Mostrar mensagens com a etiqueta OCDE. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta OCDE. Mostrar todas as mensagens

sábado, fevereiro 25, 2012

Não sei se deva rir ou se deva chorar

Não sei se deva rir ou se deva chorar:
.
"La OCDE pide reformas estructurales sin aumentar el desempleo"
.
Esta gente de certeza que só olha para a estatística, só olha para o nível macro. 
.
Será possível realizar reformas estruturais sem gerar desemprego.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

O custo de arriscar

"O problema fundamental coloca-se, no entanto, a médio e longo prazo: já com a crise internacional fora do cenário, Portugal volta a confrontar-se com as suas fragilidades estruturais, como o sobreendividamento (que vai limitar o consumo privado), o peso excessivo de bens não exportáveis na economia (o sector dos serviços, na maioria não transaccionáveis, pesa 66% na riqueza criada) e a competitividade baixa de parte das suas exportações (que terão crescimento escasso). Resultado: sem as "reformas estruturais que promovem a competitividade" - e que "são a chave para um crescimento mais alto via exportações", aponta a OCDE - Portugal acumulará mais uma década de anemia económica. Os números ontem divulgados são preocupantes: o potencial de crescimento médio anual da economia portuguesa cai para 0,4% entre 2009 e 2011, para subir para uns magros 1% entre 2012 e 2017, o segundo nível mais baixo na OCDE." (Trecho retirado do artigo "OCDE Portugal sem capacidade para criar empregos até 2017" publicado no i)
.
Julgo que as reformas estruturais deveriam ter como preocupação não a competitividade mas a criação de empresas produtoras de bens transaccionáveis. Criando as empresas, sem subsídios e apoios, estas terão de fazer pela vida e aprender a ser competitivas.
.
Criar uma empresa é arriscar, é experimentar, é tentar... empresas sem risco só existem coladas ao Estado:
.
"“96% of all business start-ups in the US fail within 10 years” (Trecho retirado do livro "Six Disciplines for Excellence" de Gary Harpst)
.
Se o custo de contexto forem muito elevados... menos empreendedores vão tentar a sua sorte.

terça-feira, agosto 11, 2009

Porquê?

Quando estamos na praia, em frente ao mar, podemos observar o imediato e próximo, a sucessão de ondas, umas maiores e outras mais pequenas.
.
Podemos fazer previsões sobre se a próxima onda vai subir areia acima mais do que a anterior ou não. No entanto, independentemente do imediato, há uma corrente de fundo que é função da maré e que no médio-prazo vai levar as ondas sistematicamente mais acima ou mais abaixo.
.
Edward Hugh acha que a situação económica em Portugal não é pior do que a espanhola por causa dos anos sucessivos de crescimento raquítico que temos tido, vai para uma década.
.
Antes da crise mundial sofríamos de um crescimento anémico, com a crise mundial, afundaremos talvez 5 a 6% até ao final de 2009, e pior, segundo a OCDE o período de 2011 a 2017 vai continuar a ser anémico e anoréctico.
.
Basta consultar o relatório "OECD Economic Outlook 85" de Junho de 2009 (capítulo 4: BEYOND THE CRISIS:MEDIUM-TERM CHALLENGES RELATING TO POTENTIAL OUTPUT,UNEMPLOYMENT AND FISCAL POSITIONS", página 19, tabela 4.2, previsão do crescimento do PIB português no período 2011 a 2017...
.
Portugal entre 2006 e 2008 teve o crescimento do PIB mais baixo da OCDE, mesmo abaixo do italiano, 0,8%
.
Portugal entre 20011 e 2017 terá o crescimento do PIB mais baixo da OCDE, 0,7%
.
E isto não tem nada a ver com partidos políticos, nem com este governo nem com os anteriores... porque todos partilham da mesma cartilha.
.
Este desempenho passado e estas perspectivas de desempenho futuro é que deveriam fazer pensar "Porquê?" e reflectir sobre alternativas de resposta para actuar e alterar o cenário.
.
Outra vez aquela pergunta de à dias "Como é que se podem re-orientar esses recursos para outros empreendimentos mais competitivos e mais geradores de riqueza?"

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Melhorar a produtividade

O 2º capítulo (Economic Policy Reforms: Going for Growth 2007: Country Notes) do relatório da OCDE, no que diz respeito a Portugal refere que:

"Convergence in living standards with the OECD average has halted in recent years, with the large GDP-per capita gap essentially reflecting low productivity."

Para fazer face a esta deficiência estrutural, baixa produtividade, o relatório refere três prioridades:

  • "Improve upper-secondary and tertiary education attainment"
  • "Reduce barriers to competition"; e
  • "Reform employment protection legislation
Isto fez-me soar umas campainhas mentais e recordar o artigo "The power of productivity", de William Lewis e publicado no The McKinsey Quarterly, 2004 Número 2, onde o autor refere:

"Many economists still attribute differences in the productivity of countries to differences in their labor and capital markets. These economists therefore believe that big investments in education and health and generous development loans and grants are the keys to economic growth. MGI's research, however, found that these factors explain few, if any, differences in economic performance.



Some of Brazil's private retail banks are as efficient as any in the world. South Korea's POSCO (formerly Pohang Iron & Steel) may have the highest productivity of any integrated steel producer. Carrefour operates with nearly the same efficiency in emerging markets and in Europe. Poor education systems haven't hindered these companies. If illiterate Mexican immigrants can reach world-class productivity levels building apartment houses in Houston, illiterate Brazilian workers can do so in São Paulo.

...

Poor countries thus don't have to wait until they build bigger and better school systems and educate a whole generation of workers. Nor do they need to wait for more development aid from rich countries. If local businesses followed the proven approaches for organizing production and managing a workforce, poor countries could grow much faster than most people realize.

...

Competition is the mechanism that helps more productive and efficient companies expand and take market share from less productive ones, which then go out of business or become more efficient.

...

The main obstacles to economic growth in poor countries are the many policies that distort competition. Why are they so pervasive?
For one thing, most people favor the social objectives that inspire high minimum wages, small-business subsidies, and other business policies. They may not be aware of the unintended adverse consequences that create major barriers to growth. Instead of attempting to achieve social objectives by limiting competition, countries should allow fair competition and thereby generate more national income, which can then be redistributed through taxes and government subsidies for the desperately poor."