terça-feira, junho 21, 2016

O dinheiro não é o mais importante

Primeiro, a paixão:
"Sempre que entrava numa loja da Osklen, Ana Costa tinha vontade de perder a cabeça. A designer, de 28 anos, confessa que queria comprar tudo."
Depois, a experimentação:
"não tinha contactos de fábricas nem de fornecedores e, por isso, decidiu pôr-se no caminho e bater às portas de potenciais parceiros. Contactos feitos e, com um investimento de 28 mil euros (que entretanto já devolveu aos ‘investidores’), Ana desenhou a primeira coleção da +351, uma maneira tímida e cautelosa de se apresentar ao mercado. Mas, sobretudo, uma forma de testar o produto no público-alvo." 
Depois, a aposta na diferenciação:
"Por isso, no segundo ano, foi altura de arriscar: novos materiais, estampagens e os seus desafios favoritos: tingimentos. “Já havia tantas marcas de swimwear, eu não queria fazer mais uma. Queria escolher bem os materiais e os cortes para criar peças que vão durar, que são intemporais. Peças que pudesse usar sempre”, detalha." 
Depois, chegar ao consumidor (loja própria, loja multimarca, e online):
"“Abrir um ponto de venda próprio foi muito importante porque, em lojas multimarca, a marca perde identidade.”
.
O passo seguinte foi começar a procurar lojas multimarca onde vender o produto. Mas Ana percebeu que, mais fácil do que vender online ou noutras lojas, seria ter um espaço próprio, onde pudesse reunir o próprio espaço de criação e o contacto mais direto com os clientes."
Assim, parece fácil. O dinheiro não é o mais importante: paixão e diferenciação são mais importantes.

Trechos retirados de "+351. Nome de código: roupa de surf pensada e feita em Portugal"

2 comentários:

Bruno Fonseca disse...

sou bastante adepto destas empresas.

gente que sente uma necessidade, investe algum dinheiro (pouco), experimenta e faz as coisas andar.

conheço uma situação bastante parecida. o empresário colocou 50k dele e disse que esse dinheiro era para este projecto, se perdesse, perderia os 50k, era o "limite de perda". criou a marca, andou a bater a portas, rodeou-se de pessoal novo e que quer fazer acontecer, vamos ver como corre.

estas empresas, a maioria das vezes, parecem-me mais sustentáveis que as que saiem da universidade, porque resultam de "real life experience"

grande abraço!!!
Bruno

CCz disse...

Gente com skin-in-the-game.

"they can’t just be tech companies" http://balancedscorecard.blogspot.pt/2016/06/estrategia-em-todo-lado-nao-e-winner_21.html