terça-feira, novembro 24, 2020

Bolha azeiteira e outras - resposta

Ontem o JdN publicou um artigo, "Produção de azeite afunda e há lagares fechados" que ilustra um padrão comum a todos os ramos da economia.

Existe um status-quo (produção tradicional de azeite).

Aparece um outsider com custos de produção muito mais baixos (produção intensiva e super-intensiva de azeite).

“o preço do azeite a granel está tão baixo que “o que se gasta com a apanha e a transformação é o que se recebe pela venda” do produto acabado.

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A quebra de produtividade fará com que “áreas significativas de olivais tradicionais” não sejam colhidas nos próximos meses, porque “os custos de colheita superariam a valorização da produção”.

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“Quando o preço está como agora, nos dois ou 2,50 euros (por quilo de azeite virgem extra a granel), os olivais tradicionais, que requerem muita mão de obra, têm muita dificuldade em fazer a colheita, transformar em azeite e ainda ter margem para vender”, ressalva."

Qual é a reacção tradicional?

Pedir apoios e subsídios, culpar os outsiders, procurar competir pelo preço mais baixo sem ter estrutura para tal, pedir para bloquear os outsiders, ...

Qual é a abordagem que eu proponho?
"When something is commoditized, an adjacent market becomes valuable"[Moi ici: Li algures e fixei para sempre]
O que propus para o vinho? O que propus para as PMEs tugas ameaçadas pela China? O que proponho numa situação em que quem não tem estrutura de custos para tal não pode competir pelo preço mais baixo?

Subir na escala de valor?
"Há outros casos, de pequenos olivicultores, “que se transformaram em produtores de nicho”, e que têm prémio porque conseguem pôr no mercado edições pequenas com marcas próprias, explica o proprietário da Herdade Maria da Guarda. “Mas os que trabalham sem marca têm tido muita dificuldade, porque os preços estão em mínimos de mais de 10 anos”. Os stocks acumulados de campanhas anteriores em grandes produtores como Itália ou Grécia explicam a inundação que vive o mercado.”"

Recordar a antologia "Azeite e Trás-os-Montes"

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