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sexta-feira, outubro 12, 2018

Teoria conspirativa

Estes tweets:
 

Fizeram-me lembrar este trecho de Meses:
"The driving force of the market process is provided neither by the consumers nor by the owners of the means of productions-land, capital goods, and labor-but by the promoting and speculating entrepreneurs . . . Profit-seeking speculation is the driving force of the market as it is the driving force of production."
Uma teoria conspirativa defenderá a tese de que os legisladores estarão ao serviço dos especuladores para criar toda uma variedade de barreiras que geram lucro. Se não houvesse barreiras, o lucro seria muito menor. Os incumbentes esfregarão as mãos com estas alterações legislativas.

segunda-feira, julho 09, 2018

Qual é a teoria da conspiração?

Ao ler "That Noise You Hear Is the Sound of Globalization Going Into Reverse" nasceu em mim uma teoria da conspiração.

Há muito neste blogue que se fala do refluxo da maré da globalização e da reindustrialização da Europa. Fenómeno que represento metaforicamente com uma imagem da Torre de Babel. Por exemplo:
E nunca esquecer uma especulação feita aqui em Agosto de 2008.

Qual é a teoria da conspiração?

10 anos depois do pico da globalização, 10 anos depois da maré ter mudado, 10 anos depois de se começar a falar em reindustrialização do Ocidente é que se inicia uma guerra de taxas alfandegárias? Quem é que tem a ganhar com isso?

As empresas que foram para a China mantiveram-se em jogo com base no preço/custo e nunca foram obrigadas, ou sentiram necessidade de um esforço de subida na escala de valor. Agora que o modelo baseado na China deixa de ser viável até para essas empresas grandes, elas percebem que não têm ADN competitivo para outra forma de competição. Por isso, sentem que precisam de tempo para arranjar uma alternativa. Nada que uma mão amiga no poder político não possa fazer: criar uma barreira alfandegária protectora.

Quem serão os principais prejudicados? 

Os consumidores e ... as empresas que nunca embarcaram na produção na China e, por isso, tiveram de se adaptar ao mundo competitivo tendo em conta outros factores que não o preço.

BTW, o título do Wall Street Journal é um bom sinal da cegueira em que o mainstream financeiro vive face à economia real. Até parece que a globalização só agora vai ser revertida. Come on!

sábado, junho 13, 2009

Será que isto é um sintoma do decoupling?

Depois desta previsão, serão estas as consequências?
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"China's National Bureau of Statistics said yesterday that industrial output jumped 8.9pc in May, compared with a 7.3pc rise in April, and higher that a median forecast of 7.5pc growth.
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Retail sales in China rose 15.2pc in the year to May, following a 14.8pc increase in April, which was also ahead of forecasts. They were the latest signs to suggest that the Government's $585bn (£355bn) stimulus is working.
Richard Snook, senior economist at the Centre for Economics and Business Research, said the array of data from China in the past week "showed this emerging powerhouse is maintaining robust growth in industrial and consumer markets.""
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Trechos retirados de "Chinese rise in industrial output raises hopes of end to global recession"
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Até porque "Chinese Imports In May Dropped 25% And Exports 26%" e já agora:
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"Separately, a state news agency said that China's investment in fixed assets - such as factories and real estate - surged 32.9% in the first five months of the year from the same period last year."

quinta-feira, julho 17, 2008

Um pouco de ironia

Quando se lê no Diário Económico, na internet, "Bancos portugueses são dos menos saudáveis da Europa", assinado por Pedro Latoeiro e Maria Ana Barroso com Marta Reis.
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Não consigo deixar de pensar no jeito que as grandes obras do Programão, e agora também o nuclear, dariam aos bancos... é a nossa versão de:
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"Recession-Plagued Nation Demands New Bubble To Invest In"
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Quanta verdade se encontra escancarada, e por isso escondida ( à la Poe) na bonecada do Contra-Informação.
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Um trecho delicioso:
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""Perhaps the new bubble could have something to do with watching movies on cell phones," said investment banker Greg Carlisle of the New York firm Carlisle, Shaloe & Graves. "Or, say, medicine, or shipping. Or clouds. The manner of bubble isn't important—just as long as it creates a hugely overvalued market based on nothing more than whimsical fantasy and saddled with the potential for a long-term accrual of debts that will never be paid back, thereby unleashing a ripple effect that will take nearly a decade to correct.""
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""The U.S. economy cannot survive on sound investments alone," Carlisle added."
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Ou:
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""Every American family deserves a false sense of security," said Chris Reppto, a risk analyst for Citigroup in New York. "Once we have a bubble to provide a fragile foundation, we can begin building pyramid scheme on top of pyramid scheme, and before we know it, the financial situation will return to normal.""
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A brincar, a brincar...

terça-feira, novembro 20, 2007

Agora vou especular

Os gestores profissionais só vêem rácios financeiros e oportunidades para reduzir custos. Quantos têm um caso de amor com os produtos das fábricas que gerem?
Quando se tem amor reconhece-se o valor. Quando se reconhece o valor, conhecem-se outras alavancas, além dos custos.

Nos Estados Unidos em 10 anos, o número de cervejas diferentes produzidas pela Budweiser quase duplicou. Em Portugal está a acontecer o mesmo. Um, dois, três tipos de cervejas diferentes vendem muito, podem ter fábricas dedicadas à sua produção. É o reino da normalização e das grandes séries.Depois, existe um número elevado de de tipos de cerveja que vendem pouca quantidade... tentar produzi-las na mesma fábrica que as outras... vai dar barraca.
Isto de aumentar a taxa de ocupação das máquinas não é necessariamente positivo se implicar mudanças constantes. Como compatibilizar grandes séries e pequenas séries na mesma linha? Como lidar com essa esquizofrenia?

Assim, se tivesse dinheiro tinha adquirido a fábrica de Loulé à UNICER, com os trabalhadores incluídos, e entrava no mercado da produção de pequenas séries de cerveja, por conta das grandes marcas, estilo 'façonnage', como dizem na indústria farmacêutica. Transformava a fábrica numa 'boutique' de pequenas séries, de autênticas 'delicatessen'... delicadezas que as grandes linhas não podem fornecer.