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terça-feira, março 19, 2013

Curiosidade da manhã

A propósito da prestação de Belmiro de Azevedo ontem, no Clube dos Pensadores, é interessante o que os diferentes jornais chamaram para título:

Como é que o jornal do BE, o Público, trata o tema?
Eheheh, podem ser do BE mas sabem que é o Belmiro que lhes paga o salário. Não escrevem uma linha sobre o tema que os outros jornais destacaram.
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Quanto ao tema da mão-de-obra barata, percebo as palavras de Belmiro de Azevedo. 
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Qual é a proposta de valor do Continente? O preço mais baixo!
Qual deverá ser a proposta de valor da Sonae Industrial, sim, a velha empresa que produz contraplacado? Aposto que é o preço mais baixo!
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Portanto, Belmiro de Azevedo está a ser sincero e a falar de acordo com o modelo mental que criou ao longo da sua longa vida profissional.

sexta-feira, março 05, 2010

Quem não tem dinheiro, não tem vícios

A propósito de:
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""Quem não tem dinheiro, não tem vícios. Nós não nos podemos armar em país rico sendo pobres e, neste momento, somos um país pobre", afirmou o empresário nortenho em declarações aos jornalistas.
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Belmiro de Azevedo, que hoje recebeu o doutoramento honoris causa pela Universidade dos Açores, salientou que "o problema é que os recursos são limitados e os políticos têm tendência para esbanjar dinheiro, gastar o dinheiro que não têm e fazer promessas que sabem que não podem cumprir".
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Convém recordar as ideias de Schumpeter:
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"... just before World War I ended, Schumpeter published The Tax State ("The Fiscal State" would be a better translation). Again, the insight is the same Keynes reached fifteen years later (and, as he often acknowledged, thanks to Schumpeter): the modern state, through the mechanisms of taxation and borrowing, has acquired the power to shift inome and, through "transfer payments," to control the distribution of the national product. To Keynes this power was a magic wand to achieve both social justice and economic progress, and both economic stability and fiscal responsibility. To Schumpeter - perhaps because he, unlike Keynes, was a student of both Marx and history - this power was an invitation to political irresponsibilty, because it eliminated al econimic safeguards against inflation. In the past the inability of the state to tax more than a very small proportion of the gross national product, or to borrow more than a very small part of the country's wealth, had made inflation self-limiting. Now the only safeguard against inflation would be political, that is, self-discipline. And Schumpeter was not very sanguine about the politician's capacity for self-descipline."

sábado, setembro 12, 2009

Belmiro de Azevedo no Público

"a cultura da Sonae é uma cultura de mudar, e mudar em ambientes de crise. Aliás, quando entrei na Sonae, a 2 de Janeiro de 1965, a empresa vivia uma crise e eu vinha de uma outra empresa, a primeira onde trabalhei depois de me licenciar, a Efanor, porque ao fim de dois anos percebi que ia falir. A Efanor não tinha estratégia, não se deu conta que tinha um só produto - algodão de grande qualidade - mas que estava ameaçado pelos novos materiais que estavam a chegar ao mercado, como as fibras sintéticas. (Moi ici: é preciso jogar bilhar como um profissional. Não basta jogar a tacada actual, há que pensar nas tacadas seguintes: O que vem aí? É preciso futurizar!!!) Vi que ia morrer, como acabou por suceder, e por isso decidi sair e aceitar o convite da Sonae. Quando lá cheguei, verifiquei que aquela empresa, naquela altura, estava mesmo a necessitar de uma experiência "schumpeteriana", isto é, destruir para recriar. (Moi ici: Infelizmente, a maior parte das vezes só os que vêm de fora têm a liberdade de espírito e a isensão sentimental para fazer o corte com o passado. Drucker escreveu sobre isto, sobre a dificuldade em matar um filho, um produto ou um departamento tornado obsoleto.) O meu primeiro trabalho foi enviar para a sucata metade do equipamento e a metade que ficou está em tão bom estado como quando lá cheguei. Depois houve que adaptar a empresa à única lei que, como costumo dizer, vale a pena conhecer em economia: a lei da oferta e da procura."
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"Em Portugal devia-se apoiar mais as pequenas e médias empresas?
Nem todas as pequenas e médias empresas são boas e merecem ser ajudadas. O que temos de saber é quais são as boas e as más. As más não devem ser apoiadas.
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A política deve ser criar um melhor ambiente para todas as empresas ou apoiar as que têm dificuldades?
Apoiar essas seria contrariar Schumpeter: uma empresa que não tem futuro não deve ser apoiada. Se é má, nunca mais tem solução; uma perna podre tem de ser amputada. (Moi ici: a embrulhar e enviar por correio urgente à atenção do ex-ministro Pinho e a todos os "so-called" empresários que passam a vida de mão estendida ao governo. Ah! E não esquecendo os famosos produtores de leite e cereais.)
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Discorda então dos programas de apoio às pequenas empresas?
Claro, até porque são muito politizados. Então em períodos eleitorais é o que se vê: andam por aí a prometer tudo.
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Portugal sairá melhor ou pior desta crise?
Vai depender das empresas. O Estado não tem uma mina de dinheiro e cada vez que dá subsídios ou realiza grandes investimentos vai buscar dinheiro aos mercados financeiros, o que torna o dinheiro para a economia ou mais escasso, ou mais caro. Isso é muito mau." (Moi ici: Belmiro de Azevedo deve estar equivocado certamente, pelo menos tendo em conta o à vontade com que os governos normandos esbanjam dinheiro...)