terça-feira, novembro 07, 2017

Quantificar valor

Hoje, ao ler o capítulo "Salesforce confidence and proficiency - The chief cornerstone of effective customer value management" de Gary Kleiner (incluído em "Value First then Price: Quantifying value in Business to Business markets", editado por Andreas Hinterhuber e Todd Snelgrove), comecei logo a pensar no caso particular de uma empresa que conheço.

A empresa presta um serviço aos seus clientes pelos quais cobra um preço. Entretanto, uma multinacional apareceu a financiar uma empresa concorrente que, para crescer rapidamente, faz uns preços ultra-competitivos. No último ano a empresa perdeu alguns dos seus clientes mais antigos por causa do diferencial de preço.

O que Gary Kleiner me fez foi pensar numa forma da empresa listar toda uma série de benesses que dá aos seus clientes e que não são quantificadas e traduzidas em valor que o cliente experimenta:

  • pequenos serviços que a empresa presta aos seus clientes e não cobra nem quantifica, nem mantém contabilidade;
  • serviços fora de horas que a empresa presta para ajudar clientes em apuros;
  • serviços super-rápidos que a empresa presta para ajudar clientes em apuros;
  • ...
Vou propor à empresa que crie uma tabela para registar todas as benesses que dá aos seus clientes, e que junto dos seus clientes mais leais procure quantificar o retorno o quanto vale um serviço feito às 2h da manhã (quando a empresa fecha às 18h), para que o cliente consiga expedir o produto para o seu cliente antes que o prazo termine.

Quantas empresas não estarão na mesma circunstância, prestam serviços que não quantificam nem traduzem em valor. Assim, quando um concorrente aparece a propor um preço mais baixo, ou a empresa baixa também ou perde-o.

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