Mostrar mensagens com a etiqueta impetus. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta impetus. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, agosto 07, 2017

Deixam-me a pensar

Um anónimo da província entretem-se a diletar:
"O conhecimento técnico, a aposta, constante, na qualidade, nos detalhes e no estabelecimento de “relações de confiança e de transparência” têm sido os grandes pilares de desenvolvimento da Impetus no mundo. A par da inovação. O grupo conta já com vários produtos patenteados e linhas específicas para desporto, com tecnologia que regula a humidade e transpiração, além das gamas Innovation (linha que armazena o calor corporal excessivo e volta a distribuí-lo em caso de necessidade, uma tecnologia desenvolvida pela NASA para os astronautas), Thermo (para proteger do frio, no inverno) e ProtectDry (roupa interior para incontinentes, lavável e reutilizável, e com tecnologia que elimina odores). Este último é um produto que está a ser vendido, em força, na grande distribuição, com destaque para Portugal, Espanha, Suíça, Alemanha, EUA e Suécia e com entrada, em breve, na Rússia e na África do Sul.
...
O Citeve e a Universidade do Minho são parceiros de excelência em I&D. Recentemente, chegou ao mercado a linha de roupa interior com certificado orgânico, que garante um fabrico socialmente sustentável e sem uso de químicos.
...
O objetivo é o aumento da capacidade produtiva por via da aquisição de novos equipamentos, alguns dos quais completamente inovadores no país
...
A consolidação de mercados é a grande prioridade da Impetus, que exporta 98% do que produz, com especial destaque para mercados como Espanha, França, México, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Noruega, estes últimos em regime de subcontratação para outras marcas, o chamado private label, caso da Calvin Klein ou da Tommy Hilfiger, entre muitos outros. A marca própria vale 25%.
...
Mas o private label, mesmo incerto, é o que nos tem mantido até aos dias de hoje."
Recordar:

No que fico a pensar?

Algo que passou na conversa que deu origem a este postal da semana passada "Em busca de um novo oásis": a fraqueza relativa das marcas próprias (comparar com a opinião de 2011) e o crescente encanto com o private label, talvez por causa do ruir do retalho tradicional.

E volto aquela preocupação de Dezembro de 2011. Assim como na série "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa" abordo a relação entre estratégia e estrutura produtiva, este artigo onde se fala de investigação e de "grande distribuição" e o de Dezembro de 2011, deixam-me a pensar se não há algo a melhorar a nível de relação entre estratégia, propostas de valor e estrutura de vendas.



Trechos retirados de "Impetus. O ‘underwear’ de Casillas está a investir 3 milhões"

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Spin-off à vista?

Tudo começa pela observação da realidade... uns números interessantes:
"Foram os números que chamaram a atenção da Impetus, empresa têxtil de Barcelos, especializada no fabrico de roupa interior. Em Portugal, 600 mil pessoas têm problemas de incontinência, mais de metade dos residentes em lares de terceira idade são incontinentes e 28,7% dos atletas entre os 14 e os 40 anos sofrem de perdas de urina devido ao esforço físico. Em França, há quatro milhões de pessoas com este problema; nos Estados Unidos, são 30 milhões."
Depois, a descoberta de um trabalho por fazer:
""Para além da roupa interior e das marcas que possuímos, entendemos que poderíamos ir mais além. Com o nosso conhecimento e o da Universidade do Minho, poderíamos produzir produtos que iriam além da moda, nomeadamente na área da saúde", diz Alberto Figueiredo, presidente da Impetus, numa declaração enviada por email."
Depois, o desenvolvimento dos materiais e produtos capazes de serem contratados para a realização desse trabalho: 
"Com esta ideia em mente, a empresa têxtil que também representa em Portugal as marcas Eden Park e Coup de Coeur, lançou o desafio ao Grupo de Investigação em Materiais Fibrosos (FMRG - Fibrous Materials Research Group) da Escola de Engenharia da Universidade do Minho para delinear um projecto de inovação. Raul Fangueiro, coordenador do FMRG, explica que a intenção é desenvolver "vestuário interior multifuncional para áreas técnicas avançadas, como a saúde e a protecção pessoal, recorrendo a fibras e estruturas fibrosas avançadas de última geração"."
Depois, o teste junto de potenciais utilizadores:
"O produto foi testado não só em laboratório, mas também por 30 doentes do Instituto Português de Oncologia que sofriam de pequenas perdas de urina e eram utilizadores regulares de pensos. Cada um recebeu dois exemplares do Protech Dry e os resultados foram animadores. Revelaram uma satisfação de 100% no conforto, absorção e desempenho, mesmo após repetidas lavagens. "O contacto com pacientes sofrendo desta patologia deixou transparecer o forte carácter emocional ligado a este problema, com impacto significativo na sua auto-estima", sublinha Raul Fangeiro. Depois de testado e aprovado, o produto foi certificado pelo Infarmed como dispositivo médico (classe I).
Por fim:
"O primeiro resultado visível desta parceria já está à venda nas farmácias e parafarmácias, e através da Internet. Trata-se do Protech Dry, roupa interior para homem e mulher que pode ser usada em situações de perda de urina ligeira e moderada."

 NOTA: "diz Alberto Figueiredo, presidente da Impetus, numa declaração enviada por email.
O empresário está em constante movimento, com o tempo apertado pela agenda e dividido num negócio que arrancou em 1974 e foi crescendo até atingir, em 2010, uma facturação de 32 milhões de euros, 775 trabalhadores e presença em 35 mercados."
.
Em constante movimento mas com tempo para ler e reflectir. Foi o primeiro empresário a contactar-me para fazer uma apresentação das ideias do livro "Balanced Scorecard - Concentrar uma organização no que é essencial" à sua equipa.
.
.
Na minha opinião, separava já uma unidade específica para tratar deste vector saúde. Os cliente-alvo, as experiências procuradas e valorizadas são diferentes, os materiais são diferentes, os ciclos de compra são diferentes... a evolução vai seguir por outros caminhos... outro mosaico!
.
E não esquecer esta verdade "Actually, small companies are better at innovation than large companies"
.
ADENDA: A melhor inovação é a que se faz para resolver problemas 

terça-feira, outubro 18, 2011

É a crise, outra história portuguesa...

"Em 1990 pensámos que havia vantagens em criar uma marca própria e especializar-mo-nos num produto" (Moi ici: Sábia visão, tomada no tempo das vacas gordas quando o mais fácil era seguir o caminho mais percorrido e aproveitar a adesão à então CEE para, com salários baixos e moeda fraca, ganhar dinheiro fácil - nunca é fácil, é só uma força de expressão)
...
"A crise afecta principalmente quem se vira para o mercado interno", aponta Alberto Figueiredo. Mas, como o mercado nacional significa "pouco mais de 3%" das vendas da Impetus o futuro está resguardado." (Moi ici: By-pass ao país, conselho dado à muito tempo neste espaço)
...
"Assim, Alberto Figueiredo, que "no início só queria ganhar dinheiro para dar qualidade de vida" à família, bem pode sorrir. A empresa vai de vento em popa, é uma das principais empregadoras do concelho de Esposende (do qual Figueiredo já foi autarca) e, em 2010, "cresceu 20% nas exportações". E daqui a dez anos, poderá estar ainda melhor. "Então, deveremos ter uma empresa mais sólida, capaz de dar melhores condições aos trabalhadores, e que contribua para o sucesso do País", deseja o dirigente da marca que cresceu... num ímpeto." (Moi ici: O que é que uma empresa como a Impetus precisa para crescer? Que o Estado não atrapalhe mais, que o Estado não vampirize mais, essa será a grande contribuição de um qualquer governo que queira contribuir para a economia saudável deste país)
.
Discurso optimista típico de quem maneja bosta e tem de pensar à la longue, gente que não está à espera de umas eleições libertadoras que lhe permitam ir gozar o panorama para uma ilha no Pacífico ou para a Sorbonne.
.
Trechos retirados de "Num ímpeto, da pequena fábrica à expansão mundial"

segunda-feira, agosto 25, 2008

Especulação (parte III)

Continuado daqui.
.
No postal anterior colocámos a interrogação sobre que oportunidades surgirão com o aumento do mercado interno dos países emergentes.
.
Pois bem, o semanário Expresso do passado fim-de-semana apresenta um exemplo dessas oportunidades que podem ser aproveitadas, que podem ser criadas.
.
Do artigo "Roupa interior da Impetus vai aparecer mais na China", assinado por Margarida Cardoso, saliento os trechos:
.
"Cinco anos depois de entrar na China a convite dos responsáveis de um centro comercial de luxo de Pequim, a Impetus quer acelerar o seu crescimento no país. O objectivo é garantir presença em 60 pontos de venda multimarca dentro de dois anos."
.
Ou seja, encarar a China não como um fornecedor, mas como um mercado atractivo... não esquer cer aquele número:
.
"On an average day 60,000 people visit Printemps, and 100,000 on Saturdays. Of last year’s €550m total sales, 20 per cent were to tourists. Russians were the top foreign customers, overtaking the Japanese; visitors from China were third. Those three countries accounted for 36 per cent of the store’s international sales in 2007".
.
Quem tiver uma marca com status, com força ... tem de aproveitar.