quinta-feira, fevereiro 27, 2020

Quantas empresas? (parte III)

Parte I e parte II.

Para sobreviver as empresas de calçado vão ter de subir na escala de valor, vão ter de vender os pares de sapatos mais caros.

Uma das primeiras lições que aprendi quando comecei a trabalhar com o sector do calçado em 2009 foi esta:

"Um par de sapatos sai de uma fábrica no Brasil a custar 10€ (fase da extracção de valor).
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O mesmo par de sapatos é vendido pela marca às lojas a 30€ (fase da captura de valor).
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O mesmo par de sapatos é vendido ao consumidor na loja a 90€ (fase da originação de valor)."
Olhando para a figura acima listemos algumas alternativas de subida na escala de valor:
  1. fabricar sapatos que possam ser vendidos a um preço superior à saída da fábrica porque poderão ser vendidas mais caros na loja;
  2. fazer o by-pass à distribuição e vender directamente à loja, ou ao consumidor final, ou ao comprador final;
Conjugar com o conselho:
Que nichos existem? Que preços são praticados? Que canais de distribuição existem para esses nichos? Quem é quem nesses nichos? (clientes-alvo, influenciadores, prescritores, donos das prateleiras, ...) O que é valor em cada um desses nichos? Qual o papel de ter uma marca? É preciso ter uma marca?

O último postal publicado no blogue, "Estratégia no dia-a-dia", ilustra mais um exemplo de adopção de uma estratégia baseada em nichos, para fugir ao confronto directo com quem vantagem competitiva em outras arenas.

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