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segunda-feira, novembro 14, 2016

Cuidado com o benchmarking

Greg Satell em "Why You Shouldn't Copycat Strategy" expõe muito bem como tantas e tantas empresas grandes praticam "cargo cult strategy":
"Yet many modern executives believe by mimicking the tactics of other businesses they will somehow achieve the same results.[Moi ici: Cuidado com as melhores práticas. Cuidado com a cópia indiscriminada do que é publicitado] These “cargo cult strategists” don’t do much better than the islanders.
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The executives at Blockbuster understood the Netflix threat and built a viable strategy to compete with it. What they did not understand was that, unlike Netflix, they were not a startup. They had investors who expected consistent profits and franchisee partners that depended on revenues for their incomes. That was the part of the Netflix model they couldn’t replicate.
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Unlike Apple and Blockbuster, IBM follows a strategy that is built to fit its unique capabilities and culture.
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Every organization can benefit by learning about the best practices of others. Certainly, Apple needs to find a way to compete in a new cognitive era that advances in artificial intelligence are bringing to the fore. Blockbuster’s management team was smart to borrow tactics from Netflix. IBM should try to be as agile as it possibly can.
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Yet at the same time, we also must accept certain realities. Apple does not have the organizational culture in place to explore scientific horizons. It never has. Blockbuster, as a public company with thousands of investors and franchisee partners, had limitations that Netflix didn’t. IBM, with nearly 400,000 employees, will never be as nimble as a startup.
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You can’t simply decide to build an airfield, without learning how to build machines that can fly first. In much the same way, you can’t expect to adopt the strategies and tactics of another organization and enjoy the same success, without building the capabilities and culture that will make those tactics effective."[Moi ici: Não resisto a recomendar uma nova leitura do texto sobre o erro infantil da McDonald's.]

quarta-feira, abril 03, 2013

Cargo cult

O que me chamou a atenção foi esta citação sem hiperligação:
"«Por cada hora de trabalho só produzimos 17 euros»
Professor do ISEG diz que actual crise está na origem da baixa produtividade dos trabalhadores de Portugal."
Pesquisando cheguei a «Por cada hora de trabalho só produzimos 17 euros» de onde retirei:
"No programa Olhos nos Olhos, na TVI24, nesta segunda-feira, Avelino de Jesus defendeu ainda que na origem da crise portuguesa esteve a produtividade reduzida dos trabalhadores, uma das mais baixas da Europa.
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«A crise atual repousa na baixa produtividade do país. Em cada hora de trabalho nós só produzimos 17 euros», afirmou o catedrático, que considerou ainda que a «austeridade tem consequências benéficas, ao eliminar as empresas pequenas»."
Ontem, enquanto viajava de carro cometi o erro de ligar para a TSF à hora do forum. Apanhei Peres Metelo a dizer esta barbaridade para o meu modelo mental:

"vivemos abaixo das necessidades da economia"
  A economia não está separada da vida, a economia é uma consequência da vida. Separar a economia da vida leva a maus resultados, sobretudo quando se praticam rituais que confundem correlação com causalidade: "cargo cult"
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Ainda há menos de uma semana apareceu um título nos media que dizia que em percentagem, Portugal tem menos funcionários públicos que os restantes países da zona euro. A mentalidade de cargo cult queria com isto dizer: para aspirarmos a sermos mais ricos como país, como os outros da zona euro, temos de ter ainda mais funcionários públicos.
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Como é que um país saudável paga aos seus funcionários públicos?
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Com base na riqueza gerada pelo sector privado!
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Se a riqueza gerada pelo sector privado é mais baixa não se pode querer copiar modelos que resultam noutros países com outra capacidade de gerar riqueza.
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Pegando nas palavras de Avelino de Jesus, será abusivo concluir que ele pensa que a culpa é da actividade privada que não gera a riqueza suficiente para sustentar o Estado que temos? Não deveria ser ao contrário, não deveria a dimensão do Estado ser a que é permitida pela riqueza gerada pela comunidade?
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Ou então, também se pode seguir outra via: se a baixa produtividade, só produzimos 17 € por hora trabalhada, foi o que nos trouxe até aqui, como se explica que países como a Espanha com 30 € por hora trabalhada, ou a Irlanda com mais de 50 € por hora trabalhada, ou a Itália, ou a França, também estejam a passar por crises mais ou menos semelhantes, mais ou menos graves? Se calhar estamos a falar da mesma doença, a hipertrofia do Estado. Na primeira década do século XXI o Estado inglês cresceu 50%!!!! E á como cá a austeridade é para os cidadãos não para o Estado..
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Um reparo ao texto da Agência Financeira:
"Professor do ISEG diz que actual crise está na origem da baixa produtividade dos trabalhadores de Portugal"
Pessoalmente acredito que se devia deixar de falar na produtividade dos trabalhadores, devia-se falar na produtividade das empresas. Trabalhadores preguiçosos a produzirem artigos de elevado valor acrescentado potencial terão sempre produtividades superiores a trabalhadores virtuosos e dinâmicos a produzirem artigos que se vendem a preços de caca. O factor que mais influencia o nível de produtividade dos trabalhadores está fora do seu nível de actuação: para quem vender, como vender e o que vender.
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Um último reparo às afirmações de Avelino de Jesus:
«austeridade tem consequências benéficas, ao eliminar as empresas pequenas»
Olhem para a foto de Avelino de Jesus! Que idade terá? Que modelos económicos, que teorias, que Leis Universais e Eternas reinavam quando, qual ganso, saiu da casca e entrou no mundo da economia? Foi isso que o enformou, que aprendeu a apreciar, que fez dele alguém bem sucedido na sua carreira. Avelino de Jesus sabe tudo sobre o Fordismo, sabe tudo sobre produção em massa, sabe tudo sobre a vantagem de se ser Golias num mundo em que a eficiência é rainha e senhora do tabuleiro económico.
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Por isso, acredito que lhe seja difícil perceber como se compete no Estranhistão a que chamo Mongo em que "small is beautiful".
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quarta-feira, outubro 05, 2011

Crendices e cargo cult (parte II)

Volto ao artigo de Miguel Lebre de Freitas ontem no JdN.
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O gráfico do artigo ilustra bem a diferença entre o mundo dos bens transaccionáveis (sujeitos a importações e exportações, sujeitos à concorrência internacional) e a loucura dos bens não-transaccionáveis... 

Nós funcionamos com base em estímulos e é muito difícil resistir-lhes:

Quem tinha capital para investir e quisesse retorno rápido... onde o faria?
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O gráfico ilustra bem quem é que vai sofrer a sério com o Período de Desalavancagem Em Curso (PDEC) ... e reparem, onde está situado esse poder? Qual a relação dos bancos com esse poder?

terça-feira, outubro 04, 2011

Crendices e cargo cult

É essencial perceber que existem 3 economias no país.
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"Preços"
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"Por exemplo, ao longo do período 1995-2009, os preços dos bens "locais" aumentaram. Porquê? Porque durante todo aquele período, a procura interna aumentou mais do que a oferta interna e os bens locais não podem ser importados. A subida do preço dos bens "locais", por sua vez, motivou a reorientação da produção em seu favor e o desvio do consumo para as importações. O impacto na estrutura produtiva e no défice externo é bem conhecido."
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E o governo, numa demonstração de "cargo cult" utilizou dinheiro, em 2009, para apoiar a economia dos bens "locais".
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E que tal apoiar o abate de veículos para importar mais carros novos?
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Há que subsidiar as economias do centro da Europa com o dinheiro saqueado aos contribuintes portugueses.

domingo, outubro 02, 2011

Não culpem a caneta quando a culpa é de quem escreve (parte III)

Parte I e parte II.
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O "cargo cult" dá nisto!!!
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"The Six Sigma Blues"
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O 6 sigma é fantástico para aumentar a eficiência numa empresa. Recomendo-o! Já vi o seu efeito em empresas que precisavam de se tornar muito mais eficientes.
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Agora... a maioria das empresas antes de ser mais eficiente precisa de ser mais eficaz.
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Não interessa ser eficiente se a empresa não seduz clientes com o que produz.
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Acham que a Ferrari é uma empresa eficiente?
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Mas a culpa nunca é da ferramenta, é sempre do cérebro humano que a usa!

terça-feira, setembro 27, 2011

Cargo cult - um exemplo típico

"Sector automóvel pede incentivo ao abate para travar crise"
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Grandes empresas com nomes como Volvo, Mercedes-Benz, Renault, Honda, Ford, BMW e grupo Volkswagen, pedem ao governo português para sangrar ainda mais os saxões do costume para lhes arranjar mercado.
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E o pior é que o governo é capaz de cair na esparrela...
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Mas a que propósito é que eu tenho de suportar estas empresas?
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O programa anterior já foi um erro de Sócrates, os portugueses andaram a financiar as fábricas de automóveis. Foi o típico exemplo de "cargo cult", fez-se cá porque também se fazia na Alemanha e na França, esquecem-se é da quantidade de empresas e de emprego a fabricar automóveis por cá.

quinta-feira, agosto 04, 2011

À atenção dos cargo-cult followers

"Doubling R&D spending leads to just a 22.5% increase in new-product announcements, according to research led by Marco Corsino of the University of Bologna in Italy. The study, of 95 companies in semiconductor and related industries, also shows diminishing returns from bigness: Doubling a company's size triggers just a 31.3% increase in innovations."
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Trecho retirado daqui.

domingo, janeiro 09, 2011

Há um certo perfume a "cargo cult policy"

Se fizermos muito buzz sobre "exportações, exportações, exportações" elas vão ocorrer!
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"Primeiro-ministro anuncia Congresso das Exportações para 9 de Fevereiro"
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Ou será para perfilhar um filho que não é dele?
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E colher os louros da vitória merecidos por quem conseguiu dar a volta, apesar dos políticos da situação e da oposição que temos?