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quinta-feira, setembro 03, 2009

O betão do nosso descontentamento

Este artigo do jornal i “Governo acelera nas obras públicas e "lança" mais 320 km de novas estradas” faz recordar estas palavras de Álvaro Santos Pereira no livro “O Medo do Insucesso Nacional”:

“o que será melhor para combater a crise, mais estradas ou menos impostos? O que será mais indicado para aumentar a competitividade das nossas empresas, mais estradas ou menos impostos? O que será mais importante para atrair mais investimento estrangeiro, mais estradas ou menos impostos? Entre mais estradas e menos impostos a escolha é simples: menos impostos.”

“A verdade é que o futuro do país não depende nem do TGV, nem de mais estradas, nem sequer do novo aeroporto internacional. O futuro do país e da economia nacional dependem de um único factor: a competitividade das nossas empresas, isto é, de quão competitivos os nossos produtos forem em relação aos produtos dos nossos concorrentes.

E como é que conseguirão as nossas empresas competir nos mercados nacionais e internacionais? Tornando-se mais produtivas e produzindo bens e serviços com maior valor acrescentado. Para o conseguirem, não precisam nem de um comboio de alta velocidade, nem de infra-estruturas aeroportuárias adicionais. Precisam de maior inovação, de maior empreendedorismo e de maior produtividade. Para além da desburocratização do Estado, de um bom capital humano e de uma Justiça célere e eficiente, a melhor forma de aumentar a atractividade e a competitividade das nossas empresas é oferecendo-lhes maior margem de manobra financeira face aos seus concorrentes. Como? Baixando-lhes os seus impostos e contribuições sociais.”

Já agora convém tomar nota destes números: “Em 2005, o peso da construção no emprego era 50% superior à média da UE, antecipando a quase inevitabilidade de perda de muitos milhares de empregos nesse sector (como vinha a verificar-se, mesmo antes da crise financeira).”

quinta-feira, outubro 11, 2007

Sol de pouca dura!

Na manhã de ontem, ouvi estas palavras delicodoces do ministro Mário Silva, acerca da abertura do último troço do Eixo Norte-Sul:

"«Têm uma economia em tempo e em quilómetros por dia. Vai ter uma redução muito forte de CO2. O impacto desta via nessa matéria equivale a tirar oito mil veículos da circulação»"

Será que o ministro acredita mesmo nisto? Será que o ministro não sabe (não acredito) que existe uma relação viciada, contaminada, entre carros e estradas.


Quando aumenta o número de carros a circular nas estradas, aumenta a pressão para construir mais estradas. Quando se constrói uma nova estrada, diminuem os engarrafamentos e as bolas vermelhas no tráfego automóvel.

Como diminui a congestão do trânsito, torna-se mais atractivo usar as estradas, logo... aumenta o número de carros a circular nas estradas. Here we go again!