segunda-feira, junho 20, 2016

Curiosidade do dia

Como eu sorrio, numa espécie de Mateus 11:25, quando vejo os governos a tomar a exportadoras grandes como as que dão emprego e fazem mover a economia. Basta recordar o meu critério "Acerca das exportações dos primeiros 4 meses de 2016".
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A única preocupação é que as empresas grandes ao obterem para si benesses, para supostamente aumentarem mais as exportações, consigam prejudicar as PME onde a vida económica do país realmente acontece.
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O socialismo de biombos, carpetes e corredores de que falo é isto:
Aposto que a seguir reúnem com a CGD para fomentar esta economia de oligarcas.
"De um lado, estava o primeiro-ministro acompanhado pelos ministros da Economia e dos Negócios Estrangeiros; do outro, "duas dezenas de empresários", entre os quais estavam os líderes da Semapa, Auto-Europa, Mota Engil, Galp e Continental Mabor. O objectivo era "ouvir os empresários sobre o que fazer para reforçar as exportações", adiantou o comentador."
Tudo exemplo de empresas em que o negócio é preço.
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Muitos, talvez a maioria dos empresários que conheço e que fazem parte da economia dinâmica que exporta à custa de valor acrescentado nos sectores tradicionais não tem tempo para fazer estes números de beija-mão no palácio. Há muito que seguiram este conselho "O que o país precisa é de PME's competitivas que façam by-pass ao estado, que compitam no mercado global."

Trecho retirado de "António Costa chama empresários a São Bento".

2 comentários:

Bruno Fonseca disse...

esta é uma abordagem, digamos que, limitada, bastante redutora da realidade.

ou seja, vão os mesmos de sempre aos lugares do costume, bla bla bla. enfim. uma estupidez.

é óbvio que é importante ouvir esta gente, estas grandes empresas, mas são de tal dimensão que na prática, vivem per si. o apoio do governo até acaba por ser limitado.
o que importa é falar com as associações, tanto a nível geográfico como sectorial, ir ao micro, perceber o que se tem que fazer.

e já agora, há algo neste governo que me inquieta. muitas vezes, o melhor mesmo é não fazer nada. simplificar. por exemplo, no combustível. aumentaram o imposto, e agora estão a criar um regime especial na fronteira, em que vai haver um controlo qualquer, e depois em função da evolução do preço do petróleo vai variar o imposto, etc etc. ou seja, mais complicação, mais entropia, mais estudos, mais tempo perdido. a mesma coisa com o IVA da restauração. se querem baixar, nada a apontar. agora, as refeições têm um valor, as bebidas outro, e se a oferta do local for em pacote (tipo menu), ou descrimina todos os itens com o respectivo valor e IVA, ou é tudo taxado a 23%. ou seja, mais entropia, mais alterações na lei, alteração nos sistemas de facturação, alteração nas ementas, alteração em tudo! mais complicação. e, pelo menos a meu ver, a ideia deveria ser o contrário. simples, linear.

outra miopio deste governo, a meu ver, tem a ver com a fixação que eles têm pela banca, para que a banca facilite o acesso ao crédito às empresas. não consigo perceber. todas as empresas saudáveis que conheço estão a ser inundadas de ofertas de crédito, spread's ao nível do crédito habitação! uma loucura! e o governo quer aumentar a liquidez Às empresas como? os bancos não querem emprestar a empresas com risco, até pelas imparidades que hoje estão na conversa do dia, portanto, mesmo que tenham dinheiro, não vão emprestar a empresários em dificuldades. logo, para quê esta fixação de aumentar o valor disponivel pela banca???
aliás, se quiserem efectivamente criar liquidez na economia, que paguem a tempo e horas, que nos últimos meses começaram a derrapar.

enfim.

CCz disse...

Sublinho esse "todas as empresas saudáveis que conheço estão a ser inundadas de ofertas de crédito, spread's ao nível do crédito habitação! uma loucura!"

Confirmo!