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segunda-feira, julho 26, 2010

Abandono e ruína

É verdade, são as estradas minhotas, Vizela foi a que mais me impressionou, recentemente foi no trajecto de comboio entre Aveiro e Coimbra que fiquei perturbado com tanto abandono e ruína.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Sei o que não me disseste na última campanha eleitoral (parte VIII)

Depois do Contras & Contras de ontem à noite na RTP1 e depois deste "Dívida pública. Risco está muito alto por causa dos políticos" arrisco-me a projectar o dia em que Medina Carreira será visto como um incurável optimista.
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Onde é que estava esta gente toda durante a última campanha eleitoral?

terça-feira, setembro 15, 2009

Qual o motor de uma recuperação económica?

No sítio do Público "Roubini teme que a recuperação seja lenta":
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"os consumidores deixaram de gastar e os preços das casas vão continuar a cair,"
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Essa é a grande verdade.
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Em vez de consumirem ou têm de pagar as suas dívidas, ou estão no desemprego, ou têm receio do futuro.
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E recuperação financeira não é o mesmo que recuperação económica. E a primeira não tem repercussões de maior na vida das pessoas.
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Este artigo "Revealed: The ghost fleet of the recession" ilustra o corte epistemológico que aconteceu.
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E este acetato da OCDE mostra a queda, o que nos faz na capacidade produtiva em excesso que repousa ociosa por esse mundo fora.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Cuidado com os Idos de Março

Os meus compatriotas são uns optimistas incorrigíveis "Clima económico melhora pelo quarto mês seguido em Portugal".
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Ou direi antes, os meus compatriotas são uns amadores a jogar bilhar, só estão concentrados na próxima jogada, não querem saber ou nem se lembram das seguintes.
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Para os funcionários públicos, com um generoso aumento de 2,9%, e para os outros que continuam empregados a vida parece ir bem... melhor até. Claro, com os preços a baixar, a Euribor a baixar e o rendimento a subir face ano anterior.
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Onde é que este sentimento positivo se alicerça?
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Watashi wa shirimasen!
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"Produção industrial e vendas do retalho continuaram negativas em Julho"

terça-feira, agosto 25, 2009

O mesmo padrão

Por cá "Comércio retalhista é o sector com maior risco de falência em 2010" e na Letónia "Wave of retailer bankruptcies in Latvia can be expected in autumn and winter".
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No entanto, foi interessante este Verão ter passado por mais de 30 montras, em várias zonas do país, com a folha A5 com os dizeres "Admite-se colaborador(a)".
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sábado, agosto 15, 2009

Can't solve debt-induced crisis with more debt

Deleveraging-induced downturn inevitable.
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The problema was caused by irresponsible lending and the only way out is to eliminate that debt.
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Um vídeo interessante sobre uma palestra de Steve Keen.
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BTW, leiam o texto da página 7 deste relatório da OCDE... de Junho de 2007

sexta-feira, agosto 14, 2009

Não seguirás bovinamente as indicações de um governo, usarás a tua cabeça

Longe da política politiqueira, se houver algum esforço de reflexão, reconhecer-se-á neste exemplo o perigo da crença no Grande Planeador, no Estado que tudo sabe e prevê melhor do que os indivíduos.
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Se a economia tivésse seguido bovinamente as indicações do primeiro-ministro em 2005 "Prioridade - Espanha, Espanha, Espanha, repetida por Sócrates." como encaixaríamos este golpe "A economia espanhola registou, no segundo trimestre deste ano, um recuo de 1 por cento face ao desempenho dos primeiros três meses do ano. A quebra é menos profunda do que a registada no trimestre precedente: -1,9 por cento.?"
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Os indivíduos são todos diferentes: diferentes recursos; diferentes prioridades; diferentes estratégias; diferentes personalidades. A nossa esperança nunca estará numa Opção Única, mas num ramalhete de diversidade. A diversidade é o melhor seguro para as crises como a que vivemos.
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BTW, em Espanha a coisa está mesmo mal, Zapatero conseguiu pôr a economia espanhola a pagar juros mais altos que a portuguesa... é obra!

quinta-feira, agosto 13, 2009

Boas novas


Esta boa notícia "Economia portuguesa cresceu 0,3 por cento no segundo trimestre" está em sintonia com a minha experiência pessoal recente "Esperança para a produção industrial na Europa" (aquele BTW final).
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Estes números, para Portugal e para vários outros países da zona euro "Metade dos países da Zona Euro já está a crescer"... não serão um fruto natural das políticas de estímulo económico dos governos? O dinheiro injectado pelos governos tem de ter algum efeito... será sustentável?
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Sócrates acha que sim: "Tenho boas indicações e bons sinais que o crescimento do PIB vai ser sustentável". Gostava de ter essa opinião, por mim tenho dúvidas. Só quando vir o BCE a subir taxas de juro é que vou acreditar.Gráfico retirado daqui.

quarta-feira, agosto 12, 2009

O próximo mês ...

... de Setembro de 2009 vai ser um teste.
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Como se comportarão as bolsas mundiais? Não estarão a subir demasiado depressa?
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Como se comportarão as economias dos países da Europa de Leste? Acabarão por arrastar os bancos italianos e austríacos e, depois, os alemães?
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Como será o após-férias?
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Quantas empresas não vão voltar a abrir portas?
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O panorama no Jornal de Negócios de hoje impõe respeito:
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"A Rohde, fábrica de calçado de Santa Maria da Feira, não sabe se terá encomendas para continuar a funcionar após as férias."
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"a construtora MSS já não patrocina ninguém e está a lutar pela sobrevivência. Depois das férias, os trabalhadores da empresa vão saber que destino terá a MSS, que já apresentou um pedido de insolvência." (por que é que uma empresa que compete no negócio do preço-mais baixo, em que supostamente o concurso é rei, apostou no aumento da notoriedade junto do grande público? watashi wa shorimasen!)
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"É que esta unidade, que emprega cerca de 180 pessoas, retoma a produção na próxima segunda-feira sem saber se vai continuar a laborar por muito mais tempo"
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"Sem apelo nem regresso, como são os casos da têxtil Neivatex e das confecções Maiamac, que fecharam a 31 de Julho para nunca mais reabrir. Ou então, em situação de insolvência e fechadas para férias, têm dia marcado para voltar ao activo mas sem saber por quanto tempo e em que condições."
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Entretanto no Público de hoje "O número de desempregados sem qualquer subsídio de desemprego está a crescer ao dobro da subida do desemprego."
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Se aos números oficiais de desemprego em Portugal acrescentarmos as mais de 230 mil pessoas que estão em programas de formação do IEFP, se acrescentarmos, como ouvi ontem no jornal das 21h na SIC-N, os 100 mil portugueses que estão em Angola, se acrescentarmos os milhares de portugueses que foram para Espanha e que por lá continuam ao abrigo do subsídio de desemprego, ficamos com uma ideia do que se passa.
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BTW, viram ontem à noite no canal RTP Memória o filme Vinhas da Ira com Henry Fonda?

terça-feira, agosto 11, 2009

Porquê?

Quando estamos na praia, em frente ao mar, podemos observar o imediato e próximo, a sucessão de ondas, umas maiores e outras mais pequenas.
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Podemos fazer previsões sobre se a próxima onda vai subir areia acima mais do que a anterior ou não. No entanto, independentemente do imediato, há uma corrente de fundo que é função da maré e que no médio-prazo vai levar as ondas sistematicamente mais acima ou mais abaixo.
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Edward Hugh acha que a situação económica em Portugal não é pior do que a espanhola por causa dos anos sucessivos de crescimento raquítico que temos tido, vai para uma década.
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Antes da crise mundial sofríamos de um crescimento anémico, com a crise mundial, afundaremos talvez 5 a 6% até ao final de 2009, e pior, segundo a OCDE o período de 2011 a 2017 vai continuar a ser anémico e anoréctico.
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Basta consultar o relatório "OECD Economic Outlook 85" de Junho de 2009 (capítulo 4: BEYOND THE CRISIS:MEDIUM-TERM CHALLENGES RELATING TO POTENTIAL OUTPUT,UNEMPLOYMENT AND FISCAL POSITIONS", página 19, tabela 4.2, previsão do crescimento do PIB português no período 2011 a 2017...
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Portugal entre 2006 e 2008 teve o crescimento do PIB mais baixo da OCDE, mesmo abaixo do italiano, 0,8%
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Portugal entre 20011 e 2017 terá o crescimento do PIB mais baixo da OCDE, 0,7%
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E isto não tem nada a ver com partidos políticos, nem com este governo nem com os anteriores... porque todos partilham da mesma cartilha.
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Este desempenho passado e estas perspectivas de desempenho futuro é que deveriam fazer pensar "Porquê?" e reflectir sobre alternativas de resposta para actuar e alterar o cenário.
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Outra vez aquela pergunta de à dias "Como é que se podem re-orientar esses recursos para outros empreendimentos mais competitivos e mais geradores de riqueza?"

Esta crise foi e é diferente

"Classe média já está a falhar pagamentos aos bancos" onde se pode ler:
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"A maioria das famílias em situações de sufoco tem rendimentos mensais acima dos 1500 euros."
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"Marca de luxo pode abrir falência nas próximas 24 horas"
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"A marca de roupa de luxo alemã, Escada, pode vir a ter que fechar as portas já amanhã, se os seus credores não chegarem a acordo para a troca obrigações por uma nova emissão de novos títulos de dívida e acções.
A empresa, famosa pelos perfumes e modelos de alta-costura, tem um prazo de menos de 24 horas para fazer com que 80% dos seus investidores - que detêm obrigações - aceitem a oferta para, assim, a empresa poder candidatar-se a um empréstimo bancário que permita resolver a possível insolvência.
"
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Entretanto, a chantagem prolifera "Trabalhadores da Qimonda decidem terça-feira reclamar aumento de salário"
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quinta-feira, abril 16, 2009

A realidade irrompe sempre, mais tarde ou mais cedo

"Provavelmente, porque se comprou a tese de que uma crise cuja existência não se admite, é uma crise que não existe. Mais tarde ou mais cedo, a realidade havia de demonstrar ser mais teimosa do que as cautelas técnicas ou o ilusionismo político. Tão fatal como o destino."
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João Cândido da Silva no artigo de opinião "As reticências de Constâncio" publicado no Jornal de Negócios de ontem.

quarta-feira, abril 15, 2009

Acerca dos clientes-alvo em tempos de crise.

Uma vez mais 'back to the basics'. Agora ainda é mais urgente fazer o que sempre foi o básico:
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"A key part of your comprehensive plan is the determination of which customers to keep. Even in a downturn, not every customer is worth having. It will be easy to eliminate the marginal ones but much more difficult to decide that a large customer simply isn't providing good enough margins or cash return. Customers can put demands on your cash when, for instance, they require you to carry a lot of inventory. You may decide cash is more important to you than a revenue gain.
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The biggest danger is that one of your large customers will go belly-up." (Como estarão os fornecedores da Qimonda?)
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"Although keeping a close eye on weak customers is important, you cannot afford to ignore your best ones. Stressful times present an opportunity to talk with your counterparts at those companies and figure out ways to cement the relationship. More than ever before you have to take the initiative and be proactive toward your best customers."
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Trechos retirados de Leadership in the Era of Economic Uncertainty de Ram Charan

segunda-feira, abril 13, 2009

O primeiro destino das nossas exportações

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Perante esta migração de valor:
  • repensar clientes-alvo;
  • repensar produtos;
  • reduzir o break-even;
  • deixar-se de referenciais ultrapassados;
  • reforçar a proposta de valor;
  • recalibrar;
Tudo coisas a fazer com urgência. Tudo coisas que os subsídios e apoios tornam menos urgente...

sábado, abril 04, 2009

Ultrapassar o impasse (parte II)

O esqueleto do livro livro "Ultrapassar o impasse" de Timothy Butler.
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"O ciclo de impasse - no qualo passamos de nos sentirmos completamente presos para gradualmente imaginarmos um novo lugar na vida e dar o salto para chegar lá tem seis fases previsíveis" (para mim que olho para as empresas como seres vivos, isto tanto se aplica a pessoas como a empresas).
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"Na primeira fase a crise desenvolve-se. Algo no modo como organizamos a vida e avançamos nela já não está a funcionar... O nosso habitual sentimento de certeza desaparece. Começamos a ver que falta alguma coisa. Ansamos pela mudança." (vendas que baixam, rentabilidades que descem, clientes que nos abandonam, ... sintomas de que algo vai podre no reino da Dinamarca)
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"A crise aprofunda-se na segunda fase. As nossas tentativas de evitar, racionalizar e fugir não funcionaram, e as coisas estão a ficar piores ... Paramos de tentar racionalizar ou fugir à realidade da crise e reconhecemos que não conseguimos continuar como se nada fosse. A nossa forma antiga de fazer as coisas, as nossas rotinas confortáveis, já não funcionam - e nós sabemo-lo. A crise mostrou que o nosso "modelo" familiar para o modo como a vida funciona já não é o correcto." (Este é o momento-chave IMHO. Não somos masoquistas que vivem atrás de crises, mas quando elas chegam, olhamo-la de frente, e somos honestos connosco próprios e com os que trabalham connosco. Sem honestidade goodbye confiança. E uma vez perdida a confiança ... não há segunda oportunidade)
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"Na fase três, esse velho modelo destrói-se completamente e atingimos o fundo, baixamos as defesas e abrimos a nossa alma. É impossível negar que estamos atolados e por isso saímos do carro, ficamos lá parados e começamos a ouvir os barulhos da noite à nossa volta. (Infelizmente, para muitos, só a chapada violenta de uma crise permite quebrar a confiança no mapa cognitivo reinante e, sobretudo, fugir da alienação quotidiana, e permitir que a mente abandone o corpo e observe, de uma perspectiva mais elevada, o que está a acontecer, em que pântanos encalhamos sem o ter percebido até então. Que fluxos estão interrompidos e porquê, que linhas de conhecimento foram corroídas, que perigos, que riscos e ameaças e que oportunidades?)
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"Atingir uma paragem total, esta admissão de que a situação estava para além dos nossos recursos, esta abertura, é a condição que torna possível a fase quatro"
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Na fase quatro:
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"Começamos a receber imagens codificadas do que está a faltar na nossa vida, reparamos em sinais que apontam para o que é preciso acontecer de seguida... Reparamos que estamos a utilizar um modo de pensamento que é menos linear e mais metafórico. Reconhecemos novas relações entre forças e ideias que anteriormente pareciam estar em contradição. A nossa perspectiva torna-se menos certa e dogmática, mais flexível e repleta de possibilidades" (Estamos no campo da reflexão estratégica, os macro-economistas, os gestores sem relações amorosas com produtos/clientes/fornecedores, os burocratas de Bruxelas, só percebem de relações lineares e matematizáveis em modelos estilo Lanchester. Os gestores com coração desenvolvem metáforas, e abandonam o considerado seguro para criar novos trilhos e explorar novas florestas)
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"A fase cinco assinala uma oportunidade para uma reflexão mais profunda sobre o que é que as nossas escolhas nos mostram sobre quem somos ... o nosso modelo mental do mundo e do nosso lugar nele modifica-se e adquirimos um apreço mais nítido pela nossa identidade única." (A busca de essência, qual a essência da nossa organização? Missão não é, ou antes, não deveria ser mais um adereço numa coreografia, mas algo que realmente precisamos para nos recordar o que somos, qual a nossa essência para não a traírmos, para não a esquecermos)
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Na fase seis vem a acção:
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"Mas a nossa vida não muda sem agirmos. A resolução da crise de impase reside numa decisão de fazer escolhas específicas que mudam a nossa realidade quotidiana."
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"... as crises são o duro teste da tarefa de criar um "eu" maior - mas da próxima vez podemos enfrentar a crise com tudo o que ganhámos em esforços anteriores."

quarta-feira, abril 01, 2009

Ultrapassar o impasse (parte I)

Hoje deve chegar a casa dos visados (conhecidos meus... amigos que fiz durante as minhas andanças pelas empresas) um exemplar do livro "Ultrapassar o impasse" de Timothy Butler.
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Há cerca de quinze dias entrei numa livraria e dirigi-me à secção de livros de Gestão e Economia para cheirar e procurar novidades.
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Ao bisbilhotar o interior de um dos livros fisguei logo o anzol... sou um fraco perante um esquema. Um boneco, um gráfico, uma imagem atrai logo a minha atenção:
Hoje, percebi que o livro está mal catalogado, não é um livro sobre Gestão e/ou Economia, é um livro sobre a gestão pessoal das crises pessoais.
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Contudo, como as empresas são seres vivos, parte do racional que Butler desenvolve para as pessoas individuais aplica-se também às empresas.
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Não devemos ser masoquistas sequiosos por viver mais uma crise. Não as queremos, mas quando elas surgem, em vez de fugir delas, devemos enfrentar os factores que as geraram e, no processo, crescer e perceber melhor o mundo que nos rodeia. Porque, como refere Butler:
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"Mas embora a fuga defensiva nos possa ajudar a ultrapassar as circunstâncias imediatas da crise, simplesmente adia a resolução da questão subjacente à crise e o processo de mudança. Não existe qualquer integração da experiência da crise"
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Continua

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