terça-feira, abril 04, 2017

Risco

Quando comecei a trabalhar com empresas de calçado no final da década passada percebi que quase todas tinham um indicador que nunca tinha encontrado até então em PME: o indicador media o número de clientes responsáveis por X% das vendas.

As empresas, como gatos escaldados que da água fria têm medo, queriam reduzir a dependência de um único cliente porque tinham aprendido o quão isso as colocava numa posição de fragilidade.

Ao ler este título "Maioria das 10 maiores exportadoras trabalham à volta de um carro" pensei na posição de fragilidade dos políticos da situação de turno que se comprazem com as exportações das empresas grandes sem olhar para as das PME.

O que vale é a diversidade das exportações feitas pelas PME, o que contribui para alguma antifragilidade do emprego do sector transaccionável da economia.

Agora imaginem que o carro eléctrico, ou o carro autónomo descabela o sector automóvel...

E recuo a 2003:
""Life is the most resilient thing on the planet. It has survived meteor showers, seismic upheavals, and radical climate shifts. And yet it does not plan, it does not forecast, and, except when manifested in human beings, it possesses no foresight. So what is the essential thing that life teaches us about resilience?Just this: Variety matters. Genetic variety, within and across species, is nature's insurance policy against the unexpected. A high degree of biological diversity ensures that no matter what particular future unfolds, there will be at least some organisms that are well-suited to the new circumstances."
Poema de Gary Hamel e Liisa Valikangas em "The quest for resilience", Harvard Business Review, Setembro de 2003"


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