domingo, janeiro 08, 2017

Marcas em tempos de saída do armário

"Brands can be a source of comfort, regardless of product or service category. That’s a power I contend we as brand marketers under value, especially in uncertain times. And it’s especially a power that brand skeptics certainly have no appreciation for; it’s pretty difficult to “take comfort” in a generic, no matter how cheap.
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Why and how does this develop? I contend that when life is uncertain or in crisis, our survival instincts are hard-wired to gravitate toward the “tried and true” versus the unknown. Why take a chance? Brands, by their very nature, are created to be a “known commodity” to their constituency. Being known is the first requirement of trust. With consistency brands become a rock for the customer in very unsatisfying or uncertain circumstances – and can justify a premium for that."
Isto é verdade. Concordo. É mais uma razão para sublinhar "The opposite of unpredictable is strategic"

No entanto, há uma perspectiva que me assaltou logo: os tempos são de incerteza também por causa das pessoas. As pessoas não são estáticas, as pessoas não estão definidas. Cada vez mais as pessoas são projectos em desenvolvimento, são projectos em constante redefinição. Ah! Recordo um congresso de Marketing em Lisboa em 2007... em que ouvi Charles Schewe a falar sobre as "cohorts.

E recordo a empresa de calçado em 2009... as quasi-avós de hoje que nos anos 80 abanaram o capacete a ouvir Nina Hagen no pavilhão do Académico do Porto não terão os mesmos gostos que as suas avós.

E recordo Seth Godin, o mercado de massas não foi uma criação da procura, foi uma criação da oferta.

Os tempos são de incerteza para quem estava habituado a trabalhar para o meio-termo, para a grande massa da maioria estável no Normalistão. Mas as pessoas estão a abandonar por vontade própria o Normalistão estão a sair do armário e a assumir as suas especificidades.

Num mundo em que cada vez mais somos todos weird as marcas vão ter de se definir, vão ter de abandonar o meio-termo.

BTW, esta semana ao descer a Avenida da Boavista numa zona que julgo que ainda é in, Pinheiro Manso, vi uma loja de uma marca que não conhecia: Code. Ontem, sábado, fui a Rio Tinto e entrei num Pingo Doce para levantar dinheiro. E vi uma loja da mesma marca que desconhecia até à passada Terça-feira. A minha mulher informou-me que era uma marca do mesmo grupo que detém o Pingo Doce.

Weird... uma das duas localizações estará errada. Como não entrei não sei qual.

Trecho retirado de "How Brands Become A Source Of Comfort"

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