sábado, fevereiro 22, 2020

Riscos e oportunidades: Covid-19

Interessante no Correio da Manhã de ontem:
"As empresas portuguesas do sector têxtil estão a preparar 'planos B' para lidar com o impacto do Covid -19 na China, admitindo recorrer a novos fornecedores na Índia e na Turquia. [Moi ici: Como se fosse tão fácil como sair da loja A e entrar na loja B num centro comercial] A falta de matéria-prima pode ditar o encerramento de fábricas já em março. O cenário é traçado ao CM por Mário Jorge Machado, presidente da Associaçâo Têxtil de Portugal (ATP). Se a epidemia não abrandar, a fileira do têxtil e vestuário admite que poderá ser forçada a parar a produção no próximo mês, perante a falta de matéria-prima. Fios, tecidos, botões, forros, fechos e etiquetas são alguns dos componentes cujo fornecimento está a ser afetado pelo vírus com a paragem da produção na China. [Moi ici: Estou a imaginar uma oportunidade para armazenistas com monos fazerem um negócio de oportunidade. Quando a Apple ou a Adidas avisam o mercado acerca do impacte do Covid-19, fazem-no porque a produção do produto acabado não está a ocorrer na China. Neste caso do têxtil, o que falha é a matéria-prima e componentes para a produção feita cá. O impacte é semelhante, em ambos os casos o produto não chega ao mercado. Embora, seja mais fácil arranjar alternativa de matéria-prima do quer alternativa de fabrico] E mesmo com os 'planos B' em marcha, as empresas terão de esperar semanas para que a matéria-prima indiana ou turca comece a chegar a Portugal. "Sendo uma situação preocupante, não é dramática" , assegura Mário Jorge Machado. O responsável admite que o vírus poderá trazer "oportunidades" a Portugal. "Temos uma série de compradores que vieram cá fazer compras. Perceberam que estar dependente da Ásia é uma ameaça." O interesse tem chegado sobretudo de França, Alemanha, Reino Unido e Suécia."
Fui em busca de artigos de jornal em Espanha sobre o impacte do Covid-19 na Inditex, "El sector textil español busca alternativas a las fábricas chinas por el coronavirus":
"Las colecciones que llegarán a las tiendas el próximo invierno se producen ahora –la mayor parte de la colección primavera-verano ya está entregada–, y puede afectar de forma notable a las firmas de fast fashion, que lanzan colecciones y modelos nuevos cada pocas semanas,
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“En el sector hay inquietud y se están buscando centros productivos alternativos en el norte de África, Egipto, Portugal o España”, aseguran.
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En el caso del gigante Inditex, que también renueva colecciones continuamente –vende 65.000 referencias al año–, la producción está más diversificada. El 95% de su fabricación se produce en doce países, aunque China es su principal proveedor, con más de 1.800 plantas que trabajan para llenar las tiendas de Zara, Bershka o Pull&Bear. Sin embargo, más del 50% de la producción se encuentra en países más cercanos, como España, Marruecos, Portugal o Turquía.
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China también es el principal proveedor de Mango, aunque en los últimos años ha seguido el modelo de Inditex y ha diversificado la fabricación de sus prendas. Las empresas grandes, con todo, podrán tener una mayor capacidad de reacción si el cierre de fábricas se mantiene. El mayor problema, explican fuentes del sector textil, está en las pequeñas firmas con fuerte dependencia de China y poca capacidad para llevar su producción a otros países.
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Voces del mundo de la moda empiezan a plantear que la cadena de distribución “debe replantearse”. Primero, porque depender en exceso de un solo país deja a las empresas demasiado expuestas a la coyuntura de terceros. Y segundo, porque los largos trayectos para transportar la mercancía están en cuestión por su impacto climático."
Alguns números daqui:
"Así, el 31% de la ropa de Mango se fabrica en China, el 50% de Desigual y el 41 % de la de Mark and Spencer. Por su parte, C&A dispone de 300 factorías en el país asiático, por 239 de GAP y 89 de Primark." 

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