda-feira, dezembro 13, 2021

A caminho de Mongo

"Welcome to the factory of the future: It's smaller, more nimble, and run by highly skilled Americans. Just as important, networks of these facilities could crop up across the United States, bringing manufacturing closer to your consumers and lessening your reliance on a crippled global supply chain."

Esta descrição de Mongo parece retirada deste blogue.

Trecho retirado de "The Factory of the Future Is Here--and It's Run by Americans (and Small Robots)"

sábado, julho 10, 2021

" olha para a mesma realidade e vê oportunidades"

Ao longo dos anos tenho escrito aqui no blogue sobre o advento de Mongo (aka Estranhistão) e sobre a democratização da produção, sobre os makers e makerspaces (ver marcadores abaixo).

Assim, como não sorrir ao ler "The Autonomous Factory: Innovation through Personalized Production at Scale" (a única coisa que me deixa algum desconforto é a interpretação que se possa dar aquele "at scale" porque penso naquele "tu não és do meu sangue", porque penso na paixão assimétrica das tribos).

Mongo não é só capacidade de produção customizada a custo aceitável, Mongo é também paixão, interacção entre produtor e utilizador, Mongo é pertença à mesma tribo. Julgo que muita gente ainda não percebeu isto, não basta ter capacidade produtiva, tem de se ser capaz de sonhar com e desafiar o outro, fazedor ou utilizador. Por isso, estas experiências feitas pelas Siemens deste mundo são bem vindas, aprecio-as pragmaticamente pelo trabalho de pavimentação que fazem para os pequenos que virão depois. Os pequenos nunca teriam poder para alterar leis feitas no "século XX" para proteger um mundo que se vai desvanecendo, tal como a Uber.

Vamos a alguns trechos do texto:

"Nowadays, consumers expect the ideal product in terms of size, material, shape, color, quality and other individual needs and specific requirements. Advances in technology and digitalization have created a significant market for individualized offerings. Personalization at scale has the potential to create $1.7 trillion to $3 trillion in overall new value. Capturing this value requires companies mastering the underlying technologies and enabling consumers to be their own product designers [Moi ici: Essa é a primeira fase "to be their own product designers", mas para isso não precisamos de empresas, precisamos de espaços ao estilo "Grab-and-Go" com máquinas 3D e pouco mais. A segunda fase é quando entram os designers, os desafiadores, os curadores, os que ajudam a afinar o gosto. Espaço para cooperativas de fazedores].

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Producing companies are therefore facing pressing questions: How can a production process evolve to meet these personalization demands? How to decide on the best automation strategy? And how will the future of production ultimately look like? It essentially comes down to the question: What to automate and to which degree? It can be all too easy to get carried away with automation for its own sake, but the result of this approach is almost always projects that cost too much, take too long to implement and fail to deliver against a company’s business objectives and operations strategy. [Moi ici: Este trecho faz logo lembrar as experiências da Mercedes e da Toyota que já entraram na fase da desautomatização por causa da flexibilidade que precisam. Li este trecho umas três vezes nas últimas 24 horas e sempre emergiu na minha mente a foto que serve de papel de parede numa sala de reuniões de uma empresa. No texto que escrevi em 2017 cometi um erro, assumi que a fábrica era anterior à electricidade. No entanto, depois percebi que no tecto estavam as lâmpadas ... eléctricas. O que ainda reforça mais a pergunta que faço no tal postal de 2017, "Quanto tempo?". Já temos as peças todas, mas ainda não aprendemos, ainda não dominamos como as vamos organizar. Julgo que o maior obstáculo está na mente, a formatação a que fomos sujeitos coloca-nos palas que escondem o que para quem virá mais tarde, será um duhhh!]

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The extent of twenty-first-century customization and personalization also requires production businesses accommodating a large variety of versions of any given product, which must be produced in smaller batches with very short lead times. This Low Volume – High Mix production typically means lot sizes of less than 20 pieces (occasionally, down to 1 piece only) per ordered lot, involving increased complexity and administration cost. The fundamental challenge for producing companies can therefore be formulated as: Maximizing overall productivity under

  • higher personalization (i.e. increasing variety of product versions)
  • smaller and variable lot sizes
  • shorter product life cycles (i.e. shorter time spans available to production)"

Lembram-se da VW e a Deutsche Post? A maior barreira é a formatação da nossa mente, sempre em busca da big bet idealizada no século XX. Incumbente, linha vermelha, vê a evolução acima "This Low Volume – High Mix production" como uma fuga do Paraíso, uma pedra no sapato. A organização do futuro, linha a preto, olha para a mesma realidade e vê oportunidades.

segunda-feira, julho 29, 2019

Democratização da produção (Parte IV)

Parte I, Parte II e Parte III.

Recordar "Quanto tempo?"
"Just as electrification did more than simply change the power source, leading companies to revamp their factory layouts, additive manufacturing will do more than increase flexibility and simplify assembly lines. It will allow for the overhaul of the industrial geography.
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Because additive manufacturing doesn’t depend on economies of scale, as conventional manufacturing does, factories can be much smaller. [Moi ici: O que dizemos aqui há anos!] They can focus on local markets rather than global demand — and then take this production to a new level of customer responsiveness.
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“Today, Jabil has over 100 factories throughout the world,” he said in an interview. “Ten years from now, we might have 1,000 factories — or 5,000 factories — all smaller, and each closer to where our end markets are and where people buy products. This would allow us to make products fully on demand, which is ultimately the most compelling aspect of 3D printing’s value proposition.
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Instead of drawing from global supply chains, the local factories that Dulchinos envisions will make most of their parts in-house. They will also need fewer parts and less assembly, though they will always need feeder materials. Thus, 3D printers integrated with software platforms promise to make countries more self-reliant in manufacturing. Companies will depend less on the flow of goods across continents, which would limit the damage from trade disputes. And they will do all of this while better giving customers what they want, on demand.
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Thanks to the versatility of later-stage Industry 4.0 production systems, these local factories will likely also make products across multiple industries. [Moi ici: Uma espécie de cooperativas ou makerspaces]
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Each local factory will therefore serve customers across many product categories and beat its focused, single-industry rivals. This “pan-industrial” approach would give an already diversified company such as Jabil a major competitive advantage over focused rivals. If this progression continues, at some point in the not-too-distant future a typical retail store will consist of a showroom in front and a factory — managed by Jabil or others — in back. The store clerks would be like industrial consultants, conferring with customers and making products to order for them on the spot." [Moi ici: Proximidade para assegurar co-criação]
Trechos retirados de "Jabil’s manufacturing leap".

quinta-feira, março 07, 2019

E quando Mongo "rouba" os trabalhadores?

Na parte V desta série "Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas? (parte V)" começo a abordar um tema que será cada vez mais relevante à medida que Mongo e a demografia avançarem:

Mongo vai dar poder aos makers, que poderão fazer uso de plataformas como a Crafted Society para chegarem ao consumidor. A tecnologia vai avançar para máquinas pequenas, boas para pequenas séries e trabalho customizado, que podem ser propriedade de um maker ou de uma cooperativa de makers. Ou seja, aquilo que refiro na parte IV e V sobre os carpinteiros, electricistas e outras profissões que preferem trabalhar por conta própria em vez de por conta de outrem, vai ter tendência a alargar-se a outras profissões tradicionais.

Mesmo sem Mongo, com uma demografia a gerar falta de trabalhadores, isto será cada vez mais frequente "Ohio Sonic drive-in staff quit after wages were reportedly reduced to $4/hour":
"The entire staff at three different Sonic fast-food drive-in restaurants in Ohio reportedly walked out to protest poor working conditions this past week."
Qual a alternativa? Talvez passe por coisas como esta "KitchenAid’s Key Ingredient: Investing in Workers. ‘It’s Not a Dead-End Job Anymore.’":
"Companies discover investment in workers as a way to keep churn low:
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As the U.S. labor market continues to tighten, companies are reaping decades of underinvestment in their workers. Blame it on a wave of skilled baby boomers retiring or colleges teaching the wrong things or a lack of loyalty among younger workers. The harder it gets to find the next generation of Jenni Hannas, the bigger the headaches get in the human-resources department.
“If you’re the person who is in charge of finding staff, they want you to go out and find the unicorn,” Andrew Angyal, founder of NexGen Recruiting in Youngstown, Ohio, said. “They want all these people with 10, 20 years of experience and, if you do happen to find them, it’s a big question of whether you can pay them enough.”"
Ao escrever estas linhas não consigo deixar de pensar no aumento do lobby das empresas junto dos reguladores e governos de turno para dificultar a vida aos freelancers do futuro.

quinta-feira, fevereiro 01, 2018

O festival de ANTRAIS

A propósito de "Impressão 3D. Uma revolução tão grande como foi a Internet" vamos esquecer a publicidade descarada à HP e mergulhemos no que está à vista e não é verbalizado:
"Daqui a menos de 20 anos, um em cada dois produtos industriais será impresso em 3D. [Moi ici: Acreditemos nestes números só para pensarmos nas consequências. O que vai acontecer ao modelo de produção herdado do século XX? O que vai acontecer ao modelo de emprego gerado pela Revolução Industrial? O que vai acontecer ao ecossistema do comércio herdado do século XX? O que vai acontecer à receita da impostagem sobre os circuitos comerciais do século XX?]
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“quando a Internet foi inventada, poucas pessoas imaginaram o impacto enorme que ela teria na forma como vivemos e trabalhamos. A impressão 3D pode ser uma repetição da História“. A frase é de um economista do banco holandês ING que elaborou um relatório aprofundado sobre a impressão 3D e sobre as últimas inovações nesta área, capazes de levar esta tecnologia da “infância” atual para uma revolução comparável à Internet. Uma preocupação fundamental do relatório é a seguinte: quando tudo for impresso em 3D, localmente, o que é que vai ser do comércio entre os países ou, por outras palavras, com que é que se vai encher os navios-contentores? ...
com a impressão 3D podem evaporar-se até 40% das trocas comerciais entre os países — não só as que viajam em navios-contentores mas por qualquer outra via. Se a impressão 3D evoluir tão rapidamente quanto se prevê no estudo, quase metade dos produtos irá deixar de ser fabricada num país e, depois, viajar até mais perto do consumidor final. [Moi ici: Interessante, os holandeses concentrados no modelo de negócio principal do país, porto de mar de entrada e saída de bens da Europa]
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A impressão 3D é mais do que um método de produção alternativo — pode ser uma revolução na forma como quase tudo é produzido, uma revolução no modelo económico que irá permitir mais personalização (e, portanto, mais valor acrescentado e mais receitas) e tempos de entrega mais rápidos, com a produção mais próxima do consumidor. [Moi ici: E mais do que a personalização, a co-criação. Eu, utilizador posso trabalhar em conjunto com o especialista em programação de sapatos para fazer a sapatilha à minha maneira e para o meu pé]
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Um modelo de produção em impressão 3D envolve menos mão de obra. Conforme os setores, pode poupar-se muito em todo o processo, desde menos pessoas a trabalhar em linhas de montagem até menos funcionários necessários para transportar matérias-primas e produtos.[Moi ici: Um modelo de produção em impressão 3D precisa de empresas ao estilo do século XX? Posso aceder a programas livres ou comprar um serviço de programação a um especialista/designer e ir fazer a impressão na makerspace cooperativa da minha zona]"
Conseguem imaginar o festival de ANTRAIS a pedir aos governos que proíbam a impressão 3D para salvar os modelos do século XX listados lá em cima?


domingo, novembro 19, 2017

Mais um exemplo da democratização da inovação

Um interessante exemplo da democratização da produção, da democratização da inovação e de Mongo relatado em "Nurse as Maker: Democratizing Medical Innovation Starts Here":
"what if research and development of medical devices was democratized? What if the practitioners who work most closely with patients were brought into the product innovation pipeline?
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With this in mind, the team is building programs to create technology literacy for practitioners, and is also working to build a platform to support a global network of health makers to engage in peer-to-peer learning.
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Nurses aren’t the only people empowered when given the necessary tools for innovation. The patient is the true beneficiary of democratizing the medical innovation process.
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It’s a great example of how a new shiny product alone isn’t always the best solution. Sometimes the best solutions are scrappy and created in close feedback loops packed with insights from real users—in this case, patients."
Recordar "A minha aposta: "make local for local""

Cooperativas de bairro que funcionam como makerspaces e onde os artesãos vão expor modelos e interagir com clientes

domingo, junho 12, 2016

“We became interested in low-volume manufacturing,”

O futuro já aqui está, embora muito mal distribuído e conhecido.
"“We became interested in low-volume manufacturing,” Venkat said. “What can we make, that could be successful in units of ten?”
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The low-volume idea was to make manufacturing faster and more varied, by dramatically lowering the output level at which a product would pay off. You can think of the analogy in TV programming. When there were only three networks, the only shows that could make it were those that could draw a mass audience. But with cable, and then with online videos and podcasting, much smaller and more specialized audiences were “large enough,” and we went from mass-cult Gidget and Get Smart to the much more varied, niche-sensitive, and more interesting  modern range from Breaking Bad to reality schlock. Another obvious comparison would be the shift from the standardized, bland-ized mega-brewery U.S. beer world of the mid-20th century, to the rapidly diversifying craft-brew renaissance of today.
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What does this mean, in practice? Without going into all the details, essentially the approach is a combination of the well-known, intangible digital tools of the modern era, with some very tangible, less-known-by-the-public maker-era tools that (as I argued before) are transforming production.
That is: the products coming out of this microfactory use cloud-centric digital techniques we’re all aware of including crowdsourcing, online collaboration, crowd-funding, online sales, open-source coding and design. But they also use the new production techniques, from the real world of real hardware, that have become available only in the past few years—and that keep improving thanks to Moore’s Law. These include 3D printers, laser cutters, low-cost but high-sophistication multi-axis machine tools, and a range of other devices. Together these tools allow people in smaller, less formal, much lower-cost workspaces to design, test, refine, and manufacture items that previously would have come required factory production lines—and to find audiences that collaborate in the process of design and, so far, have provided eager markets.
The operation also uses the social and collaborative tools of the era—shared work spaces, partnerships with local schools. The production tools are available for modest cost to local people who want to use them. “It’s like a manufacturing library,” Venkat said, with production equipment open for shared use. “The ‘books’ are available. We’re not going to read them to you, but you can find them here.
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An explicit goal of FirstBuild, like many of the maker sites we’ve seen around the country, is to become a center for local individuals and groups with ideas for innovative hardware that might sell.
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“We are trying to overcome the selection bias of needing to scale up for big-volume production,” Venkat told me. “We don’t have to design to a spec. We are making in small-batches, low volumes. We can make one, then the next one, then the next one. We want to be open to as many ideas as we can.”"
Ao ler "Jeff Bezos thinks we need to build industrial zones in space in order to save Earth" não pude deixar de pensar na possibilidade remota de Bezos ainda pensar no futuro como a "heavy industry" e as "gigantic factories"... o futuro vai ser uma grande salgalhada para as mentes uniformizadas do século XX.
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BTW, este "We don’t have to design to a spec." faz-me crer na importância das marcas pessoais no futuro. E na vantagem tuga da rapidez e do pouco planeamento:
Temos é de melhorar a reflexão.
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Trechos retirados de "Why the Maker Movement Matters: Part 2, Agility"

quinta-feira, maio 08, 2014

A força crescente da democratização da produção (parte II)

Parte I.
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Nem de propósito, acerca da democratização da produção, com a proliferação futura de makerspaces dos duendes do bairro, da cidade, do concelho, este texto:
"What used to be called “public goods” is today called “platforms”. A new form of a company is being born!
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Once the up-front costs have been incurred and the platform is established, the more people there are who are sharing the benefits, the greater the net present value of the whole value system becomes.  A platform company should therefore be as open, as accessible and as supportive as possible, to as many users as possible.  This is unequivocally the route to optimum value creation.  Moreover, the higher the value of the system, the costlier it becomes to all its members to replace it – creating a major barrier to entry.
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Restructuring a firm for the new world would require concurrent relative downsizing of legacy systems and upsizing of the new open platforms.  [Moi ici: Recordar isto, os "greenfield investments"] As both are explicitly costly things to do and the financial rewards of the latter are typically deferred, the exercise becomes challenging for incumbents to implement within the constraints of the existing financial frameworks. But it is happening!
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Internet scale economies can create almost boundless returns without the company growing at all.
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The sheer size of an enterprise will tend to mean less in the digital network business than in the world of physical goods. Companies don’t grow any more in the way they used to! It is the networks that grow!"
A par disto, outro tema comum aqui no blogue, o ecossistema da procura:
"But something else needs to change too: customer focus has been the dominant mantra in business. Everybody knows that everything should focus on the customer. However this is not enough any more.[Moi ici: Recordar "Acerca do ecossistema da procura"]
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The central aggregator of enterprise value will no longer be a value chain, but a network space, where these platform companies are fully market-facing and the customer experience is defined by applications connecting to the platform.
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The basis of executive power is shifting from being in charge to being connected. New leaders understand that power with people is much more effective than power over people. It is about integrating the best of networked thinking and leveraging the new platforms for value creation."
Trecho retirado de "Why companies don’t grow – The idea of the platform company"

segunda-feira, abril 28, 2014

"porque há-de continuar a existir "produção em massa"?"

O que pensar disto?
"On Wednesday, General Electric announced the launch of FirstBuild, a "microfactory" and open community for students, engineers, and innovators on the University of Louisville campus in Louisville, Kentucky. The company wants to create a new business model for the manufacturing industry by harnessing open innovation, the maker movement, and community involvement to build a revolutionary new wave of smart appliances.
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The company already has microfactories in Chandler, Arizona, Knoxville, Tennessee, Las Vegas, and Germany, and plans to open 100 microfactories around the world in the next 10 years.
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FirstBuild is meant to be a community of engineers, designers, hardware hackers, and anyone who is passionate about innovation in the appliance space.
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"It's about producing small batches of products and getting them into consumers' hands very fast," Tepper said. "We'll have rapid iterations on those products, by working with consumers, community engineers, and designers. Once we work on the project for a while, we can start mass producing."
Sem tirar nem pôr, a materialização do modelo de Mongo que desenvolvemos neste blogue há anos, os tais centros de produção artesanal local que permitem o diálogo entre fazedores e utilizadores.
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O último sublinhado, está a uma cor diferente porque ilustra uma outra vertente de reflexão, Mongo não é só o triunfo da "inovação aberta", havendo este contacto directo entre utilizadores e produtores, havendo o triunfo das tribos, porque há-de continuar a existir "produção em massa"?

"GE launches 'microfactory' to co-create the future of manufacturing"

sábado, março 01, 2014

Uma oportunidade para escolas que se queiram diferenciar

Num corpo anquilosado, dominado pelas corporações, há muito que se perdeu a razão de ser da sua existência.
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Num mundo em mudança, o corpo devia ajustar-se, nunca perdendo de vista a sua razão de ser: preparar as gerações futuras. Contudo, isso, seria pôr em causa os direitos adquiridos de muita gente e, assim, nunca veremos isto "What's the Maker Movement and Why Should I Care?"
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Uma oportunidade para escolas que se queiram diferenciar, para clientes-alvo que não vêem a escola como um depósito.

sexta-feira, novembro 08, 2013

A reacção dos incumbentes a Mongo passará por coisas como esta

À medida que Mongo avança, criam-se as condições para que mais e mais pessoas entrem na categoria de prosumers de Alvin Toffler, continuam como consumidores e transformam-se em produtores independentes.
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Essa mudança não vai ser bem recebida por quem actualmente produz, as empresas incumbentes. Um aliado dos incumbentes serão os Estados e todas as entidades que vivem de impostos. Se eu produzo para consumo próprio, toda uma série de transacções da produção até ao consumo final desaparecem. Assim, esta fase actual em que vivemos, em que os instalados acham engraçado o aparecimento de mais e mais "makers" e de mais e mais tecnologia que democratiza a produção e aumenta a variedade da oferta, há-de dar origem a uma fase de perseguição por parte do Estado e dos incumbentes porque lhes rouba receitas e lucros.
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Creio que não andaremos muito longe deste fascismo democrático "Los inspectores podrán entrar sin orden judicial en las viviendas que produzcan energía solar", concentrado em saber se tem uma printer 3D em casa e o que faz com ela, por exemplo.

quinta-feira, outubro 18, 2012

Mais do que uma "escola do futuro"

Escreve Chris Anderson em "Makers - The New Industrial Revolution":
"Making something that starts virtual but quickly becomes tactile and usable in the everyday world is satisfying in a way that pure pixels are not. The quest for "reality" ends up with making real things.
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This is not just speculation or wishful thinking - it can already be felt in a movement that's gathering steam at a rate that rivals the First Industrial Revolution and hasn't been since, well, the Web itself.
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Today there are nearly a thousand "makerspaces" - shared production facilities - around the world, and they're growing at an astounding rate: Shanghai alone is building one hundred of them. Many makerspaces are created by local communities, but they also include a chain of gym-style membership workshops called TechShop, run by a former executive of the Kinko's printing and copying chan and aiming to be as ubiquitous. Meanwhile, consider the rise of Etsy, a Web marketplace for Makers, with nearly a million sellers who sold more than $0.5 billion worth of their products on the site in 2011. Or the 100,000 people who come to the Maker Faire in San Mateo each year to share their work and learn from other Makers, just as they do at the scores of other Maker Faires around the world."
Agora vem uma citação que me deprime:
"Recognizing the power of this movement, in early 2012 the Obama administration launched a program to bring makerspaces into one thousand American schools over the next four years, complete with digital fabrication tools such as 3-D printers and laser cutters. In a sense, this is the return of the school workshop class, but now upgraded for the Web Age. And this time it's not designed to train workers for low-end-blue-collar jobs, but rather it's funded by the government's advanced manufacturing initiative aimed at creating a new generation of systems designers and production innovators."
Os funcionários de cá, entretiveram-se numa festa a torrar dinheiro na transformação arquitectónica de escolas em bunkers que consomem o triplo da electricidade, têm candeeiros Siza e ...
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O que vai fazendo cada vez mais diferença é a iniciativa privada. Há quinze dias, na zona da Grande Braga, fui visitar as obras de construção de uma "escola do futuro", uma versão de makerspace, hackerspace, montra virtual, espaço de troca de experiências, troca de conhecimentos, indutor de fertilização cruzada de diferentes tipos de Makers - malta das aplicações, da tecnologia, da culinária, do têxtil, da marroquinaria, da jardinagem...
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Ainda não tenho autorização, nem a pedi, para revelar mais sobre o projecto, mas não resisto a publicar algumas fotos do telemóvel: