Mostrar mensagens com a etiqueta factos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta factos. Mostrar todas as mensagens

sábado, julho 14, 2018

"reality denial is more about identity than information"

Relacionar "Afinal não há dinheiro"  com "How to Talk to Someone Who Refuses to Accept Reality, According to Behavioral Science":
"Facts don't win arguments.
...
When faced with threatening information, people often stick their heads in the sand.
...
The problem is almost certainly one of emotions, not knowledge.
...
And because reality denial is more about identity than information, throwing facts at the problem usually backfires. "Research on a phenomenon called the backfire effect shows we tend to dig in our heels when we are presented with facts that cause us to feel bad about our identity, self-worth, worldview or group belonging,""





sexta-feira, abril 01, 2016

A sua empresa quer aprender? (parte II)

Parte I.
.
Como é que se tomam as decisões na sua empresa?
.
As decisões são tomadas baseadas em factos?
.
A propósito de "Escolas com altas taxas de ‘chumbos’ ou abandono precoce têm prioridade na redução de alunos" para que serve a medida, qual o seu propósito?
.
.
Melhorar o desempenho dos alunos ou arranjar mais emprego para professores?
.
Estes trechos são interessantes:
"Virtually everywhere in the world, parents and policymakers take it for granted that smaller classes are better classes.
...
When the governor of California announced sweeping plans to reduce the size of his state’s classes, his popularity doubled within three weeks.
...
To this day, 77 percent of Americans think that it makes more sense to use taxpayer money to lower class sizes than to raise teachers’ salaries. Do you know how few things 77 percent of Americans agree on?
...
In 2001, there were twenty-three fifth graders. The next year there were ten! Between 2001 and 2002, everything else in that school remained the same. It had the same teachers, the same principal, the same textbooks. It was in the same building in the same town. The local economy and the local population were virtually identical. The only thing that changed was the number of students in fifth grade. If the students in the year with a larger enrollment did better than the students in the year with a smaller one, then we can be pretty sure that it was because of the size of the class, right? This is what is called a “natural experiment.” Sometimes scientists set up formal experiments to try and test hypotheses. But on rare occasions the real world provides a natural way of testing the same theory—and natural experiments have many advantages over formal experiments. So what happens if you use the natural experiment of Connecticut—and compare the year-to-year results of every child who happens to have been in a small class with the results of those who happened to have come along in years with lots of kids? The economist Caroline Hoxby has done just that, looking at every elementary school in the state of Connecticut, and here’s what she found: Nothing! ...
This is just one study, of course. But the picture doesn’t get any clearer if you look at all the studies of class size—and there have been hundreds done over the years. Fifteen percent find statistically significant evidence that students do better in smaller classes. Roughly the same number find that students do worse in smaller classes. Twenty percent are like Hoxby’s and find no effect at all—and the balance find a little bit of evidence in either direction that isn’t strong enough to draw any real conclusions.
...
After sorting through thousands of pages of data on student performance from eighteen separate countries, the economists concluded that there were only two places in the world—Greece and Iceland—where there were “nontrivial beneficial effects of reduced class sizes.” Greece and Iceland? The push to lower class sizes in the United States resulted in something like a quarter million new teachers being hired between 1996 and 2004. Over that same period, per-pupil spending in the United States soared 21 percent—with nearly all of those many tens of billions of new dollars spent on hiring those extra teachers. It’s safe to say that there isn’t a single profession in the world that has increased its numbers over the past two decades by as much or as quickly or at such expense as teaching has.
...
What if the relationship between the number of children in a classroom and academic performance is not this:
...
What if it’s this?
...
a smaller classroom translates to a better outcome only if teachers change their teaching style when given a lower workload. And what the evidence suggests is that in this midrange, teachers don’t necessarily do that. They just work less. This is only human nature.
...
The small class is, in other words, potentially as difficult for a teacher to manage as the very large class. In one case, the problem is the number of potential interactions to manage. In the other case, it is the intensity of the potential interactions. As another teacher memorably put it, when a class gets too small, the students start acting “like siblings in the backseat of a car. There is simply no way for the cantankerous kids to get away from one another.”"
Trechos retirados de "David & Goliath" de Malcolm Gladwell

quinta-feira, dezembro 17, 2015

A sua empresa quer aprender?

Leia estes trechos retirados de "Redução de IVA na restauração é medida cara, ineficaz e iníqua, diz TC francês":
"Depois de longas e intensas negociações com Bruxelas, França conseguiu obter luz verde para reduzir a taxa aplicada à restauração de 19,6% para 5,5%, conseguindo encaixar todo o sector no tratamento excepcional aberto pela Comissão Europeia para as actividades intensivas em mão-de-obra com o objectivo de apoiar o emprego.
.
Em troca, os profissionais do sector comprometeram-se a repercutir no consumidor a redução do IVA em pelo menos sete produtos e criar 40 mil postos de trabalho adicionais em dois anos. Sete anos mais tarde, o balanço não é encorajador. Embora a taxa aplicada à restauração tenha subido desde então por duas vezes (para 7% em 2012 e 10% em 2014), a descida do IVA significou uma perda anual média de 2,6 mil milhões de euros para os cofres do Estado e não teve o efeito desejado sobre o emprego, nem sobre o custo suportado pelos consumidores.
...
 "A descida da taxa do IVA revelou ser um instrumento menos eficaz para apoiar o trabalho do que isenções das contribuições sociais", observa o Tribunal de Contas no seu relatório.
...
Além disso, esta redução do IVA apenas em parte beneficiou os consumidores. Só 20% da redução da tributação foi repercutida nos preços finais, pelo que o essencial da medida permitiu melhorar as margens do sector.
.
O relatório noticiado pelo jornal de economia francês conclui ainda que foram as famílias mais ricas, que frequentam mais os restaurantes, as mais beneficiadas."
O que é que acha que o governo português vai fazer cá em Portugal?
.
Vai fazer o mesmo e vamos ter os mesmos resultados.
.
No entanto, um governo sério, de qualquer cor partidária, devia olhar para este estudo e interrogar-se e ter dúvidas e procurar aprender com os erros dos outros.
.
Acha que o vão fazer?
.
Por que não o vão fazer?
.
Falta-lhes informação? Falta-lhes pessoas para estudar a informação? Falta-lhes consultores para os apoiarem?
.
.
.
.
.
É só um problema de estar disponível e alerta para aprender e, depois, ter coragem de mudar de opinião. Citando Keynes que tanto adoram:
""When the facts change, I change my mind. What do you do, sir?""
E a sua empresa... está disponível para aprender? O que é que ela faz para descobrir as experiências dos outros? O que é que ela faz para poder analisar as experiências dos outros? O que é que ela faz para aprender com a experiência e, sobretudo, os erros dos outros?
.
Ou vai querer fazer a mesma figura deste governo? Coerente mas errado!
.
Se quiser mudar de vida, será que podemos ajudar?
.
Um dos princípios de gestão sugeridos pela ISO 9000 é o da abordagem à tomada de decisões baseada em factos.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Quem está certo

O editorial do Público de hoje, assinado por José Manuel Fernandes, começa assim:
"Pior do que Portugal, só a Polónia. Os dados foram ontem divulgados num relatório da União Europeia e indicam que o risco de pobreza entre as crianças é muito elevado em Portugal. Depois das transferências da segurança social, 21 por cento das crianças portuguesas viviam em famílias em risco de pobreza"

No Corrieri della Sera lê-se:
"Ue: in Italia 25% bimbi a rischio povertà - In Italia un bimbo su 4 è a rischio povertà. L’allarme viene dalla Commissione europea, che ha presentato il suo rapporto sulla "Protezione sociale". Peggio dei nostri ragazzi tra gli 0 e i 17 anni stanno i lituani, i romeni, gli ungheresi, i lettoni e i polacchi. La media Ue è del 19% per i bambini, contro il 16% della popolazione complessiva. L’Italia batte anche questa media, con un totale di cittadini a rischio povertà del 20%, più che in Romania (19%). "

Go figure, porquê estas disparidades? Lembro-me logo de um certo candidato à presidência da república que defendeu que dois adultos, perante os mesmos factos chegam às mesmas conclusões... pois!

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Factos vs retórica (parte III)

A propósito das previsões dos governos, era interessante que alguém recordasse ao ministro das Finanças, a propósito das suas palavras, estes factos e, pedisse um comentário.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Factos vs retórica (parte II)

Neste postal escrevemos:

"Seria interessante, não só para avaliar o grau de benefício da dúvida que o ministro “merece, mas também para avaliar o grau de interesse, e capacidade de previsão e análise, dos políticos, jornalistas, comentadores e fiscalistas, comparar o que todos disseram que ia acontecer durante 2007, e o que realmente aconteceu.
Como não fazemos a comparação, quem promete e quem critica, está sempre bem! Basta oratória ou um pouco de retórica e cumpre-se o número."

Pois bem, o Jornal de Negócios de ontem fez os cálculos e... "Governos falham mais que FMI"

quarta-feira, outubro 17, 2007

Factos vs retórica

Há anos, com a leitura do livro “Keeping Score”, de Mark Graham Brown, aprendi que medir por medir, afinal não era uma doença exclusivamente nossa, portuguesa, representava, segundo o autor, um dos três tipos de erros mais comuns num processo de medição (a saber: olhar para o último número apenas, não analisar tendências; olhar para tabelas de números e não apreciar o gráfico; e não comparar os resultados com um referencial”).

Medimos, para que a informação obtida nos ajude a tomar decisões, ou a tomar melhores decisões.

Assim, medimos, para comparar o resultado obtido com um referencial, e tirar conclusões e tomar decisões. Se não há um referencial… estamos perante um ritual e nada mais. Em função do estado de espírito… decide-se A ou B.

Isto tudo a propósito das palavras do ministro das Finanças à RTP, que voltei a encontrar nas páginas do Jornal de Negócios da passada segunda-feira, “Mereço, pelo menos, o benefício da dúvida”.

E a propósito de na passada sexta-feira, na SIC-Notícias ter oportunidade de assistir ao programa “Expresso-da-meia-noite” sobre o Orçamento de Estado para 2008.

Recordo-me de em 2006, está quase a fazer um ano, ter assistido ao mesmo programa, onde se discutiu a proposta de orçamento para 2007.

Seria interessante, não só para avaliar o grau de benefício da dúvida que o ministro “merece, mas também para avaliar o grau de interesse, e capacidade de previsão e análise, dos políticos, jornalistas, comentadores e fiscalistas, comparar o que todos disseram que ia acontecer durante 2007, e o que realmente aconteceu.

Como não fazemos a comparação, quem promete e quem critica, está sempre bem!
Basta oratória ou um pouco de retórica e cumpre-se o número.Se compararmos, se colocarmos lado a lado, frente a frente, as fotografias, os recortes do que se disse, e de quem disse, com as fotografias, as descrições do que aconteceu na realidade… outro galo cantaria!

Nada de retórica, factos contra factos!

Assim, estamos sempre a começar.

sexta-feira, junho 22, 2007

Factos vs Retórica

Qual a relação entre o desempenho de uma organização e a série de televisão “House”?Quando a equipa do Dr. House olha, para umas chapas de Rx, ou para os resultados de umas análises ao sangue, ou para… compara mentalmente uma imagem do que devia ser “should be”, com a imagem concreta que tem à sua frente o “as is”.

Toda a actuação da equipa tem por finalidade colmatar, eliminar a diferença entre o “as is” e o “should be”.

Quantas organizações, ao iniciarem uma iniciativa de mudança, um projecto de transformação, têm definido à priori, o ponto de chegada?

Ter definido o ponto de chegada à priori, é radicalmente diferente: quando isso acontece, avaliar o desempenho do projecto de transformação é muito mais claro, muito mais transparente.
A avaliação quase que é factual:
Basta comparar a foto do desempenho antes, com a foto com o desempenho depois.

Quando não há foto do ponto de chegada desejado, estamos no reino da retórica.

-Então, o projecto foi bem sucedido?
-Sim, claro!
-Mas porquê? Porque afirma isso?
-Porque sim!!! Porque trabalhámos muito, porque fizemos muitas coisas, porque cumprimos o plano de trabalho, porque…

Palavras, palavras, palavras. Contudo, sem fotos do antes e do depois… é difícil abandonar o reino da retórica, da conversa, da subjectividade... já sabem, da treta.