terça-feira, maio 31, 2016

Caem na esparrela e não percebem

Se aparecesse uma afirmação de Belmiro de Azevedo ou de Américo Amorim a defender que a produtividade podia aumentar 300 milhões se os trabalhadores se empenhassem mais o que escreveriam os comentadores do DN?
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Até "espumavam"!
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No entanto, a coisa é dita por um estudo (aura de ciência, logo recuamos a pré-Heisenberg e associamos ciência a Lei, a Certeza!
"se todos os profissionais portugueses fossem felizes a produtividade seria superior em 300 milhões de euros." 
Pois eu digo: TRETA!
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Volto ao Evangelho do Valor e à equação:

O artigo "Produtividade sobe 300 milhões com mais felicidade" está ao nível do modelo mental da Sonae, o modelo mental do século XX. Como se aumenta a produtividade? Reduzindo o denominador! Ou com trabalhadores mais felizes ou mais controlados, ou mais rápidos, ou menos malandros!
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Eu digo: TRETA!
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O aumento da produtividade que este país precisa não é conseguido olhando para o denominador, (isso é "peaners")é conseguido abraçando o desafio de aumentar o valor, concentrando a atenção no numerador.

2 comentários:

Miguel Pires disse...

E que tal... em vez de:

"se todos os profissionais portugueses fossem felizes a produtividade seria superior em 300 milhões de euros."

i.e. Portugueses felizes --> Produtividade aumenta

Eu gosto mais de:

"se a produtividade fosse superior em 300 milhões de euros, mais profissionais portugueses serão felizes"

i.e. Produtividade aumenta --> Portugueses felizes

Menos romântica mais possivelmente mais verdadeira.





CCz disse...

Lembrei-me de uma estatistivpca muito badalada nos EUA no ano passado. 90% dos trabalhadores americanos não gosta do emprego que tem. No emtanto, é um dos países com maior nível de produtividade do mundo